João Brizzi
Revista Poleiro
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14 min readMay 21, 2015

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Por Tovin Lapan
Tradução por João Brizzi

O público recorde de 66.000 fãs gritava alto e sacudia o Houston Astrodome enquanto uma superestrela surgia em sua carruagem branca. Selena, vestindo seu traje-roxo-marca-registrada, acenava para a multidão durante o trajeto até o palco onde iniciaria seu show com a clássica “I Will Survive”.

Era o dia 26 de fevereiro de 1995, data da última apresentação televisionada da Rainha do Tejano Music antes de seu brutal assassinato, no dia 31 de março, pelas mãos do presidente de seu fã-clube. Sua legião de admiradores lamentou a interrupção da carreira de uma estrela em seu auge. O show em Houston foi posteriormente lançado em DVD sob o título “Live! The Last Concert”.

Agora, os parentes de Selena cultivam a esperança de que sua música de abertura em Houston acabe se mostrando um presságio e que o título de seu DVD soe prematuro. Em abril, a família Quintanilla anunciou parceria com uma empresa de tecnologia do sul da Califórnia para desenvolver uma versão digital de Selena, um holograma revolucionário que dará shows completos, fará parcerias com artistas vivos e lançará novas músicas.

Selena posa para o Corpus Christi. Texas, 7 de março de 1995. Foto: AP Images

Selena tinha 23 anos quando foi baleada nas costas e seus fãs, na época, não podiam sequer imaginar que duas décadas de avanços tecnológicos trariam a possibilidade de vê-la se apresentar novamente como um holograma.

Apesar de seu imenso talento, Selena era insegura. Ela compulsivamente procurava seu pai após os shows para perguntar como tinha se saído. Seu maior medo, a despeito da infinidade de hits lançados, era o de que ninguém fosse vê-la se apresentar.

Enquanto viva, a estrela provou ser um fenômeno capaz de atrair verdadeiros seguidores antes de ser friamente silenciada. Quando se trata de uma recriação, no entanto, uma questão é levantada: será que as pessoas vão dar atenção a uma artista digital?

A apresentação que chamou a atenção de produtores, marqueteiros e celebridades foi a ressurreição digital de Tupac Shakur. Em abril de 2012, 90.000 fãs no Coachella foram ao delírio quando um holograma de Pac se materializou no palco ao lado de Dr. Dre e Snoop Dogg.

What the fuck is up Coachellaaaaaa?”, perguntou o rapper, sem camisa, antes de iniciar sua apresentação, que duraria três músicas. Ele se movia e soava como o Tupac de verdade, percorrendo todo o palco, ofegante, enquanto soltava rimas e trocava palavras com seus companheiros.

Snoop Dogg (à esquerda) e um holograma do falecido Tupac Shakur se apresentam durante o Coachella, no dia 15 de abril de 2012, em Indio, California. Photo: Getty Images

Em 48 horas, a apresentação já havia sido vista 15 milhões de vezes no YouTube. Nas semanas seguintes, as vendas dos discos de Tupac dispararam em 500% e, pela primeira vez em mais de uma década, sua coletânea dos maiores hits conseguiu um lugar nas paradas da Billboard.

Anteriormente, aparições do tipo, como o dueto entre Natalie Cole e Nat King Cole em 1991 e a apresentação de Celine Dion ao lado de um holograma de Elvis Presley no American Idol, em 2007, criaram terreno para a miragem do rapper. Depois de Tupac, outras tantas se seguiram, principalmente no hip-hop.

Em 2013, durante o show “Rock the Bells”, um Old Dirty Bastard digital se juntou ao Wu-Tang Clan no palco enquanto o Bone Thugs-N-Harmony, por sua vez, recebeu o holograma de Eazy-E. No Billboard Music Awards de 2014, a tecnologia deu mais um passo com as performances digitais de Michael Jackson que incluíram movimentos, expressões faciais, olhos e outros detalhes com muito mais refinamento que o Tupac de dois anos antes.

