Segundo jornalista petista, plano de Dilma para conter Temer pode ser novas eleições

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Published in
2 min readMar 29, 2016
Foto: Roberto Stuckert Filho

Segundo o jornalista Paulo Henrique Amorim, do blog Conversa Afiada, uma das saídas para evitar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff é a PEC por novas eleições gerais, com adesão popular nas ruas. A tese já estaria sendo debatida no Planalto, e é defendida por quadros de esquerda do PSOL, PSTU e Rede.

“Novas eleições é golpe”.

A afirmação acima tem sido dita por militantes petistas desde que a ex-presidenciável pelo PSOL, Luciana Genro, passou a defender novas eleições gerais, no final de 2015.

De lá pra cá, uma avalanche de novos acontecimentos surgiram no cenário político brasileiro, e talvez o próprio Partido dos Trabalhadores e o governo de Dilma Rousseff tenha mudado de ideia.

Segundo o jornalista Paulo Henrique Amorim, da TV Record e do blog Conversa Afiada, o recall entraria como possibilidade para o governo se livrar do impeachment, caso a Câmara e o Senado sinalizem a saída da presidenta do Planalto.

A Emenda Constitucional seria enviada pela própria presidenta ao Congresso, e a partir dai a tarefa de cobrar a sua aprovação teria de vir das ruas — com movimentos sociais e sindicais, realizando manifestações populares até que o Congresso aceite a PEC. Neste caso, não só a chapa Dilma/Temer sairia do Planalto — como é a vontade da ex-presidenciável pela Rede, Marina Silva — como também os próprios parlamentares, que perderiam suas cadeiras, sendo colocadas a voto novamente ainda em 2016.

Para o dia 1 de abril, movimentos sindicais e estudantis preparam uma mobilização nacional contra o governo Dilma e contra os setores de direita que pedem o impeachment. Para alguns deles, como a central sindical CSP Conlutas, a única alternativa viável seriam novas eleições gerais. Esse posicionamento ainda é defendido por setores do PSOL, como a própria Luciana Genro, além do PSTU.

Com o avanço da votação pelo impeachment no Congresso, talvez essa seja a única alternativa para o governo Dilma evitar a perda “de apenas um lado”, levando junto um Congresso que também tem sido alvo da Operação Lava Jato — contando com o presidente da Câmara e do Senado como investigados pela Polícia Federal, ambos do PMDB (Eduardo Cunha e Renan Calheiros).

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