Comunicar a ação

Comunicação: o segredo para o aprendizado, a mudança e a esperança de transformar um sonho grande.

Julio Dario
LadoB
7 min readFeb 6, 2017

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Fazendo uma brincadeira com a palavra já se introduz o tema de forma reflexiva.

O ato de comunicar uma ação.

Diverti muito estudando mais profundamente após algumas reflexões essa semana.

Começaremos pela origem etimológica da palavra:

COMUNICAÇÃO — é do Latim communicatio, “ato de repartir, de distribuir”, literalmente “tornar comum”, de communis, “público, geral, compartido por vários”. É parente de “comunhão”.

Comunicação é algo tão complexo que é regulamentada nos cursos de bacharelado em Comunicação Social divididos nas seguintes habilitaçoes:

· Jornalismo

· Relações Públicas

· Radialismo ou Rádio & TV ou ainda Audiovisual

· Produção Editorial

· Publicidade e Propaganda

· Cinema & Vídeo

· Produção cultural

· Multimeios

Enfim… eu como gestor já consegui vivenciar na prática sem medo de errar que na vida empresarial a grande maioria dos problemas acontece por falta de comunicação, pela ineficiência dela ou por despreocupação de meios para exercê-la sem ruídos.

Estudar sobre comunicação me fez ter, essa semana, aquele sentimento fantástico de:

E aí? De onde surgiu tanta reflexão? Surgiu da evolução da comunicação.

Li um texto de um crítico ao atual estágio de marketing digital que me fez chegar a conclusões fantásticas sobre o processo de venda de um produto digital.

A primeira reflexão foi sobre a capacidade de tentar destruir algo já construído para criar algo extremamente inovador, fora da curva e único. Tão único que só aquele guru conseguirá transmitir a você por algumas suaves prestações em seu cartão de crédito.

Curadoria e Mentoria, termos bastante divulgados atualmente, quase sinônimos, querem dizer nada mais que, ter uma pessoa que consegue beber de várias fontes, utilizar sua capacidade de síntese e conhecimento crítico e empírico para economizar tempo dos interessados em desenvolver um determinado assunto.

Nunca antes na história (rsss) percebemos tanto que tempo é dinheiro.

Medir um curso em horas e diploma já não passa de perda de tempo.

Ao mesmo tempo que são muito úteis para o mundo acelerado e exponencial atual, mentorias podem tornar-se muito perigosas quanto tornam-se instrumentos de fé cega.

Conversando sobre isso, refleti que as pessoas analisam fatos em blocos.

Temos uma dificuldade enorme em ler, interpretar, reter o que é bom e discernir que, em alguns pontos, o mentor pode estar errado, valorizando algo diferente das nossas convicções, não ter enxergado um ponto de vista ou até mesmo dado uma pequena inflada em seu currículo.

O pensamento socrático de “só sei que nada sei” foi substituído por:

“calma … eu sei! E vou te vender minha vida de estudos caros e complexos pelo simples fato de querer ajudar o mundo a ser melhor e a saber o que só eu sei.”

Engraçado como os professores que mais me agradaram e que mais me fizeram sentir empatia foram aqueles que se portaram como eternos aprendizes. Humildade é atributo das pessoas com grande autoridade que conheço, por mais antagonista que isso possa parecer.

Saber que nada sabe é atributo dos sábios.

O fato de analisar por blocos e refutar tudo que vem de origem diferente da que acreditamos é que leva a fenômenos bizarros de bipolarização política vividos nos últimos tempos.

Mas o que eu quis dizer com isso?

Pra ficar mais fácil de entender, vamos usar um exemplo contemporâneo:

Porque eu gosto tanto de haters?

Haters é uma palavra de origem inglesa e que significa “os que odeiam” ou “odiadores” na tradução literal para a língua portuguesa. O termo hater é bastante utilizado na internet para classificar algumas pessoas que praticam “bullying virtual” ou “cyber bullying”.

Interessantíssimo quando o erro já começa no adjetivo.

O ódio (do latim odiu), também chamado de execração, raiva, rancor e ira,[1] é um sentimento intenso de raiva e aversão. Traduz-se na forma de antipatia, aversão, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objetivo. O ódio pode se basear no medo, justificado ou não. É descrito com frequência como o contrário do amor ou da amizade; outros, no entanto, como Elie Wiesel, consideram a indiferença como o oposto do amor. (fonte wikipedia)

Em resumo, ódio é o oposto de amor. Pesado né? Pois é….

O fato de eu discordar de uma opinião, argumentar e contestar qualquer opinião ou qualquer guru me torna automaticamente um hater… agora vamos lá:

Discordar de você me faz automaticamente ter por você sentimento de ódio?

