E Então, O Que Temos Para Hoje?
Histórias são as melhores professoras, as melhores companheiras e as melhores ferramentas de criação humana. Fica difícil imaginar uma sociedade sem o importante pilar do Contador de Histórias. Desde os mais antigos trovadores, bardos, aos romancistas e jornalistas, contar histórias — e principalmente, saber como contá-las — é fundamental para qualquer comunicação.
Especificamente o jornalista, a faceta mais moderna desse arquétipo humano, transita entre os campos da criatividade e arte na hora que escolhe as palavras no ofício da escrita, mas também pelos campos pragmáticos da investigação e apuração dos fatos, porque tem de se manter fiel ao real. O jornalista é um contador de histórias que frequentemente negocia com a realidade.
Um escritor ou poeta, por exemplo, podem criar à vontade a partir de suas emoções e ideias. Não precisam de um congestionamento na Avenida Brasil ou da aprovação de um projeto de lei no Senado.
O tempo todo, fatos acontecem. E o jornalista é quem deve sentir quais deles são notáveis de se escrever sobre. É como se ele se sentasse com a realidade a uma mesa e dissesse:
“E então, o que temos para hoje?”
Nem sempre a realidade é generosa, mas um bom jornalista vai saber negociar.