E se…?

Quando colocamos a letra e junto da palavra se, transformamos algo simples em algo absolutamente cruel, potencialmente destrutivo e capaz de perseguir nossos pensamentos pelo resto da vida. Geramos dúvida, pensamos nos nossos medos, em nossas esperanças e no que gostaríamos que tivesse dado certo, ou errado.

São tantos tipos de “e se” que eu não conseguiria listar em um texto só, mas parando para pensar nos mais comuns que me chegam ao pensamento nessa noite quente de domingo, lembro de:
“E se eu tivesse mandado mensagem?”
“E se eu tivesse falado com ela?”
“E se eu tivesse pedido desculpas?”
“E se eu deixasse isso pra lá?”

Cada “e se” tem o seu momento, as suas consequências, aquilo que nos assombra e de certa forma nos sufoca trazendo ou tirando possibilidades.

Apesar do peso que essa pequena junção de palavras possui, cada vez mais me pego me livrando de um “e se”, que deixa de ser covardia e se torna certeza: “e se eu me dedicar a me aproximar e amar essa garota que tanto mexe com meu coração?”.

De repente duas palavras inofensivas se tornam capazes de serem agentes transformadoras dos meus planos, daquilo que eu desejo de forma pura, doce e profunda, e o melhor de tudo é que isso mais me conforta do que me assusta. Pela primeira vez um “e se” me traz a sensação de certeza, é um sentimento de que apenas assumindo esse risco eu seria capaz de viver com a intensidade que meu coração precisa. “E se? Com certeza!”.

Me sinto altamente privilegiado pela coragem, por tudo que vivi, pelas experiências, desde as boas até as traumáticas, que me trouxeram a visão daquilo que vale a pensa, e se acelera meu coração, um “e se” merece ser promovido para um “tomara que sim”.