Candidata ao governo do Estado, Cláudia Ribeiro (PSTU) discute sobre suas propostas no Centro Acadêmico do Agreste

OVA UFPE
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3 min readSep 19, 2022

No encontro, a postulante defendeu seu interesse pela área da educação, discutiu sobre seu plano de políticas públicas e respondeu a questionamentos feitos por estudantes e docentes

Fotos: Maria Júlia Vieira

Durante mais uma rodada de conversa com alunos e professores da UFPE/Centro Acadêmico do Agreste, a candidata Cláudia Ribeiro, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), discutiu suas propostas de governo para o Estado e debateu com uma plateia formada por docentes e discentes do campus localizado em Caruaru.

A postulante e professora licenciada da rede municipal de ensino (Recife) abordou em suas falas a importância do investimento na educação e no plano de obras públicos, discutiu sobre a necessidade da reforma agrária e respondeu a questões feitas por alunos e professores presentes. O debate foi realizado na última quarta-feira (14), no auditório Mestre Vitalino, do Campus da UFPE em Caruaru.

A conversa foi mediada pela jornalista e professora do curso de Comunicação Social Fabiana Moraes e também contou com a presença da professora Monaliza Ferreira, do curso de Economia (ambas integrantes da comissão que organiza os encontros). Monaliza iniciou o debate com uma pergunta relacionada à inserção de jovens no mercado de trabalho, uma discussão que permeou boa parte da conversa.

“Graças à interiorização do ensino, mais pessoas possuem a oportunidade de concluir a graduação em suas próprias cidades. Entretanto, o Estado não dá a garantia de que esses jovens recém formados poderão ser inseridos no mercado de trabalho”, disse Cláudia Ribeiro. A professora Fabiana Moraes falou sobre a hierarquização entre os poderes público e privado, comentando como no imaginário o primeiro está relacionado ao negativo, enquanto o segundo é percebido como sempre eficiente.

Outras questões também foram levantadas pelos alunos presentes. O graduando em Comunicação Social Augusto França falou sobre a inacessibilidade dos governantes, que ao serem eleitos não possibilitam um contato mais próximo com a população. Em sua resposta, Cláudia defendeu a importância de governar com mais democracia. “O PSTU não vai governar sozinho, nós entendemos a necessidade de sermos um governo dos trabalhadores, das trabalhadoras e da juventude, levando em consideração a decisão coletiva e entendendo quais são as necessidades dessa população”. Outro ponto também levantado pelo estudante foi sobre como se manter na universidade, visto as notáveis dificuldades de transporte (principalmente no Agreste e Sertão) e a falta de incentivo para que os alunos consigam concluir seus cursos. Sobre isso, a candidata enfatizou o investimento na universidade com o dinheiro público como solução para esses problemas. “Nós temos, com nosso dinheiro, sustentado universidades particulares”, criticou. Cláudia estava acompanhada do seu vice, o também professor Mariano Macedo.

A aluna Sarah Coutinho também fez seu questionamento. Sua dúvida foi em relação à proposta de aumento salarial divulgada na campanha de Cláudia. Ao ser questionada sobre quanto seria o aumento geral dos salários e sobre como essa proposta seria cumprida, frente às dificuldades de aprovação de aumentos salariais por parte dos representantes da Assembléia, a candidata não citou de quanto seria o aumento. Em sua resposta, discutiu sobre a discrepância entre o salário mínimo previsto para garantir às famílias brasileiras, uma boa qualidade de vida e o valor do salário mínimo atual. Defendeu ainda que parlamentares tenham um salário de um trabalhador qualificado, como o salário de um professor ou um operário. A proposta é acabar com “a farra do dinheiro público”, como ela sintetizou.

“A gente sabe que não vai ser fácil, mas é como a gente diz: nosso programa é um programa para organizar a nossa classe, os trabalhadores, a juventude, para que assim, a gente possa arrancar os direitos que a gente tem”.

Temas como segurança pública, desmilitarização das polícias, garantia dos direitos da população LGBTQIA+, educação sexual e a criação de uma Lei de Responsabilidade Social também foram pautados durante o encontro. Todos os candidatos e candidatas foram convidados/as para participar dos encontros. Os próximos confirmados são Jones Manoel (PCB), no dia 26, às 17h, e João Arnaldo (Psol), dia 29, às 18h, de forma online.

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A proposta do laboratório é, a partir do contexto sociocultural do Agreste Pernambuco, realizar atividades de pesquisa e extensão.