O que Don Draper
pensaria sobre anúncios
no Facebook?

Alexandre Nunes
Entusiastas de Mídias Sociais
5 min readFeb 13, 2015

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Don Draper iria se divertir com os anúncios do Facebook.

Pouquíssimas empresas percebem o enorme poder e potencial da publicidade feita corretamente no Facebook. Muitas marcas menores sentem um gosto amargo na boca sobre a contínua “queda no alcance orgânico”, que deve ser referido, de outro modo, como publicidade gratuita. Imagine dizer a Don Draper que ele poderia alcançar milhares de divulgadores da marca sem gastar um centavo. O que ele acharia do alcance orgânico? A verdade é que as marcas deveriam estar agradecendo ao Facebook pelos anos de exposição gratuita e o amplo mercado que possibilitou construir relacionamentos reais com clientes.

Nem todas as empresas têm a capacidade de fazer um investimento significativo em publicidade de mídia paga, especialmente pequenas empresas em dificuldades e startups. Eu entendo isso. A questão é que, com o Facebook, elas não precisam. O Facebook fornece a plataforma e uma enorme audiência para promover qualquer coisa: o seu negócio, o seu evento, seu projeto sem fins lucrativos, e até você mesmo. É a forma mais rentável de publicidade direcionada do planeta.

A realidade é: qualquer alcance orgânico GRATUITO é incrível. Em uma rede com um bilhão de pessoas (que é cerca de 1/7 da população da Terra, a propósito), 25 milhões de marcas e distribuição de conteúdo em feeds de notícias durante 24 horas por dia e 7 dias por semana, qualquer exposição gratuita é fantástica e, sem dúvida alguma, um milagre.

Onde mais você pode tirar uma foto de seu produto, postá-lo on-line e imediatamente ver clientes e amigos (em outras palavras, clientes em potencial) serem expostos a sua empresa, sem precisar pagar nada? Experimente pedir a um jornal da sua região por alguma exposição “orgânica” e gratuita para o seu negócio. Quero ver se isso vai funcionar.

Depois, há marcas que afirmam que os anúncios do Facebook não funcionam. Eles publicam um anúncio, não obtém vendas imediatas, e saem. Não é assim que funciona o marketing e a publicidade. Essas marcas se concentram em métricas de vaidade (como quantas curtidas sua página tem), postam memes bobos de gatos e imploram para que as pessoas compartilharem a página com os amigos. E ainda por cima, eles não respondem aos clientes que se envolvem com o seu conteúdo.

Isso não é culpa do Facebook, é apenas um marketing lixo.

Muitas marcas pulam para a publicidade no Facebook sem objetivos claros. Gerenciar mídia paga no Facebook não é a forma de marketing do tipo “configurar e esquecer”. É preciso tempo para criar conteúdo visualmente atraente. É preciso tempo para criar várias campanhas publicitárias direcionadas a vários públicos-alvo com vários criativos. E é preciso tempo para monitorar esses anúncios como um falcão e se certificar de que eles estão gastando e convertendo da maneira que você quer.

Nossos cérebros não gostam desse trabalho todo. Poucas pessoas têm uma compreensão correta da gestão de mídia paga no Facebook, ou mesmo em qualquer outro meio. E essa gestão realmente não é diferente da concepção e execução de qualquer outro plano de marketing.

Faça a redação

Projete seu criativo.

Compreenda e selecione o seu público-alvo

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Teste, teste, teste.

Descubra o que funciona.

Redistribua seus investimentos.

A diferença da publicidade com mídia paga no Facebook é que os anunciantes podem testar suas ideias, suposições e a reação do mercado em tempo real com os clientes reais. Veja como isso seria na Sterling Cooper:

Don tem duas grandes ideias para uma nova campanha. Ele tem o projeto da equipe de criação para duas campanhas a serem executadas no Facebook, direcionadas para o público-alvo do cliente. Don define um orçamento mínimo para testar ambas as ideias e cria uma campanha de três dias. A Ideia 1 mata a pau e direciona o tráfego para o site do cliente. A Ideia 2 vai bem, mas nem de longe alcança a gama da Ideia 1.

Don usa os anúncios do Facebook como uma ferramenta científica para testar suas ideias e suposições imediatamente em um mercado de clientes reais. Ele pede para a equipe de criação criar dez imagens diferentes em torno da Ideia 1. Ele deixa mais três dias de testes para determinar qual variação criativa tem o melhor desempenho.

O ciclo continuará se repetindo e, se Don for esperto, testará todas suas hipóteses de uma vez com gasto mínimo para medir a receptividade do mercado. Ele deveria testar metas demográficas diferentes, como localização, idade, sexo, interesse e muito mais. Finalmente, ele acerta na mosca e descobre que a Ideia 1, imagem seis, e audiência demográfica quatro é a combinação perfeita. Ele recolhe os dados das campanhas e apresenta para o cliente.

Isso pode parecer intimidante, mas é o caminho para descobrir o verdadeiro valor e o ROI da mídia paga no Facebook. Uma publicidade orientada por dados, sólida, estratégica, científica e inteligente.

Não culpe o Facebook por um lixo de marketing. Não culpe o Facebook por proporcionar a forma de relação custo-benefício mais poderosa de publicidade do planeta. Não culpe o Facebook por uma diminuição da publicidade gratuita.

Concentre-se em criar um conteúdo valioso e que impressione. Construa relacionamentos com os clientes e encontre o seu ponto ideal com a mídia paga.

É o que Don Draper faria.

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Alexandre Nunes
Entusiastas de Mídias Sociais

Profissional de Marketing, mestrando em Ciência da Informação, especialista em Comunicação e MKT em Mídias Digitais. Atuando com Marketing Digital desde 2012.