Uma imagem holográfica de Michael Jackson se apresenta durante o Billboard Music Awards de 2014, na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. Foto: Kevin Winter/Billboard Awards 2014/Getty Images-DCP

Denver D’Rozario, um professor de marketing na Howard University que estudou o uso de celebridades mortas nas novas mídias, cunhando o termo “delebs”, diz que há inúmeras razões pelas quais os artistas mortos são atrativos para produtoras e empresas de marketing.

“Muitas dessas celebridades têm uma base leal de fãs já existente”, conta. “Eles já estabeleceram seu valor de marca. É como se, em vez de perfurar à procura de petróleo num lugar que você não sabe se irá encontrá-lo ou não, você pudesse fazer a perfuração na Arábia Saudita, onde você tem certeza que encontrará petróleo em qualquer lugar.”

As celebridades mortas também não arranjam problemas — daqueles que afundam relações de anos com patrocinadores — e já vêm com uma imagem construída de fácil reconhecimento e identificação. “Há muito dinheiro a ser feito usando as ‘delebs’, desde a associação a novos produtos até o lançamento de novo material — é tudo muito atrativo para as empresas envolvidas”, conclui D’Rozario.

A vencedora do Grammy Selena em uma cena de “Don Juan DeMarco”, de 1994. Ela canta junto de um grupo de mariachis durante uma pequena aparição no filme. Foto: AP Images

Embora tenha se tornado comum denominar essas recriações digitais como “hologramas”, o termo é uma escolha imprópria. Tecnicamente, um holograma é uma representação em 3D de um objeto que pode ser observada de qualquer ângulo. Na prática, as recriações lançadas até agora são bidimensionais, só podem ser vistas sob algumas perspectivas e são criadas por projetores e telas posicionados de acordo com uma técnica bastante antiga chamada Pepper’s Ghost.

Hoje em dia, essas projeções se formam casando efeitos de computação gráfica, animação, algoritmos de previsão e um sistema avançado de projeção. Anteriormente, elas só funcionavam em ambientes com pouca luz e fundos escuros, mas a tecnologia permitiu uma melhor visualização mesmo à luz do dia e uma maior flexibilidade no palco.

Na animação digital, um avanço fundamental foi atravessar o “vale da estranheza”, um conceito definido pela primeira vez pelo engenheiro japonês Masahiro Mori. Humanos são observadores naturais de outros humanos. Quando algo se aproxima da aparência de um ser humano, mas não chega a ser totalmente convincente, nosso cérebro reage como se estivesse sendo enganado e a imagem se torna perturbadora para o observador. Pense na quase real versão animada de Tom Hanks no filme “O Expresso Polar”.

O sucesso de “O Curioso Caso de Benjamin Button”, onde a audiência aceitou uma versão envelhecida digitalmente de Brad Pitt, mostrou que um humano de trejeitos realistas pode ser criado sem parecer assustador para o público. “Aquele foi um grande momento”, lembra John Textor, presidente da Pulse Evolution, a empresa por trás do show de Michael Jackson na cerimônia de premiação da Billboard. Textor também foi CEO da Digital Domain Media, a companhia que trabalhou nas produções de Benjamin Button e Tupac antes de quebrar, em 2012.

O filme, inclusive, ganhou não só o Oscar de melhores efeitos visuais como também o de melhor maquiagem, ainda que a aparência geriátrica de Brad Pitt tenha sido criada nos computadores.

“Ali estava um rosto criado digitalmente e as pessoas acharam que era maquiagem. Elas foram enganadas.”

Houve muitos fracassos antes daquilo, alguns até mesmo públicos. Em um de seus primeiros trabalhos, a equipe de Textor produziu uma versão de Orville Redenbacher (dono de uma famosa marca de pipocas nos Estados Unidos) para um comercial e acabou tendo de lidar com uma reação negativa do público, que acabou enxergando um aspecto de zumbi no personagem e o apelidou de “Orville Deadenbacher”.

