Política brasileira: da corrupção à polaridade

Amanda Sampaio
Paradoxos
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2 min readSep 22, 2017

Por Amanda Sampaio e Larissa Alves

Congresso Nacional — Brasília (DF) | Foto: Shutterstock

O atual cenário político do Brasil está passando por um período muito conturbado, com escândalos estampados em todos os jornais, até mesmo na imprensa internacional. Em menos de um ano tivemos um impeachment de um presidente por crime de responsabilidade; pedido de condenação do presidente anterior ao destituído por corrupção, e agora temos várias tentativas de derrubada do atual presidente, acusado de organização criminosa, obstrução da justiça e corrupção passiva, de acordo com informações do El País.

Como se já não bastasse, a operação Lava Jato descobriu grandes casos de corrupção no país protagonizada pela maioria dos políticos que hoje integram o quadro da política brasileira. Até agora, segundo levantamento realizado pelo Portal G1, mais de 100 pessoas foram condenadas pela Operação Lava Jato e pelo menos 250 pessoas são mantidas como réus no processo.

Isso mostra um cenário de intensa instabilidade política vivenciado pelo Brasil, problema que cria reflexos negativos não somente na política, mas também causa instabilidades em todo setor econômico, seja nas relações internas como também nas relações externas, no que diz respeito à credibilidade do Brasil no cenário econômico mundial e no mercado internacional.

Não obstante, passamos também por intensas discussões e votações sobre projetos que podem mudar toda a estrutura econômica do país, com grandes impactos em questões sociais que há muito tempo estão sendo postergadas pelos mandatos presidenciais anteriores, mas que em algum momento seriam feitas como uma tentativa de reverter o cenário de crise financeira do país.

O fato é: não tem mais dinheiro. Para isso, muitos gastos deverão ser avaliados e deverão ser implantados novos ajustes e controle de gastos, como é o caso da reforma na previdência e também do estabelecimento do teto de gastos para os investimentos públicos. Segundo o atual presidente, Michel Temer, essas medidas vão ajudar, dentre outras coisas, a acabar com a corrupção e a lavagem de dinheiro que ocorrem nas execuções de obras públicas.

Ademais, também é interessante notar que a polaridade em que nos encontramos favorece o pensamento unilateral. Isso pode impedir que medidas necessárias sejam tomadas, apenas por não favorecerem os interesses de quem as julga inoportunas. No entanto, não se olha para os males que esse tipo de conduta pode causar a gerações futuras e à economia do país.

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