Jadilson Bombeiro (PMB) é o primeiro candidato a participar da série de debates promovidos na UFPE Campus Agreste
Convidado foi questionado pela comunidade acadêmica a respeito dos seus projetos para Pernambuco
Lucas Bezerra
Em uma conversa aberta com professores e alunos da UFPE, Campus Agreste, o cientista político e ex-jogador de futebol Jadilson Francisco de Andrade, mais conhecido como Jadilson Bombeiro, do Partido da Mulher Brasileira (PMB), expôs sua trajetória de vida, política e seu plano de governo, respondendo às perguntas a respeito de educação, segurança, cultura e transporte público. O evento aconteceu na última sexta (9), no auditório Mestre Vitalino, em Caruaru.
Primeira de uma série de debates com postulantes ao cargo máximo do poder executivo no estado, a conversa foi mediada pelos professores José Moura Soares (Engenharia) e Fabiana Moraes (Comunicação Social). A jornalista e docente do curso de Comunicação Social deu o pontapé nas perguntas para o candidato, que foram intercaladas entre estudantes e professores.
A educação foi o tema mais citado. Tendo em vista a proposta do candidato do PMB de desburocratizar a abertura de escolas particulares, a professora Allene Lage, presidente da comissão acadêmica que está organizando os debates, questionou se não seria mais razoável investir nas escolas públicas, reformando-as e melhorando as condições dos professores, por exemplo. “A desburocratização das escolas particulares é uma oportunidade para que se crie novas aberturas no mercado de trabalho”, disse o candidato. Ao ser indagado pela aluna do curso de Comunicação Social Mikaelly Lira sobre como faria para desburocratizar a abertura de novas empresas, o candidato não detalhou o plano de ação.
Jadilson frisou como a educação é essencial para a construção do futuro. Levando em consideração a evasão escolar, o candidato explanou sobre os mecanismos que utilizará para manter os estudantes nas escolas, dentre eles, o fomento à cultura. “Em Nazaré da Mata, o maracatu. Em Olinda, o frevo. Em Caruaru, o barro. Aproximar o aluno da cultura local”. Como no caso da pergunta anterior, o militar não informou de maneira mais consistente como esse plano será executado. Ao responder a respeito de segurança pública, defendeu que tem um plano e parcerias que melhora as condições de trabalho dos policiais e citou o programa Pacto Pela Vida, retomado em 2007 por Eduardo Campos, como exemplo a ser seguido. No entanto, o Pacto deixou de ser um modelo ideal ao longo do tempo, sofrendo uma série de desmontes.
Quando foi questionado pelo professor José Moura sobre obras públicas que estão paradas no estado, o candidato citou o superfaturamento como motivo. “Obras que deveriam custar dois milhões de reais, por exemplo, aparecem valendo muito mais no papel”, comentou o candidato. “Eu sei porque vi”, continuou, sem citar quais obras.
Transporte público, analfabetismo, emprego e seca foram também temas tocados pelos estudantes durante o debate, que durou uma hora e meia. O candidato citou como deve ser a relação entre o representante do governo do estado e o Chefe de Estado do país. “Na briga entre o mar e o rochedo, é o marisco que apanha”. A candidata a vice-governadora, Fernanda Souto Maior, não compareceu ao encontro.
