Pachecando na NBA :: Raul Neto

Raulzinho ganhou nome composto no Utah Jazz e viu uma boa oportunidade cair em seu colo logo na primeira temporada

Vagner Vargas
HIGH FIVE
Published in
3 min readOct 22, 2015

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por Vagner Vargas

Raulzinho virou Raul Neto. O nome no diminutivo ficou no NBB e no basquete europeu, onde o armador brasileiro foi profissional até agora. Nova etapa, novo nome. No Utah Jazz, Raulzinho será Neto. Em sua primeira temporada na liga norte-americana, o ex-jogador do Minas terá uma boa oportunidade de provar seu valor. Caberá a ele aproveitá-la.

Quando o Jazz anunciou que o brasileiro faria a transição, a situação não parecia tão promissora assim. A princípio, Raulzinho chegaria para ser o terceiro reserva da armação. Isso até o australiano Dante Exum, outra jovem aposta da franquia para a posição, sofrer uma séria lesão que o deixará de fora de toda a temporada 2015–2016.

Após a lesão, só restavam o titular Trey Burke, o próprio Raul e Bryce Cotton para a posição. Após a pré-temporada, só sobraram dois. Cotton foi cortado e Raulzinho será o reserva de Burke. Uma grande responsabilidade e uma ótima chance de ganhar moral e minutos, coisa nada simples para os novatos.

Assim como Marcelinho Huertas, Raulzinho é um armador que procura primeiro o passe. Não o faz de forma tão espetacular quanto o compatriota que agora está nos Lakers, mas já deu mostras de que pode chegar lá. O brasileiro terá que melhorar o arremesso e ter mais confiança para finalizar para se tornar uma ameaça maior, mas pelo pouco que se pôde ver dele na pré-temporada, a defesa parece ser o trunfo dele com o técnico Quin Snyder.

Enquanto não teve tanto protagonismo e liberdade para iniciar e controlar as jogadas enquanto esteve em quadra, Raulzinho chamou a atenção pela pressão exercida na defesa. Trey Burke fatalmente será o titular, mas é um jogador longe de ser intocável na equipe e as características do brasileiro podem ajudá-lo a ganhar terreno.

A vida de novato na NBA raramente é um mar de rosas, haverá altos e haverá baixos, mas Raulzinho demonstrou possuir a capacidade de encontrar seu lugar na rotação. E pelo corte de Bryce Cotton, o Jazz parece depositar fé no brasileiro. Ao lado de Huertas, Raulzinho é, na minha opinião, o brasileiro mais interessante de se acompanhar na temporada que está por vir.

O produto do NBB vai invadir as quadras norte-americanas pela primeira vez, ainda é muito jovem e tem bastante a ganhar estando por lá. O desenrolar da temporada é imprevisível, mas agora, a poucos dias do início dos jogos para valer, o horizonte parece bem positivo para o ex-Raulzinho, agora Neto.

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