Kodak planeja entrar para o mundo das criptomoedas

Tendo em vista uma melhor maneira de dar suporte e de proteger os direitos sobre as imagens de fotógrafos, a empresa encontrou nas criptomoedas e nos contratos inteligentes uma possível solução.

Lidia Zuin
Paratii

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Foi anunciado na semana passada a notícia de que as ações da Kodak cresceram mais que o dobro após a empresa lançar a Kodakcoin, “uma criptomoeda focada em fotografia e que empodera fotógrafos e agências a terem mais controle sobre seus direitos de imagem”.

Usando a plataforma em blockchain da Ethereum, a criptomoeda lançada pela Kodak contará também com uma plataforma própria, a KODAKOne, que ajudará criadores a administrar seus direitos e licenças a serem concedidas para seus trabalhos. A ideia, como apontado no site da empresa, é “permitir que fotógrafos atuantes participem de uma nova economia para a fotografia, recebam pagamentos pelo licenciamento de seus trabalhos imediatamente após a venda, e que vendam seus trabalhos de forma confidencial, em uma plataforma segura em blockchain.”

Isso significa que a plataforma também conseguirá fazer uma varredura de qualquer uso ou atividade indevidas que se utilizarem do conteúdo licenciado na KODAKOne. Ou seja, toda vez que uma imagem não licenciada for detectada, a plataforma da Kodak poderá eficientemente tomar conta dos processos pós-licenciamento que levarão o fotógrafo a receber pelo seu trabalho.

De acordo com o site Ars Technica, no entanto, esse novo projeto da Kodak veio como uma nova tentativa de a empresa se reposicionar no mercado após o insucesso de uma primeira ICO lançada anteriormente, a RYDE, que outrora teria sido desenovlida pela WENN Digital, uma empresa alemã. Com a KodakCoin, a famosa marca de câmeras terá investidores dos Estados Unidos, Reino Unido e outros países para apoiar o projeto.

Segundo pesquisa realizada pela Fortune, aproximadamente 31 empresas públicas recentemente também passaram a investir em criptomoedas como uma maneira de se atualizar e se reposicionar no mercado. Isso significa que, por outro lado, é bem possível que outros players acabem optando pela mesma estratégia, chegando a um número de mais de 100 marcas que seguirão essa tendência ainda em 2018. Para a publicação, esse comportamento visto entre as criptomoedas, em especial o Bitcoin, é muito parecido com o boom do Dotcom, quando cerca de 126 empresas adotaram o dot.com a seus nomes durante o auge da bolha que explodiu entre 2000 e 2001, com 57 empresas se desassociando.

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Lidia Zuin
Paratii

Brazilian journalist, MA in Semiotics and PhD in Visual Arts. Researcher and essayist. Technical and science fiction writer.