Um Ano Vivendo Sem
Doze Coisas das Quais Eu Tentarei Me Livrar
A partir deste mês, março de 2014, pretendo realizar uma experiência pessoal interessante, a qual conheci pelo blog Zen Habits, do guru minimalista Leo Babauta. Trata-se do A Year of Living Without, ou, Um Ano Vivendo Sem, em tradução livre.
Durante um ano tentarei ficar sem alguma coisa por um mês e a cada mês contarei minhas experiências. Trata-se de um exercício livre de auto-conhecimento a fim de descobrir quais coisas, dentre as quais eu considero essenciais, eu poderia viver sem.
Algumas coisas podem parecer um pouco drásticas, mas não são. Não há obrigação alguma em manter uma abstenção após o período de 30 dias caso eu não me sinta confortável com ela. Da mesma forma, caso eu me sinta melhor sem então eu continuarei sem.
O importante é a experiência, a tentativa.
Enfim, chega de papo. Eis as doze coisas:
Março: beber refrigerante
Eu não tenho bebido muito refrigerante ultimamente, algo tipo uma vez por semana, ao sair para jantar ou no final de semana na casa da minha namorada, então acredito que esse hábito vai ser fácil largar. No entanto, devo admitir que será difícil resistir a uma Coca-Cola gelada em dias de muito calor. Substituição: beber suco natural, água de coco, mate e água. — Leia o relato.
Abril: assistir a televisão
Felizmente esta é uma coisa que eu acredito que também não será muito difícil de me desfazer. Com exceção de uma série ou outra no Netflix, não há realmente nada que me chame a atenção na TV. Substituição: ler um livro, meditar e brincar com a gata.
Maio: usar mensagem instantânea no trabalho
Lá na Wine costumamos utilizar o Skype como mensageiro interno, seja para perguntar algo, conferir o cardápio do dia ou para rir de algum vídeo tosco. Acontece que eu me distraio muito facilmente e mesmo com o status ‘ocupado’ é difícil ignorar uma mensagem não lida. Sem falar no WhatsApp, outra fonte de distração. Substituição: conversar pessoalmente, tomar umas cervas no bar, fazer uma quick talk, etc.
Junho: dormir após a meia noite
A situação é comum: chego do trabalho lá pras oito e meia, nove da noite um pouco cansado mas ainda cheio de ideias, coisas que quero fazer ou assistir. Estou apreensivo para descobrir como farei para me controlar e conseguir dormir cedo nos dias de semana. Substituição: ler, brincar com a gata.
Julho: chegar tarde ao trabalho
Ir dormir tarde é quase certeza que acordarei cansado na manhã seguinte e, pra piorar, o botão soneca entra em ação e vou conseguir me levantar só depois das 9h00. Mais um dia que tenho que ficar até mais tarde no trabalho e o ciclo se repete. Substituição: não usar o botão soneca, me alongar, comer uma fruta ou iogurte, tomar banho frio.
Agosto: beber café
Não há nada melhor que um espresso encorpado e fumegante ou um cappuccino cremoso e aromático. Entretanto, o cafézinho do trabalho é perigoso e está com os dias contados. Brincando vão três, quatro xícaras goela a baixo por dia e com adoçante, na maioria das vezes. Substituição: tomar um chá exótico, beber água, suco, comer uma fruta.
Setembro: comer carne vermelha
Já restringi o consumo de carne vermelha algumas vezes por estar enjoado deste tipo de carne mas nada tão rigoroso. Felizmente, há uma boa disponibilidade de carnes e outros alimentos que podem substituir a carne vermelha no dia-a-dia. Acho que o pior será aguentar a tentação de comer um filé mignon macio e suculento. Substituição: peixe, frutos do mar, frango, grãos e cereais integrais, almoçar num restaurante vegetariano.
Outubro: usar o computador à noite
Depois de trabalhar o dia inteiro em frente à uma tela brilhante chego em casa e passo ainda mais horas e, quando menos percebo, já são mais de duas da manhã. Agora mesmo são mais de meia noite e meia e eu ainda estou escrevendo esse texto. Substituição: tocar violão, arrumar a casa.
Novembro: jantar fora
Jantar fora ou pedir comida pelo telefone é fácil e muito prático porém pode ser caro e, no fim das contas, nem um pouco saudável. Por sorte a Priscila e eu gostamos e nos divertimos muito na cozinha. Substituição: descobrir novas receitas, cozinhar pros amigos, preparar alimentos frescos e saudáveis.
Dezembro: pagar uma diarista
No dia em que escrevo este texto eu pago uma diarista para fazer faxina no meu apartamento duas vezes por mês, o suficiente para dar uma limpeza geral no apartamento, lavar algumas roupas, arrumar a cozinha e etc. Admito que não tenho feito muita coisa a não ser lavar algumas roupas, tentar não fazer muita bagunça e mesmo isso tem sido difícil. Substituição: varrer a casa, lavar o banheiro, lavar roupas e lavar a louça.
Janeiro: usar redes sociais no celular
Essa é outra coisa da qual eu já consegui ficar sem por algum tempo mas acabei voltando a usar. No momento não tenho nenhum joguinho, nem mesmo o último, e favorito, Threes — motivo de protestos da namorada — então acho que conseguirei novamente sem muito esforço. Substituição: desenhar no sketchbook.
Fevereiro: ficar parado
Praticar exercícios ainda não se tornou um hábito no meu dia-a-dia. Até mesmo da natação, na qual treino duas vezes por semana, eu acabo fugindo de vez em quando. Substituição: caminhar, pedalar, nadar, meditar e fazer abdominais, fazer alguma atividade física todos os dias.