pavíl longo.

me ponho a escrever por horas.

em meu quarto escuro

com a iluminação apenas de tela

e a sonoplastia feita somente de trovões,

varo madrugadas a fil.

se fosse frente a frente

tipo uma bomba

eu seria o pavíl.

o caminho

até você,

bomba relógio

que explode em minha cabeça

e me faz descrever-te.

sem permissão faz isso,

de castigo eu nunca te deixei

pois sei,

que és inspiradora como pôr do sol, sem sol.

que cativa e questiona.

que soluciona e ao mesmo tempo

insatisfaz.

maldita hora em que fui lidar com bombas.