Para a simulação de Michael Jackson, a equipe usou dançarinos equipados com sensores de captura de movimento, filmes do Rei do Pop e dezenas de comentários daqueles que o conheciam para refinar os últimos detalhes. Durante os ensaios para a apresentação na Billboard, a família de Jackson notou que, no começo de uma música, Michael aparentava estar olhando para a direita. Aquilo parecia um detalhe para torná-lo mais realista — a maioria das pessoas não permanece de cabeça erguida, olhando para frente. Mas a família insistiu naquilo. Michael era a personificação do artista performático e, segundo eles, ele nunca quebraria o contato visual com a plateia dessa forma.

A Pulse Evolution está atualmente trabalhando na próxima geração do Michael Jackson digital, uma versão mais realista quando observada de perto, capturando poros da pele, reflexos de luz nos olhos e a textura do cabelo humano com mais detalhes e precisão do que nunca. A cada nova apresentação e avanço tecnológico, mais e mais agentes passam a enxergar potencial na ressurreição de suas próprias celebridades mortas.

O Selena the One, projeto de Selena, é uma parceria entre a família Quintanilla e a empresa de tecnologia Acrovirt que promete avanços tanto na tecnologia de projeção quanto na de animação. A Acrovirt se juntou a pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego para criar, de acordo com seu comunicado de imprensa, uma “encarnação digital” de Selena que vai “aprender, agir e reagir de maneira autônoma assim como a cantora faria”.

“De forma alguma é algo assustador ou esquisito”, disse Suzette Quintanilla, irmã de Selena, durante o anúncio. “Nós acreditamos que é algo fantástico. Muitos novos fãs que não puderam vivenciar o que era Selena terão a oportunidade de sentir um pouco daquela experiência com a tecnologia que vem por aí.”

Os Quintanilla estão fornecendo à Acrovirt vídeos, fotos e outros materiais que serão usados por uma série de potentes computadores para gerar a verossimilhança de Selena, incluindo seus movimentos, trejeitos e voz.

A Selena digital começará a lançar novas músicas já no próximo ano. Em 2018, legiões de fãs apaixonados pela cantora assistirão a suas apresentações ao vivo, cantando junto dela canções como “Baila Esta Cumbia” e “Como La Flor”. Em adição às faixas gravadas anteriormente por Selena, existem planos de usar a versão digital da voz da cantora (construída a partir de seu catálogo de entrevistas e apresentações ao vivo) para gravar novas músicas inteiras. Também será feito um documentário sobre o desenvolvimento da versão digital da Rainha do Tejano.

Além disso, segundo Abelardo Rodriguez, porta-voz do Selena the One, o projeto incluíra novas tecnologias capazes de criar uma verdadeira imagem em 3D da cantora, ainda que a empresa não esteja pronta para entrar em detalhes sobre como isso será feito. As representações digitais anteriores, que custaram milhões de dólares para serem feitas, foram financiadas de maneira privada. Agora, em mais uma virada no processo, a iniciativa de Selena está tentando angariar 500 mil dólares em um financiamento coletivo para ajudar no lançamento do projeto.

A campanha no Indiegogo é um esforço de “financiamento flexível”, fazendo com que o Selena the One possa receber seja lá qual for a quantia de dinheiro conseguida pelo projeto, chegue ela ou não à marca dos US$ 500.000. Nos primeiros 22 dias da campanha, 176 pessoas doaram US$ 9.525, somente 2% da meta total.

“O projeto custará milhões de dólares, mas os US$ 500.000 irão ajudar a acelerar o processor e cobrir custos de produção”, conta Rodriguez. “A campanha no Indiegogo é uma alternativa para os modelos de financiamento comuns e dialoga diretamente com os fãs.”

