Plutão Já Foi Planeta — faz até a produção do festival cantar junto

#Lollapalooza 2018

Lucca Pollini
Tá Fora do Tempo…
3 min readApr 3, 2018

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Foto: Diego Marcel Fotografia

Tô chegando de longe para o PLUTÃO

Vim até aqui no autódromo de interlagos

Tem uns discos voadores no telão

Constelações de estrelas e planetas

“que vibe massa” — diz Natalia, a vocalista da banda.

Show de festival em um gramadão, olha esse cara com ukulele, tá mandando muito, entra no clima.

Pouca gente veio ver o PLUTÃO JÁ FOI PLANETA, tem espaço de sobra por aqui.

PLUTÃO JÁ FOI PLANETA é uma banda de rock lá do Rio Grande do Norte, de Natal.

Formada em 2013 por Natália Noronha (Voz, Violão e Teclado), Gustavo Arruda (Guitarra e Baixo); Sapulha Campos (Guitarra, Ukulele e Escaleta), Vitória De Santi (Baixo e Teclado) e Renato Lelis (Bateria), a banda já conta com dois álbuns gravados em estúdio — “Daqui pra lá” (2014) e o “A última palavra feche a porta (2017), além de um show ao vivo gravado pela ShowLivre em 2016.

Baita som, estavam abrindo os trabalhos no palco Axe do Lollapalooza 2018, em São Paulo.

Natalia implacável, canta demais e utiliza falsetes sem medo. A banda puxa as palmas da galera para entrar no ritmo, tá quente, palco axe, asfalto e grama. As bandas nacionais tocam as 12h50.

PLUTÃO JÁ FOI PLANETA toca de leve, com calma, quase tímidos, quase inseguros, o som tá lindo, mas parecem não levantar a galera, talvez falte um pouco de experiência, conversar com o público, interagir com os potenciais fãs de um festival como esse.

A baixista Vitória vai pro teclado também, utiliza sintetizadores que dão uma cara nova pra banda, fica mais moderno, mais atual.

“Bota as muié pra tocar”

As músicas do PLUTÃO são leves, poucos riffs de guitarra, a viola leva quase tudo junto com a batera. São composições de violão. Quem compõe?

Chamaram um outro músico, o Rashid, mandaram “Insone”, composição mais acelerada da banda de Natal, Rashid entra fazendo um freestyle no meio do som, fala de Mariele, fala da crise dos tempos, dos nossos tempo, “é o gosto do tempo”.

Dá pra ver a galera da produção cantando junto ao lado do palco, no cantinho. Que bonito de ver um troço desses! PLUTÃO JÁ FOI PLANETA é um grupo que entra na alma, no espaço vácuo que existe dentro de cada um, eles entram ali e fazem um barulho. Te deixam atordoado pela simplicidade do som e das harmonias de voz.

Bem pertinho do palco, a real é que ninguém se interessa por uma banda nacional que chama PLUTÃO JÁ FOI PLANETA, poucas pessoas conhecem, poucas pessoas querem conhecer.

A batera de Renato é perfeita, cravadinha, simples, acerta nas viradas, ajuda os outros integrantes a seguir no compasso, os dois guitarras fazem coisas parecidas, se completam na medida certa, assim como a baixista, sabem usar outros instrumentos, solam com energia e entregam a música completa para Natalia chegar com a voz, é o brilho, solta o cabelo e toca a última música no teclado, erra o refrão, sorri e segue. Acertou Natalia, tá tudo certo.

Que vontade de ficar por aqui…

Foto: Victor Pollini

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Tá Fora do Tempo… — A primeira publicação sobre Rock Brasileiro e outras brasilidades no Medium Brasil.

Chega mais!

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