Uma notícia cor-de-rosa

Diante de tanta tragédia, há esperança

Victoria Claramunt
Paradoxos
2 min readJun 9, 2021

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Por Victoria Claramunt

Foto: Pixabay

Sempre que uma pessoa tinha alta do hospital e saía com a plaquinha “eu venci a covid-19” o bairro tremia de esperança, com o coração aquecido em ver como os médicos estão vencendo a doença, que as vítimas estão cada vez mais fortes e que juntos venceríamos tudo, que até fogos eram queimados na rua.

O momento de euforia, de felicidade e mais fogos foram queimados — dessa vez não tinha jogo de futebol para confundir o motivo daquele barulho — sabia que era mais uma família tendo o seu final feliz.

E teve mais fogos de artifícios, meu coração aqueceu… depois de tantas perdas, de ter me contaminado e chorado por 14 dias, com medo de morrer e deixar meus sonhos para trás, de perder meu marido, minha família; mais uma vez o coração aqueceu.

Mas dessa teve houve muitos gritos, muita celebração. Será que um idoso ou idosa ficou tanto tempo internado e conseguiu se curar dessa doença? Qual o real motivo de tanta celebração?

A cor rosa tomou a rua, sabia que era alguma coisa diferente, tanto entusiasmo que cheguei a ter medo de olhar pela sacada o que tinha acontecido. As vacinas chegaram para toda a população da cidade?

Com ela vieram os gritos “é menina, é menina” e pude celebrar com a família, que estava em seu quintal realizando um chá-revelação por meio de uma chamada de vídeo. Gritei do meu apartamento “é menina, é menina”.

Diante de tantas notícias ruins, novos decretos para a convivência humana e uma nova vida está por vir. Uma menina está por vir.

Esperança.

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