2020: sonhos perdidos e marcas eternas
Pandemia cria cenário de guerra e acaba com a vida de milhões de pessoas; cotidiano mundial é afetado com mudanças repentinas
Por Klauber Pavesi, Leonardo Simões e Pedro Maranhão
Em um estalo de dedos tudo mudou, a rotina tradicional teve que ser interrompida, milhões de pessoas ficando doentes e o mundo inteiro em uma só mensagem: fique em casa. O ano de 2020 foi o mais atípico do mundo contemporâneo, cenas assustadoras marcaram a chegada da covid-19. Um vírus que pouco se conhecia se espalhou em “silêncio’’, com consequências avassaladoras.
Como no resto do mundo, o Brasil se viu obrigado a seguir as orientações. Seria necessário um esforço coletivo para que a maré virasse e pudéssemos sonhar com dias melhores. Além da guerra contra o vírus, a batalha política se instalou, em cenas que só tínhamos visto em filmes. Negacionistas negavam o óbvio, brincavam com a vida das pessoas, e a sociedade brincava de roleta russa, na espera de quem seria o próximo a ser enterrado.
No cenário profissional dos estudantes, não tem como negar as consequências; embora sem correr tantos riscos (em teoria) quanto os mais idosos, a juventude se adaptou às novas formas de trabalho. Na área jornalística, as coberturas in loco passaram a ser feitas do comunicador, sentado, com uma camisa social da cintura para cima com o objetivo de não passar vergonha nos encontros virtuais.
Tal distância com o ambiente natural de trabalho foi sentida por todas as áreas jornalísticas, em especial o esportivo sofreu um choque muito forte. De uma hora para outra, campeonatos foram paralisados, transações interrompidas e até a comunicação entre jornalistas e atletas tiveram que ser modificadas. Não só novos formatos de programas foram adotados, mas também a busca por qualquer mísero assunto que pudesse gerar uma atenção para os programas se tornou mais necessária do que nunca.
Para o ano de 2020 estava marcado o maior símbolo do esporte mundial, as olimpíadas que seriam realizadas em Tóquio, mas foram canceladas, e com isso o sonho de todos os amantes do esporte teve que ser também pausado. Mas não nos deixemos abalar, porque assim como em um esporte de equipe o mundo está junto nessa jornada, buscando superar apenas um inimigo, o vírus que mudou para sempre a humanidade.
O sonho da vacina se concretizou e muitos países começaram a injetar uma nova onda de esperança no corpo das pessoas. As competições do jeito que conhecemos ensaiam um retorno, o jornalista vive um momento de ilusão, sonha com tudo aquilo que passou cobrindo dentro de casa para poder realizar uma boa performance quando se comunicar com o público em um campeonato ao vivo. Dias melhores virão, momentos históricos no esporte também, e o comunicador estará lá para contar a história e emocionar as arquibancadas e todo mundo que acompanha.
