Flamengo é amor
Como já dizia Camões: amor é fogo que arde sem se ver
Por Klauber de Souza Pavesi Barreto
O ditado “trocamos de tudo na vida, menos de time” nunca foi tão verdade para mim. Já mudei estilo de roupa, opiniões, escolhas, amores, mas a paixão pelo meu time sempre continua o mesmo, intenso. Esse amor é fogo que arde sem se ver como já dizia Luís Vaz de Camões. Cresci vendo os jogos, desde pequeno gritando na frente da televisão e sempre implorava ao meu pai para me levar nos jogos.
— Papai, me leva no Maracanã, nunca te pedi nada.
— É arriscado filho, muito perigoso e você ainda é muito pequeno. Prometo te levar quando fizer 15 anos.
Eu vivia para ter essa idade, não via a hora de cantar os hinos no Maraca lotado todo vermelho e preto. Até que chegou o grande momento, era um domingo, o ano era 2011 e o clássico entre Flamengo e Fluminense decidiria quem seria o campeão do Campeonato Carioca. Aquela torcida, aqueles cantos e gritos me arrepiaram antes mesmo de entrar no estádio. Dentro do carro, chegando perto do estádio, eu via pelo vidro todas aquelas pessoas vestidas com o manto, gritando, com bandeiras e tambores, um aglomerado de pessoas andando em direção ao destino da decisão. Não tinha como não gritar junto.
Ao entrar, no portão 3, ao lado do campo eu tinha a mesma visão que eu tinha da televisão, porém agora eu conseguia sentir o clima e eu me senti uma criança ganhando um chocolate, os olhos brilharam, o sorriso apareceu no rosto e logo eu disparei um grito:
— Vamos Flamengooooooo!!!!
— E aí, está gostando? — perguntou meu pai.
— É claro, estou sem palavras!
Eu só sabia chorar e nesse momento eu tive a certeza de que nunca teria como abandonar essa paixão. Os anos se passaram, amadureci e sempre que entro no estádio o sentimento é o mesmo da primeira vez: loucura, amor e êxtase. Logo tive a certeza de que eu morreria sentido aquele misto de sensações e aquele amor toda vez que eu visse o meu Flamengo jogar. Eu te amo, Flamengo!
