FIPE revela que 99 responde por R$ 12 bilhões do PIB brasileiro em 2019

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3 min readMar 4, 2020

Pesquisa aponta ainda que mais de 108 mil empregos foram gerados em diversos setores da economia em razão da movimentação econômica do setor

Pesquisa inédita da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe) divulgada em fevereiro deste ano mostra que a 99, empresa de mobilidade urbana, foi responsável por mais de R$ 12,2 bilhões do PIB nacional — um resultado que leva em consideração o impacto econômico da renda obtida pelos motoristas parceiros e os seus gastos operacionais (como alimentação e combustível) e consumo das famílias (bens e serviços em geral). Esse valor é equivalente a 0,18% do PIB brasileiro.

Boa parte dos efeitos positivos gerados na economia pela presença da 99 vem dos gastos das famílias dos motoristas que geram renda por meio do aplicativo de maneira complementar ou principal. Essa movimentação econômica estimula a cadeia produtiva e seus efeitos indiretos e induzidos equivale à geração de mais de 108 mil empregos em diversos setores da economia do país somente em 2019.

Os setores econômicos mais beneficiados pelo uso intenso de aplicativo são o comércio (atacado e varejo), atividades imobiliárias, intermediação financeira e extração de petróleo e gás — ou seja lojas em geral, postos de gasolina, oficinas mecânicas e imobiliárias entre outros.

Ao analisarmos os setores tradicionais da economia nacional tendo como base os dados oficiais do IBGE, o impacto econômico da 99 fica à frente de 7 segmentos e representa mais do que a soma do Valor Adicionado da Aviação; Refino de Açúcar; Cosméticos, higiene pessoal e perfumaria; Biocombustíveis; Fumo; Extração de carvão mineral e de minerais não-metálicos e extração de minerais metálicos não-ferrosos e Fabricação de produtos em madeira etc.

Em 2019, foram gerados, também, cerca de R$ 1,1 bilhão em impostos indiretos (IPI, ICMS, ISS e outros). Desse total, a maior parcela (R$ 331,91 milhões) foi gerada por meio do consumo nos setores indiretamente ligados à modalidade de transporte por aplicativo.

É a primeira vez que a Fipe analisa o impacto socioeconômico da 99 no Brasil. O estudo se baseia em dados da plataforma sobre as operações no País, dados do IBGE e análises anteriores produzidas pelo corpo técnico da Fundação.

Sobre a 99

A 99, empresa brasileira de tecnologia que conecta passageiros e motoristas através de seu aplicativo, faz parte da companhia global Didi Chuxing (“DiDi”). O aplicativo conecta mais de 600 mil motoristas a 18 milhões de passageiros em mais de 1.600 cidades no Brasil. Como uma das maiores provedoras de mobilidade do país, a startup oferece cinco tipos de serviços na sua plataforma: 99Pop, categoria de carros particulares presente em mais de 40 regiões metropolitanas e grandes cidades; 99Taxi, categoria que cobre todo o país; 99Top, serviço de táxis de luxo oferecido em São Paulo; 99Compartilha, serviço de corridas compartilhadas disponível em Belo Horizonte (MG) e Campinas (SP); e o 99Comfort, que reúne comodidade de carros novos e espaçosos a um preço acessível em Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e São Paulo (SP).

Metodologia Fipe

A Fipe criou uma metodologia própria para isolar a atuação da 99 e seus efeitos sobre a economia brasileira a partir de uma análise de insumo-produto, uma técnica que procura mapear a economia nacional como uma série de setores e regiões interligados, estimando os efeitos diretos, indiretos e induzidos nas cadeias produtivas em todos os setores da economia. As principais fontes de dados utilizadas foram 99 e Fipe. Há dados agregados para o Brasil e as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Florianópolis, Belo Horizonte, Manaus, Bahia e Curitiba.

Acesse aqui o relatório do estudo com dados do Brasil, Estados e sete capitais — Português

Access here the report including Brazil, States and 7 capitals data — English version

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