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Meus livros lidos em Janeiro de 2016.

Nicolas S.
Biscoito & Bolacha
5 min readFeb 12, 2016

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Janeiro foi um mês bacana. Das três leituras, apenas uma foi realmente ruim. Foi um mês variado também, comecei com literatura jovem adulto de ficção científica e terminei com terror religioso, passando por um romance envolvendo fantasmas.

A Cura mortal

Harry Potter e A Saga Crepúsculo foram os sucessos literários que definiram toda uma geração de escritores. O sucesso dessas sagas definiriam que o público alvo para se alcançar a riqueza deveria ser jovens que buscavam histórias de fantasia, e então começou uma corrida desenfreada atrás dos próximos blockbusters e bestsellers que conseguiriam realizar milhões em vendas tanto de livros e obviamente ainda mais em ingressos de cinema. Como bem sabemos, da ultima leva de sagas, a única que realmente possa ser considerado um sucesso similar à Harry Potter ou Crepúsculo foi Jogos Vorazes, mas isso não inibiu outras histórias de tentarem se enfiar nesse exclusivo circulo de sucesso.

A Saga Maze Runner é claramente um desses livros que tanto almeja o sucesso. A saga de distopia se encerra com “A Corrida Mortal”, um último capitulo tão perdido que deveria ser esquecido. Desde a metade do segundo livro eu já estava num clima meio que “lendo por obrigação”. Sinceramente falando, considero uma grande pena o que transformaram a saga em prol de características típicas do sucesso, como por exemplo a inútil inserção de um triângulo amoroso na história. Foi um final corrido, que deixou tantas perguntas em aberto que o único efeito foi me deixar incrivelmente irritado com o fato de eu ter dedicado tanto tempo da minha vida na leitura dessa trilogia. Agora só resta ter fé que o último filme conserte os erros do segundo filme e dos dois últimos livros.

Lido de 07/01 à 11/01

Joyland

Ler Stephen King se tornou um prazer pra mim. Por incrível que pareça eu li meu primeiro livro desse mestre em 2014. E esse, é o quarto livro que leio dele, e ainda não houve nenhuma decepção com as obras de SK.

Joyland conta a história de um jovem que após uma desilusão amorosa decide trabalhar em um parque de diversões que dizem ter um brinquedo mal assombrado. De acordo com essa sinopse, o livro tinha tudo para seguir um caminho pesado, porém seguindo contra os padrões convencionais do escritor, Joyland se mostrou uma leitura leve e cativante.

No decorrer de suas 240 páginas vamos conhecendo Devin Jones, e vivendo com ele a superação de um coração quebrado e desvendando os mistérios por trás de um assassinato ocorrido no parque anos atrás. Uma história fluida que mistura romance e um pouco de humor com elementos sobrenaturais, que vão desde videntes “semi-charlatãs” até fantasmas aprisionados. Joyland foi o tipo de livro que no final me deixou com uma boa ressaca literária, pois a afeição que se cria com os personagens se expande às páginas do livro. Facilmente somos adicionados ao dia-a-dia do parque com suas rotinas, linguagens e costumes, o engraçado é que após a leitura do livro sua visão sobre parques de diversão certamente irá mudar.

Por ser uma história diferente dos outros livros que li do Stpehen King, prefiro não comparar com o que já conhecia dele, mas posso afirmar que esse é um dos melhores contos que já li, e certamente entrou na minha lista de recomendações ferrenhas.

Lido de 12/01 à 20/01

O Exorcista

Esse foi o último livro que li em janeiro, e após ter lido Joyland eu já acreditava estar com o terreno preparado para mais um livro sobrenatural. Mas como eu estava terrivelmente enganado à respeito disso. Não tem nem porque eu me prender na sinopse, pois todos conhecem a história d’O Exorcista. Vi o filme uma vez na vida anos atrás, mas confesso que não senti aquele pavor que as pessoas afirmavam sentir ao ver o filme. Quanto ao livro, meu desejo pela leitura dessa história já havia surgido também há alguns anos atrás quando me deparei com um exemplar antigo na biblioteca da escola mas, por algum motivo (medo, talvez?) eu desisti da leitura. Dessa vez, uma nova capa e uma boa promoção foram o incentivo perfeito para a compra.

A jornada de Regan e sua mãe é aqui descrita através de uma escrita clara e cativante, os elementos à respeito da possessão vão sendo inseridos aos poucos assim como também a evolução dos personagens secundários, destaco aqui a história do mordomo da família que ficou de fora do filme e acaba sendo um elemento adicional interessante. Outra coisa que senti falta é a sugestão que existe no livro de que o embate entre o padre Merrin e o demônio Pazuzu tenha sido uma briga pessoal e que o corpo de Regan foi apenas o campo de batalha.

Para a minha sorte, não houve nenhum evento sobrenatural enquanto eu lia o livro, mas confesso que em determinados momentos da leitura eu sentia frios arrepios quando lia alguma cena específica, o momento da masturbação com o crucifixo consegue ser ainda mais perturbadora no livro do que no filme por exemplo.

Infelizmente, devido ao tema o livro acaba não sendo altamente recomendável, já que os religiosos e os mais sensíveis pode acabar achando alguma passagens muito pesadas. Porém, é um tipo de livro que vale a leitura, tanto pela qualidade de escrita quanto pela exploração de um tema considerado tabu.

Lido de 22/01 à 27/01

Encerro aqui meu registro de leitura de Janeiro, para fevereiro já tenho O Clube da Luta, O Rei do Inverno e 2001 Uma Odisseia no Espaço. Se quiser ler mais artigos meus dá uma olhada aqui, sugestões e correções são bem vindas aqui em baixo. Se você leu os livros acima, fique à vontade para comentar o que achou deles, adoro discutir teorias literárias.

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Nicolas S.
Biscoito & Bolacha

Porque separar os biscoitos das bolachas se podemos ter os dois? Marketing Industrial, Marketing Pessoal, Marketing Alimentício, Marketing Amoroso e por aí vai.