Eu fui! Pré-temporada da NBA em Miami

Samir Mello
HIGH FIVE
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6 min readNov 5, 2015

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Por Samir Mendes

Ah, NBA…que saudade de você! Após longos cinco meses e em uma semana, a Associação não tem decepcionado e caras como Steph Curry, LeBron James e Russel Westbrook, para citar alguns, já nos brindaram com quebras de recordes, triplas prorrogações e as já familiares enterradas e desempenhos de MVP (especialmente Curry!).

Antes de tudo isso acontecer, no entanto, eu tive a feliz oportunidade de acompanhar de perto um pouquinho do circo da NBA. De férias, estive nos Estados Unidos entre 16 de outubro e 2 de novembro, uma semana em Miami e uma semana em New Orleans.

Assim que comprei as passagens e reservei os hotéis, a próxima “preocupação” foi saber se minha estadia por lá coincidiria com algum jogo. De acordo com o calendário da NBA, divulgado este ano em 12 de agosto, sabia que minha passagem por Miami bateria com, no máximo, alguma partida de pré-temporada, então dei prioridade para o embate entre New Orleans Pelicans x Golden State Warriors (mais detalhes no próximo post). Vamos aos procedimentos!

Ingressos

Enquanto eu fiquei encarregado de comprar os ingressos para o jogo em New Orleans, o amigo que me acompanhou na viagem, Geraldinho, monitorou o embate que aconteceria em Miami na semana que estaríamos por lá: Washington Wizards x Miami Heat, em uma quarta-feira, 21 de outubro, às 20h, válido pela pré-temporada.

Por se tratar de um jogo de pré-temporada, a procura por ingressos nas semanas anteriores ao duelo não foi muito alta e os bilhetes foram comprados dias antes da viagem pelo site oficial do Miami Heat, por cerca de US$ 50 dólares cada. O ingresso que deveria ser apresentado na arena já foi impresso na hora, de casa.

Os assentos escolhidos foram as primeiras fileiras atrás do garrafão (decidimos por esses lugares para ter uma perspectiva diferente do jogo, já que havia assistido uma partida das laterais em Nova York, no ano anterior, e assistiríamos ao jogo entre Pelicans x Warriors da lateral, novamente).

Localização

A American Airlines Arena fica localizada em Downtown Miami, bem de frente para a pista na Byscaine Boulevard, uma caminhada de cinco minutos de onde eu estava hospedado. Há também uma estação de metrô ali por perto. Para quem vai de carro, imagino que em dia de um jogo mais procurado seja mais complicado estacionar, um problema corriqueiro da cidade.

A arena

Antes de entrar na arena, a segurança confere os ingressos e pede para que os torcedores tirem todos os pertences do bolso para passar em um detector de metais.

Até o presente momento, eu já estive em três arenas de basquete nos Estados Unidos (Madison Square Garden, American Airlines Arena e Smoothie King Center) e a conclusão a partir dessas é que rola uma espécie de padronização. São diversos andares interligados por escadas normais e rolantes com amplos corredores preenchidos por quiosques, diversas opções de lanchonetes e, geralmente, uma mega loja oficial da equipe dona da casa.

No caso da American Airlines Arena, as opções de alimentação iam desde pizzarias como a Papa John`s, passando por opções de comida mexicana até sorveterias. O destaque, no entanto, fica mesmo para a loja da equipe. Um sonho de consumo para qualquer fã do basquete, com inúmeras opções de camisas e bermudas para a prática esportiva, opções de vestimentas mais sociais com a marca do time, bolas, chaveiros, bonequinhos, ursinhos de pelúcia, tênis…you name it! As camisas variam de US$ 60 a US$ 110 e dá pra fazer um lanche legal com uns US$ 10 a US$ 15.

O jogo

Do jeito que as arenas da NBA são projetadas, parece que qualquer lugar das arquibancadas oferece uma visão legal do que rola em quadra. Ter visto os jogos de trás do garrafão - apesar da perspectiva da cesta mais afastada naturalmente ficar um pouco prejudicada - foi interessante, pude acompanhar bem as bandejas, enterradas e a briga no garrafão.

Antes de a bola ter sido jogada para o alto, porém, procurei prestar atenção no clima da arena, que só começou a encher mesmo faltando poucos minutos para o início do jogo.

Vista do meu assento
Precisa ter jogado no time para pendurarem sua camisa? Não se você for Michael Jordan! #respect

Após muito hip-hop no aquecimento dos jogadores e a famosa apresentação do time da casa com as luzes apagadas, com a bola em jogo, o Washington Wizards (sem Nenê e sem Bradley Beal) começou melhor a partida, jogando no erro de Miami e apostando nos contra-ataques puxados por John Wall que, ou partia para a cesta ou encontrava um companheiro livre para arremessar de longa distância. Kris Humphries, acredite ou não, foi outro destaque do primeiro período — vencido pelo Wizards por 29 a 17 — , com 12 pontos marcados.

Nos intervalos, tempos pedidos e lances livres, camisas e outros brindes foram atirados nas arquibancadas, torcedores foram convidados à quadra para tentar a sorte com arremessos em troca de prêmios e o telão principal focava os mais empolgados fazendo suas danças engraçadas. Aqui vai a minha única crítica à experiência de assistir um jogo da NBA em Miami: não sei se isso acontece em outras arenas (não vi em Nova York e New Orleans), mas a presença de um animador de torcida, que dizia para os presentes quando vaiar, quando aplaudir e quando gritar, dava um tom artificial, de gincana, ao ato de torcer, que, idealmente, deve ser o mais orgânico possível.

Voltando ao jogo, apesar do forte começo, o banco de Washington, com os gloriosos Drew Gooden, Kelly Oubre Jr., Ramon Sessions e Garret Temple não conseguiu manter o nível dos titulares e perderam o segundo quarto por 36 x 23. Do outro lado, Gerald Green, recém-contratado junto ao Phoenix Suns, saiu da reserva para ser o cestinha da partida com 28 pontos, sendo que 13 foram marcados no último quarto. Dwyane Wade, que não fez boa partida, marcou importantes cestas no fim, ajudando o Heat a garantir a vitória por 110 x 105.

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Samir Mello
HIGH FIVE

Jornalista do portal Metrópoles e Mestre em Tradução pela City, University of London; passagens pelas redações do Jornal de Brasília e Correio Braziliense