Aqueles que apoiarem o projeto garantem, entre outras coisas, acesso antecipado às novas músicas e a chance de terem sua voz inserida entre as vozes de apoio em uma música de Selena.

Até hoje, todas as apresentações digitais foram compostas por uma só música ou, no máximo, um set curto de três ou quatro delas. No Japão, uma das mais bem-sucedidas popstars do país é uma cantora inteiramente criada por computadores chamada Hatsune Miku, que tem 1,8 milhão de seguidores no Facebook e constantemente esgota a lotação de seus shows. Ninguém nunca tentou, no entanto, criar um concerto inteiro ao redor da figura digital de um artista falecido.

No Pulse Evolution, Textor e sua equipe estão trabalhando numa produção de Elvis Presley, mas eles têm muito cuidado em apresentá-lo mais como um espetáculo do que como um show tradicional.

“Acredito que propor um concerto é uma das coisas mais idiotas que poderiam ser feitas”, diz. “Talvez pareça estranho ouvir isso de um dos caras que está trazendo essa tecnologia para as pessoas, mas eu acredito que a novidade deixará de impressionar depois de duas ou três músicas. Você não pode simplesmente colocar a versão digital do Elvis com um violão na mão e esperar que ele segure a atenção da audiência.”

Em vez disso, “The King” será um especial sobre a vida de Elvis, incorporando uma linha narrativa a apresentações de personagens vivos e holográficos no palco. As pessoas envolvidas com a produção de shows e festivais dizem que ainda é incerta a possibilidade de um holograma conseguir entreter uma multidão por 90 minutos ou mais.

“Acredito que as pessoas achariam legal e que há um ar de novidade nisso, mas à primeira vista parece mais uma coisa que você encontraria em Las Vegas do que algo a ser apresentado em uma casa de shows tradicional”, declarou Allen Scott, vice-presidente executivo da Another Planet Entertainment, a companhia por traz dos festivais Outside Lands e Treasure Island.

A vocalista virtual Hatsune Miku se apresenta dentro de uma cápsula durante o MTV Video Music Awards de 2014, no Japão. Foto: TORU YAMANAKA/AFP/Getty Images

“A sensação fica entre assistir a um filme e um show ao vivo, mas algo te faz perceber que falta autenticidade. Pode funcionar para alguns artistas e não dar certo para outros, dependendo do público.”

Ainda assim, a chance de ver alguém como Selena, uma artista cuja carreira fora interrompida precocemente, pode se mostrar atrativa para fãs devotos. Ulises Lozano, tecladista da banda mexicana Kinky, diz que ficou intrigado com a ideia.

“Sou um grande fã de Selena e se você pudesse tê-la, ou digamos, por exemplo, que você pudesse ter o The Doors como um holograma e pudesse assistir a uma apresentação… Esse é um show que eu marcaria presença”, disse Lozano. “Ao menos as pessoas que realmente amam o artista teriam uma oportunidade de vê-lo.”

Michael Caldwell, co-fundador da Acrovirt, admitiu que a atual tecnologia já cumpriu seu papel, uma vez que as imagens “não são interativas e não têm nada de novo para compartilhar”.

A reencarnação digital de Selena será interativa, dizem seus criadores, e chegará mais perto da capacidade de criar a conexão necessária com as audiências, tornando a performance ao vivo convincente e emocionante. “É parte holograma, parte avatar, parte mistério”, diz Rodriguez. “Ela aprenderá novas danças e músicas — será adaptável e continuará a crescer.”

A Acrovirt vê os concertos e performances digitais como o futuro do entretenimento, eclipsando os músicos vivos de hoje em dia. Algumas semanas depois de lançar a campanha de financiamento para o Selena the One, a empresa anunciou uma parceria com a Jimi Hendrix Foundation para criar uma versão digital do lendário guitarrista.

“Nós acreditamos que os melhores artistas da música já faleceram ou não estão mais criando novas músicas”, pontua Terry Kennedy, co-fundador da Acrovirt, em um vídeo promocional.

