T01E03: Uma noite a esquecer

Rafael Balbi
Ouro e Glória
Published in
4 min readJul 2, 2017

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Dias 06 e 07 do mês de Leão, ano da Graça de Corne de 1220

Tensão com Elfas

Zé Fernando tenta diplomaticamente, em élfico, ajudar os companheiros sob a mira das setas das jovens arqueiras de orelha pontuda, mas uma delas, de nome Desireé, é feita de refém por Sebastião, que negocia uma rendição.

A rendição não é cumprida à risca porque uma pantera negra se esgueira pelo meio das raízes que cobrem o chão da clareira e surpreende o guerreiro com três ataques que ferem apenas sua armadura.

Kelden poderia, que havia percebido a pantera antes, de seu esconderijo, poderia ter alertado Sebastião sobre o ataque iminente, mas preferiu não fazê-lo: seu coração na ponta da faca fora prometido à guilda de ladrões.

Livres da ameaça do guerreiro, as elfas fogem pela floresta com a pantera, enquanto soam uma corneta de aviso, provavelmente a outros companheiros, deixando para trás o cachimbo por que clamavam e uma lâmina élfica.

Conversas sobre Magia e Ouro

O grupo sai da clareira à procura de um local para passar a noite. Não encontra um pouso ruim, mas sim muito exposto, no caminho do vale.

Dedilhando seu alaúde, Cirin perguntou a Zé Fernando a respeito de seus dotes mágicos e do que é preciso para aprender magia, chegando à conclusão de que não está a seu alcance.

Tromba-homi pergunta aos aventureiros os planos que têm com o ouro que pretentem achar no tesouro. Zé Fernando fala em investir em estudos mágicos e Boi Valente comenta seu desejo de criar uma Igreja para Aika, no que parece ser agraciado por sua deusa com a presença de uma coruja, seu símbolo.

Kendel tenta não dormir logo mas resiste só durante algum tempo, restando Sebastião acordado, apenas para perceber, a dada altura a noite, que o grupo estava sob a mira de arqueiros trepados nas copas das árvores.

Interrogatório

Sebastião tenta acordar seus companheiros e consegue, mas não há tempo suficiente: um feitiço de sono faz o grupo tombar e ser amarrado com as leves mas eficientes cordas élficas.

Zé Fernando convence os elfos que o grupo nada tem a ver como sumiço de Celine, uma elfa desaparecida recentemente, e Sebastião, sob o efeito de um encanto de um elfo mais velho e arrogante, que parece nutrir raiva por humanos, promete ajudar na busca da elfa e se compromete, com sua vida, em guiar o grupo nesta empresa.

Uma morte na noite ingrata

O grupo se divide. Sebastião e Kendel, diferente dos demais, resolvem partir imediatamente em busca de Celine, a despeito do pedido de Zé Fernando por pernoitarem no acampamento antes para que possa estudar outro feitiço.

Com apenas uma tocha e sua parca iluminação, rumam para a clareira do esquilo morto, pois lá poderia haver pistas sobre a elfa perdida. Chegando lá, se encaminharam para o corpo do esquilo que roubara o cachimbo élfico, a esta altura já fedendo. Em seus pelos, muitos carrapichos de uma coloração peculiar, que também podiam ser vistos em uma porção da vegetação. Seria a pista que buscavam.

A boa notícia veio acompanhada de uma péssima surpresa. A dupla de aventureiros noturnos foi surpreendida por três criaturas morcegóides estranhas, do tamanho de pássaros, com longos bicos. Conseguem esquivar do primeiro ataque rasante dos seres alados e o revide é eficiente, mas a criatura sobrevivente dá meia-volta e mergulha contra o peito de Kendel, que cai desfalecida.

Sebastião, horrorizado a ver a criatura meio mamífera, meio insetóide, sugando com seu longo bico o sangue de Kelden, elimina a criatura com golpe certeiro, restando levar o corpo da companheira de volta ao acampamento, sem jamais suspeitar que ela tinha, endomendada, sua cabeça.

Um novo começo

Armin chora copiosamente enquanto M. Boi Valente faz o enterro cerimonial de Kendel. Zé Fernando culpa Sebastião e sua pressa pela morte. Por sorte, todos acordam melhores da doença que os acometia, exceto o mago, que ainda tornará a jornada do grupo mais lenta.

Todos partem em busca de Celine, dando um tempo à missão principal. Seguindo a pista percebida por Sebastião, o grupo faz um contorno e começa a mesma subida necessária, de acordo com o mapa, só que por outro lado da rocha. Seguindo os rastros, Zé Fernando aponta uma trilha recente e um acampamento abandonado há poucos dias é encontrado.

Pistas sobre a região do Forte

Um grupamento de elfos encontra o grupo e prefere acreditar que Celine não possa ter seguido mais à nordeste, rocha acima, pois era região amaldiçoada e cheia de perigos e criaturas perigosas. Falam de fortes abandonados, como símbolo permanente da fracassada tentativa humana de conquistar a Floresta da Beirágua, mas agradecem as pistas.

Seguem uma possível trilha a para oeste, contornando a rocha, mas deixam a elfa Desireé com o grupo, mediante pedido de auxílio de Zé Fernando e consentimento da mesma, e acham boa idéia, para que vigie os aliados de ocasião.

A Erva de Santino

A elfa revela ser grande amiga de Celine e que prefere não acreditar que a amiga tenha seguido rocha acima, mas que pode sim ter adentrado a região em busca da qualidade de erva que só cresce por lá, como bem pensado por M. Boi Valente.

Parece que um halfling canela molhada chamado Santino, hospedado na vila élfica, é quem colhe estas ervas para os elfos, que se negam a circular pela perigosa região.

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