Experiência Max Pam:
da ideia à publicação de um fotolivro

Oficina da estação de trabalho do 11º Paraty em Foco

Estúdio Madalena
Blog do 11º Paraty em Foco

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Por Julio Boaventura Jr e Manuela Rodrigues

Max Pam e seu filho Jack Pam, realizarão a oficina
Experiência Max Pam: da ideia à publicação de um fotolivro
nos dias 23 a 27 de setembro durante o 11º Paraty em Foco.
Inscreva-se já!

As primeiras palavras que constam nos diversos perfis que o fotógrafo australiano Max Pam tem publicado em renomadas instituições, galerias, e sites de fotografia são: viagem, paixão pela vida e fotografia.

Esses termos de fato têm muito a dizer sobre a trajetória do fotógrafo que aos 16 anos já produzia imagens, e aos 20 deixou a Austrália para embarcar em longas viagens pelo Oriente Médio e Ásia.
Outra palavra que facilmente pode ser adicionada a sua biografia é Fotolivro. O primeiro, Going East (Marval, Paris, 1992), mostrava as imagens feitas ao longo de 20 anos de trabalho de campo nos quais Max Pam disse ter vivido o "sonho de sua juventude".

"Durante toda a década de 1970 e década de 80, passei "pequenas vidas" na Ásia. A minha principal função como pessoa era estar lá, para viajar, compreender e participar dessa comunhão com as muitas e singulares culturas por onde passei."

Sobre os livros, ele também acredita que são ferramentas incrivelmente adaptáveis para trabalhar qualquer gênero que se queira. E em seu caso particular, os fotolivros podem ser vistos como auto-biografias, sobre o mundo que testemunhou sob aspectos monstruosos e desconcertantes, ou mesmo em sua rotina totalmente mundana.

"Um livro, em teoria, ficará pelo mundo muito tempo depois que seu autor passou por aqui. Então, o que o livro oferece entre outras coisas, é algo como uma herança de quem você era como pessoa, seu trabalho sobre tudo o que viu de interessante."

E ainda destaca que ao editar um trabalho em páginas de livros, o autor começa a jogar com as suas imagens de uma forma líquida e fluída. Em uma espécie de livre criação, na qual se pode flexibilizar qualquer história ou produto de design que melhor amplifique a sua originalidade autêntica como um artista visual.

Mais do que contar sua história através das publicações, o fotógrafo e professor também tem pesquisado e ensinado nos últimos 45 anos a "arte de produção dos fotolivros" aos seus alunos da universidade Edith Cowan University, em Perth na Austrália, e em vários workshops pelo mundo todo.

É com essa bagagem que Max Pam e seu filho Jack Pam desembarcam no
11º Paraty em Foco para conduzirem a oficina Experiência Max Pam: da ideia à publicação de um fotolivro, em que cada participante produzirá um fotolivro de sua autoria, passando por todo o processo desde a ideia original, à produção de imagens, parte gráfica, impressão e acabamento.

Segundo Max, cada dia de imersão começará com uma sessão de projeção de obras editada a partir de alguns dos melhores, e mais inspiradores fotolivros já feitos e terminará com uma rodada de conversa e reflexão sobre a produção do dia. E assim que uma massa crítica de fotografias obtidas por meio de trabalho de campo e de pesquisa for alcançada, a fase de produção do livro começará.

“É fascinante ver o livro de cada participante evoluir em meio a um trabalho em grupo. Nesse processo todos são testemunhas de que não é apenas o ensino formal, a tutoria e as possibilidades de design que eu e meu assistente Jack provemos, que acionam a produção artística. Também é sobre o coletivo de talentos envolvidos na oficina e como eles inspiram uns aos outros, e a mim mesmo como artista.”

A oficina Experiência Max Pam: da ideia à publicação de um fotolivro faz parte da Estação de Trabalho do 11º Paraty em Foco — uma nova experiência do festival, que abre espaço para o desenvolvimento de projetos criativos desde a concepção até um produto final. Este projeto será lançado na tarde de domingo, data de encerramento do festival, ao lado das demais oficinas que fazem parte da Estação de Trabalho.

Vai ficar de fora dessa experiência?
Inscreva-se já, as vagas são limitadas.

A edição do blog do 11º Paraty em Foco
é de Érico Elias e do
Oitenta Mundos .

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