Nos Estados Unidos, são de jurisdição estadual as leis que dizem respeito aos direitos de imagem de alguém. Por isso, enquanto alguns estados reconhecem o direito de explorar postumamente a imagem de uma pessoa de maneira pública e de deter seus direitos, outros não garantem essa condição. Se você morre em Nova Iorque, não pode passar sua imagem adiante como um bem, mas caso morra na Califórnia, a situação é diferente.

“Isso continuará sendo uma fonte de ganho criativo e comercial”, afirma Brian Wassom, advogado especializado em propriedade intelectual. “O uso da aparência de alguém só poderá ser limitado pela imaginação de quem a utilizar. Chegará um ponto em que será reconhecida a necessidade de regular o assunto de maneira mais adequada ou, então, tudo isso irá longe demais e as pessoas acabarão se mostrando insatisfeitas com os resultados.”

À medida que a tecnologia se torna mais prevalente, as celebridades se tornam cada vez mais conscientes da imprescindibilidade de proteger a imagem que deixarão para trás. Mais recentemente, Robin Williams incluiu cláusulas em seu testamento que barram a utilização de sua imagem em filmes por pelo menos 25 anos, deixando claro que ele não quer ser digitalmente inserido em Uma Babá Quase Perfeita 2.

Por outro lado, artistas como Elvis, Marilyn Monroe e mesmo Selena, que viveram numa época em que recriar humanos digitalmente parecia pura ficção científica, nunca tiveram essa oportunidade. Há pouco tempo, um Bruce Lee digital apareceu em um comercial do Johnnie Walker Blue Label. Ainda que, como alguns apontaram, o artista marcial fosse abstêmio.

“Há questões relativas à autenticidade e os fãs certamente darão as costas se perceberem que a recriação não corresponde ao original de alguma maneira”, diz D’Rozario. “Acredito que entraremos em um terreno mais delicado quando começarem a criar material inédito das celebridades mortas, sem nenhum laço com seu trabalho original ou mesmo com obras não terminadas. Questões éticas vêm à tona quando você essencialmente altera a persona de alguém que faleceu, como aconteceu no caso de Bruce Lee.”

Campos minados éticos e legais à parte, os avanços nas tecnologias de projeção e animação deixam as empresas de mídia, produção e marketing salivando só de pensarem nas aplicações potenciais destes.

As empresas de produção já falam em realizar múltiplos shows em diferentes cidades ao mesmo tempo. Os artistas digitais podem colaborar por gerações e a evolução do entretenimento domiciliar pode levar apresentações em 3D direto para sua sala de estar.

Os concertos são só o começo das aplicações possíveis. Duane Allman poderia dar uma aula de slide na guitarra. Jay Z conseguiria se apresentar em Londres enquanto seu avatar digital filmaria um novo discurso para o Tidal em Los Angeles. Um dia, Bob Marley pode pular de seu iPad e cantar uma versão personalizada de “Three Little Birds” no lugar de seu despertador.

“Muitos agentes de celebridades ficaram em cima do muro, mas acabaram se surpreendendo com a baixa rejeição à apresentação digital de Michael Jackson. Há poucos comentários dizendo que isso é esquisito ou que não deveria acontecer, enquanto 90 ou 95% da audiência se sentiu confortável com o espetáculo”, conta Trevor. “Em um tempo onde músicos procuram por novas formas de sobreviver e ganhar a vida em cima de sua criatividade, um sósia digital é uma oportunidade que aumenta de maneira impensável as possibilidades dos artistas.”

Outros Voos é a seção de traduções da Poleiro. Selecionamos o melhor do conteúdo internacional e traduzimos para você. A história de hoje veio da CuePoint.

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João Brizzi
Revista Poleiro

Designer e jornalista no The Intercept Brasil. Antes, trabalhei na revista piauí e fundei a Revista Poleiro.