Como reinventamos (e melhoramos muito) nossos brainstormings transformando eles em brainwritings

Gabriel Nunes
PALAVRÃO
Published in
4 min readJul 25, 2018

Um dos principais problemas que sempre encontramos aqui na teken, desde o começo, foi a falta de brainstorming. Ou pior: os famosos brainstormings sem conclusão nenhuma.

Mesmo se a gente quisesse. Se a gente se esforçasse. Se a gente treinasse. Se a gente entrasse de cabeça. Se a gente se concentrasse. Nada garantiria que a gente ia conseguir.

(bá dum tsss)

Isso acabava nos desmotivando cada vez mais e fazia a gente fazer cada vez menos as malditas tempestades de ideias.

E se você pegasse seu filho fazendo brainstorming com outros homens?

Até que um dia eu conheci do MethodKit, que nada mais são do que cartas para dar direcionamento a co-criação, desde projetos até ideias e eventos. Me encantei na hora e pensei que poderíamos usar isso de alguma forma aqui na teken.

Comecei a me aprofundar mais em técnicas de brainstormings, li muito sobre Design Thinking, Design Sprint, entre outros e acabei descobrindo as técnicas de Brainwriting.

BrainOQUE?

Isso mesmo, tempestade de escritas, kkk.

A principal diferença é que ao invés das pessoas ficarem discutindo e dando ideais sem nenhuma lógica, o Brainwriting tenta deixar as coisas mais organizadas e com começo, meio e fim.

Ah! Além de ser muito bom para que pessoas introspectivas deem ou compartilhem suas ideias. Muitas pessoas têm ideias boas mas se sentem acanhadas em falar ela em voz alta por medo de alguém rir ou não gostar da ideia.

As tais técnicas

Para começar você vai precisar só de alguns Post-its e canetas. Aqui na teken a gente pegou algumas técnicas que gostamos e criou cartinhas visuais, igual o MethodKit, para que em cada reunião possamos escolher que tipo de técnica vamos usar e não nos perdermos no meio do processo, mas não é necessariamente necessário. Aqui estão elas:

Crazy 8

Esta foi adaptada do Design Sprint. Lá eles usam para pessoa fazer 8 rascunhos de protótipos diferentes em 8 minutos, a gente usa para pessoas darem 8 ideais diferentes em 8 minutos.

Go Wild

Aqui a gente quer que a pessoa pense nas piores ideias que poderia dar, essa é boa para fazer no começo de algo muito difícil, pra quebrar o gelo.

E se…

E se o cliente tivesse uma verba infinita? E se tudo for aprovado? Imagine um cenário perfeito e dê uma ideia, quem sabe a gente não consegue melhorar ela e chegar em um consenso?

6–3–5

Você tem 5 minutos para escrever 3 ideias, passar o papel para a pessoa do lado, que pode complementar suas ideias ou adicionar ideias novas.

Como podemos?

Também veio do Design Sprint, é o How Might We. Essa é uma técnica para criar perguntas antes de fazer um Brainwriting, o esquema é transformar os problemas em perguntas.

5 por quês

Não é bem uma técnica, é uma carta coringa. Para cada ideia escolhida no final, é necessário fazer 5 por quês sobre ela. Serve mais pra questionar se realmente a ideia é boa.

Escolhendo as melhores

Também baseado no Design Sprint, depois que todas as ideias são agrupadas e organizadas (sempre vão surgir várias ideias parecidas), temos a carta "As melhores", nessa etapa cada um ganha uma bolinha adesiva para colar nas ideias que mais gostou, assim a gente já consegue eliminar ideias que foram menos aprovadas pela equipe.

Depois é só correr para o abraço

Agora o esquema é você passar essas ideias para uma planilha/documento/apresentação, para mostrar para o cliente ou documentar essas ideias.

Os resultados são muito aparentes, está ajudando muito no nosso processo! Já percebemos que surgiram muitas ideias novas e quem as vezes nunca dava ideia ou não gostava de participar está participando mais. Sentimos até a equipe mais empolgada e acabamos fazendo mais ~tempestades de ideias do que algum tempo atrás.

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Gabriel Nunes
PALAVRÃO

dev criativo, fundador dos eventos Codecon e Sh*ft Festival