Estamos diante da mais nova metonímia da língua portuguesa?

A ideia pela pessoa?

Começa por ai a aberração da fé cega.

Hater é uma palavra usada pra desqualificar um argumento inteligente.

“Ahh… não leva a sério o que ele diz… é um hater.”

Esquecemos que na verdade devemos dar MUITO valor aqueles que nos contestam, esses nos ensinam, nos fazem pensar e nos dão consultoria gratuita com um feedback valioso para a busca da excelência. Afinal, mesmo que eu ache que estou certo, não fui eficiente na minha comunicação quando a ambiguidade deu margens a interpretação errônea sobre mim.

Este fato é sem duvida a melhor forma de matar as objeções na venda de seu produto ou serviço.

Acho que finalmente entendi um conceito de Jesus além do conteúdo moral, agora em um conceito mercadológico “devemos amar nossos inimigos”.

É filho… devemos mesmo!

«Digo, porém, a vós que me ouvis: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos insultam.» (Lucas 6:27–28).

Nas teorias de comunicação atual, a responsabilidade da comunicação sempre vai ser do emissor, ele precisa prever o contexto, visão, os ruídos e zelar para que o receptor receba da melhor maneira possível o que ele quis passar… se não, temos aí um sério problema de comunicação.

Migrando para o setor de gestão, acredito que a falta de motivação do empregado, do foco, da ausência de perspectivas ou da ineficiência de uma organização é responsabilidade do gestor… sempre, independente da culpa ser de quem quer que seja.

Enfim… o hater é importante ferramenta de melhoria.

E os lovers? Os lovers são aqueles que nos incentivam, nos glorificam e as vezes até nos “endeusam”… uma fábrica de likes.

Sinto em te dizer… mas infelizmente, lovers, são aqueles que te darão mensagens positivas, de afeto, amparo e consequentemente exaltarão seu orgulho.

É realmente muito bom estar entre os lovers, mas, é também um perigoso incentivo a zona de conforto, ao orgulho cego, autoconfiança em excesso e uma péssima amostra para validar seus produtos. Afinal… quando se gosta demais de algo, ou ama de paixão um produto acontece de se olhar apenas um ângulo das coisas.

Sabe aquele lance de o amor é cego? Então!

Eu sou um apaixonado por feijoada, só que não gosto de carne gordurosa.

Então… não se admire se ao apreciar uma bela feijoada eu vá na panela e ficar ali “catando” as carnes magras e linguiça.

Obviamente eu aprecio uma boa feijoada, sempre que tiver vou saborear mas vou reter o que gosto e “descartar” o que não quero. Usei entre aspas porque na verdade deixo na panela, alguém que goste vai pegar, vai consumir e se sentir bem com isso.

Preciso respeitar quem gosta da feijoada completa, mas, sou responsável ao ponto de comer feijoada com aquilo que eu desejo comer e não simplesmente deixar de comer e ainda falar que quem come é um hater. Estranho né? Se faço isso com feijoada, porque não posso fazer com ideias?

Espero que um dia possamos ter um nível de entendimento sobre comunicação dessa forma.

Que possamos consumir todo tipo de comunicação a fim de aumentar repertório, conhecer posicionamentos diferentes dos nossos, estar abertos a saborear outros paladares, reter o que agrada, nutrir com o que quer, e acima de tudo ter a humildade de saber que muita gente vai consumir o que não gostamos e o mais importante ainda é saber que amanhã podemos passar a gostar de comer uma carne com gordura tendo a certeza de que aprendemos uma visão nova diferente da nossa, ou seja… aprendemos algo novo e não nos apaixonamos pelo nosso posicionamento.

“as pessoas mais interessantes que eu conheço são as que mais se reinventaram ao longo do tempo.” Gabriel Goffi

Sem duvida as coisas que me incomodam e preciso aprender a “descartar” são: a fé cega, o generalismo, o conformismo, o amor doente por algo e a preocupação com as coisas que não posso mudar.

O resto… meu amigo, pode ter uma certeza na vida:

Iremos transformar!!!!!

Se você gostou do texto recomende e compartilhe. Este texto faz parte de um projeto que assumi publicamente de escrever um texto por semana sobre meus devaneios. Estou verdadeiramente aberto a críticas e sugestões. Sempre gostei de escrever mas agora estou buscando aperfeiçoamento e seu feedback é muito importante nessa caminhada de melhoria continua. 😊

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Julio Dario
LadoB

Um objeto indireto em um sujeito oculto indeterminado com adjuntos que não são nominativos, verbais ou contextuais.