6 coisas que aprendi como tech recruiter
Aqui na Pagar.me temos como um grande pilar de cultura a troca e compartilhamento de conhecimentos e por isso recebi esse convite:
Em diversos eventos que participo costumam chegar perguntas como: O que é avaliado durante um processo seletivo? Como posso chamar a atenção do recrutador? Entre outras… Como funciona o processo? Como? O que é avaliado em um processo seletivo? E entre outras… Eu como recrutador sempre presto muita atenção em todas as respostas, buscando aprender e melhorar os processos seletivos pelos quais sou responsável.
Hoje, com um pouco mais de experiência — e ainda com muito o que aprender! — resolvi juntar algumas informações e aprendizados que tive como recrutador nesse artigo. Espero que possa ajudar quem esteja buscando aprender mais sobre o assunto, ou que, como eu, seja uma pessoa eternamente curiosa.
Então vamos lá!
- Estude sobre o mercado
Sinto que foi quando eu comecei a estudar sobre o mercado, meu olhar sobre recrutamento se expandiu e se tornou muito mais estratégico.
O processo de recrutamento vai muito além de entrevistar uma pessoa. Devemos em primeiro lugar entender o que de fato está se buscando com a posição:
- Qual é a necessidade de negócio que aquela vaga representa;
- Em qual contexto a empresa que você trabalha está inserida;
- Quais expectativas foram construídas para essa cadeira;
- Como o produto ou serviço da empresa opera e como funciona a estrutura de trabalho que essa pessoa será alocada.
Ao responder essas questões é possível atuar de forma mais consultiva e abordar o mercado se torna uma atividade bem diferente.
2. Todo candidato é uma pessoa
Cada processo seletivo possui um contexto e uma dinâmica, e não devemos achar que existe uma fórmula que vai servir para todos os casos. Estamos lidando com pessoas, e precisamos entender que o processo vai muito além de simplesmente fechar uma vaga.
Temos que proporcionar uma boa experiência para a pessoa que está participando do processo. Saber gerir o pipe e tratar a pessoa sempre com empatia e boa comunicação é essencial para a condução de um bom processo de recrutamento. As pessoas vivem realidades e contextos diferentes e devemos ter muito cuidado com isso.
Busque desenvolver uma boa relação com as pessoas que você aborda. Não seja robótico e dê o máximo de detalhes possíveis sobre a empresa e a vaga em questão. Estabelecer relações humanas é fundamental para termos um bom pool de candidatos tanto em quantidade quanto qualidade e diversidade.
3. Falar e ser ouvido
A comunicação e a transparência são dois valores essenciais para quem trabalha com recrutamento em tecnologia. Devemos sempre dar e buscar feedbacks, trocar conhecimentos, pedir opiniões e sugestões de terceiros, assim como ter transparência e clareza ao lidar com candidatos e clientes internos ou externos. Falar com franqueza e sinceridade o que estamos fazendo e como estamos fazendo, ajuda a entendermos problemas e gargalos nos processos.
4. Medir é viver
Eu gosto de medir tudo aquilo que dá pra ser mensurado, mas claro, sem perder de vista o fator humano por trás dos dados. É muito fácil se perder nos números e passar a olhar tudo como indicadores, porém cada número de nossas métricas representa uma pessoa e isso muda tudo!
Hoje em dia existem muitas ferramentas e instrumentos que nos facilitam a mensuração de People Analytics. A análise de dados na área de pessoas é uma tendência global que está com um foco muito grande por parte das empresas e não é difícil de entender o motivo. Ao mantermos números e métricas claras e objetivas, conseguimos saber onde deve estar o nosso foco, priorizar as nossas demandas, acompanhar o andamento, limitações de processos, possibilidades de melhoria e nossos pontos fortes.
5. Se organize
É importante ser organizado, e utilizar a tecnologia a seu favor! A área de recrutamento é uma área muito demandada e manter uma estrutura de organização é essencial para garantir uma boa qualidade de trabalho.
Existem diversas plataformas web que você consegue utilizar para organizar suas vagas, suas tarefas e seus projetos, por exemplo: Trello, Asana, Notion, Evernote etc. Tente colocar suas rotinas nessas ferramentas e tenho certeza que você vai perceber uma grande diferença no seu fluxo de trabalho.
Aliás, a organização também é fundamental para nós recrutadores. Como lidamos com pessoas, devemos estar sempre prontos para lidar com imprevistos ou situações que fogem do planejado. E, por isso, é bom ter sempre um plano B, plano C, e até D.
6. Estude
Apesar daquela velha frase: “tecnologia não é pra mim, é muito difícil” ecoar em nossa cabeça, não devemos ter medo da tecnologia. Pode apostar que a medida que você se aproxima do assunto isso deixa de ser um bicho de sete cabeças.
Além disso, é muito importante para uma pessoa recrutadora, entender a realidade de quem entrevistamos no dia a dia. Não devemos ter medo de tecnologia, e sim tentar se aprofundar no assunto e superar esta crença de que tecnologia não é para a gente. Não to dizendo que precisamos necessariamente aprender a programar, mas esse movimento é essencial para conseguirmos melhores resultados no nosso trabalho.
Hoje, você consegue aprender praticamente tudo na web. Busque todo o tipo de conteúdo possível on-line, a internet é uma ferramenta extremamente valiosa e que pode nos ajudar muito!
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