Ao Pedro do futuro, uma boa sorte

Instigado por um olhar penetrante e invasivo, o sonho do futuro surge na cabeça de um jovem jornalista

Pedro Ernesto Maranhão
Paradoxos
2 min readJun 5, 2021

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Por Pedro Maranhão

Durante o período de isolamento social dúvidas chegam até mim e por aqui permanecem. Em um dia que trabalhava em meu computador direto de minha casa, observava o fundo das pessoas que se faziam presentes na mesma reunião em que estava. Parava e me imaginava entrando na casa daquelas pessoas, apenas como um observador, como uma mosca presente no local.

É engraçado de se ver, uma chamada formada por 30 pessoas, dentre elas apenas 22 com câmera aberta, sabe-se lá o porquê das outras não abrirem a webcam mesmo em uma chamada profissional; além disso, algumas ainda chegam a desfocar o fundo, sem que minha intromissão imaginária seja possível.

Imagem de Hatice EROL por Pixabay

Sonhava com a rotina das diferentes pessoas que comigo interagiam e seus hobbies durante a pandemia. Ao mesmo tempo que elas tinham tanto em comum, como obrigações diárias e rotinas profissionais, também é possível observar que cada um possuía suas particularidades. Ao ver um gato passando por trás de um dos meus supervisores lembrei de quando possuía meu querido Sebastian. Fui obrigado a deixa-lo para trás quando me mudei para São Paulo, mas sei que ele está sendo bem cuidado e mimado por meus pais.

Me pegava pensando, disperso da reunião, pensando no futuro. Com o fim do curso se aproximando cada vez mais, a preocupação da vida adulta começa a bater na porta, e com ela novos desafios e aventuras para serem conquistados. Por hora, só nos resta sonhar.

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