Estágio na Amazon

Jose Urbano Duarte Junior
3 min readAug 12, 2015

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Após algum tempo sem postar nada, resolvi voltar a escrever para compartilhar um pouco sobre uma experiência única que estou vivendo: trabalhar na Amazon. A ideia é mostrar como funciona a cultura e algumas curiosidades dessa gigante americana. Vou escrever um texto mais light só para matar a curiosidade de muitos sobre o assunto.

Começo logo pelo tema mais citado quando se fala nas grandes empresas de TI dos Estados Unidos, a cultura. Diferentemente dos grandes escritórios, ternos ou blazer são itens em extinção pelos corredores. Todos vão trabalhar da maneira mais confortável possível. Agora em pleno verão de Seattle, o que mais se vê são chinelos e regatas.

Eu entendo que talvez a questão do vestuário não lhe cause muita surpresa.
Afinal, muitas empresas brasileiras já vêm oferecendo pelo menos um “casual day”. Mas, o que me diria de cachorros no ambiente de trabalho?

A Amazon se destaca como uma empresa amiga do cão, permitindo que os funcionários levem, sempre que quiserem, seus cachorros para o escritório. Às vezes os cachorros ficam estressados e você acaba ouvindo uma latido durante uma reunião. Entretanto, uma latinha com petiscos em todos os andares resolve fácil o problema.

Agora, se os estressados são os funcionários, tá liberado! Podem trabalhar de casa mesmo, nem precisam pedir autorização ao chefe. Isso vale também em casos de problemas pessoais. Por inúmeras vezes soube de colegas trabalhando de casa porque iriam receber um eletricista, iriam ao médico ou porque o filho estava doente. Claro que para isso a empresa oferece uma infraestrutura com todo suporte ao trabalho remoto.

Eu mesmo participei de várias reuniões por vídeo ou áudio conferência com colegas que estavam em casa. Roupas, cachorros e jornada flexível fazem parte da cultura, mas a empresa não estaria completa sem uma boa cerveja, sinuca e videogames. Por isso, é claro, tem cervejas artesanais e vinhos todas as sextas-feiras pra encerrar a semana de quem trabalha duro com um bom open-bar.

Para os curiosos, as mídias abaixo mostram um pouco da área de lazer do meu prédio. Talvez alguns estejam admirados com o que contei nos últimos parágrafos, mas acredito que a parte mais interesse da companhia ainda está por vir. A maneira que a empresa aplica essa cultura despojada em suas decisões empresariais é que acredito ser o grande atrativo.

E acho bom a gente ter um olhar mais amplo. Não vejo valor algum em copiar essa cultura apenas no setor de recursos humanos e manter um modelo clássico no centro de tomada de decisão. No próximo artigo trato sobre como essa cultura se aplica ao modelo de decisão.

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Jose Urbano Duarte Junior

Mestre em "Computação — Mobility" na Carnegie Mellon University, especialista em Gestão Estratégica de TI pela FGV e entusiasta por empreendedorismo