O terno e a gravata estão para os dias de hoje como os pés descalços estavam para o Brasil do século XIX: sinal que distingue os escravos dos homens livres.

A diferença é que hoje os escravos andam de primeira-classe e se hospedam no Sheraton.

Talvez por isso a escravidão contemporânea seja mais cruel: se os grilhões sujeitam o corpo, ao luxo sucumbe a alma.

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