Programação
11º Paraty em Foco

Estúdio Madalena
Blog do 11º Paraty em Foco
7 min readSep 13, 2015

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Assumindo a missão de fomentar discussões e reflexões acerca da fotografia e de aproximar o público de grandes artistas, pensadores e realizadores, o 11º Paraty em Foco promove uma série de atividades em uma grande tenda montada no centro histórico de Paraty de 23 a 27 de setembro.

Nesta edição serão 16 Encontros, entre mesas de debate, palestras com curadores e entrevistas com convidados nacionais e internacionais. Além disso, a programação noturna contará com a projeção de alguns dos melhores trabalhos recebidos pela Convocatória em Foco, apresentação de projetos, com projeções comentadas por seus realizadores, e ainda a exibição da Mostra Fotofilmes Brasileiros, com curadoria de Érico Elias e Fernando de Tacca.

Agnaldo Farias entrevista Sofia Borges no 10º Paraty em Foco. Foto: Sara de Santis

Entrevistas

Como já é tradição o Paraty em Foco promove grandes encontros entre seus principais convidados, proporcionando ao público uma rica imersão em suas trajetórias artísticas.

Antonie D'Agata

Na noite de abertura Eduardo Muylaert entrevista a grande atração internacional dessa edição Antoine D’Agata. Na conversa Tensão e sedução: O encantamento no escuro, o fotógrafo, cuja obra nasce de um profundo engajamento físico com as pessoas que retrata promete trazer ao festival mais um pungente depoimento acerca de suas motivações pessoais.

No segundo dia de evento, a tarde começa com o encontro O olho do homem, em que Alfredo Manevy entrevista Ailton Krenak, intelectual e ativista indígena que vai tratar de estratégias para subverter o paradigma antropológico do olhar objetificante sobre o outro, em defesa da voz de seu povo.

Na sequência Claudia Jaguaribe entrevista Max Pam, autor que tem a publicação tão incorporada em seu processo criativo que, muito provavelmente, já fotografa pensando em página simples ou em página dupla, no encontro Páginas de fotografia.

Francisco Mata Rosas

Na sexta feira Eugênio Sávio entrevista Francisco Mata Rosas. Na conversa Fotografia, México, Poder, o fotógrafo e pesquisador mexicano vai tratar dessa nova realidade, que transforma por dentro nossos códigos de representação da intimidade, do entorno e dos fatos sociais e que leva a fotografia a se abrir a um novo paradigma.

A seguir no encontro DNA Fotógrafo, Milton Guran entrevista Christian Cravo, representante da terceira geração de uma família de artistas. No papo o artista vai remontar suas raízes, revelando em que medida seu processo criativo contém traços herdados geneticamente e como os territórios do afeto influenciam seus projetos documentais.

No último dia de encontros e entrevistas a tarde começa com a mesa Fotografe Melhor Geração Instagram. Na conversa Sérgio Branco e Juan Esteves entrevistam Alexandre Urch e Tuane Eggers, dois representantes de uma geração de fotógrafos que evoluiu compartilhando seus trabalhos via redes sociais.

Arno Rafael Minkkinen

E para encerrar a programação no encontro Mímese fotográfica, Rodrigo Alonso entrevista Arno Rafael Minkkinen, artista que se utiliza do próprio corpo nu para expressar uma necessidade quase mística de voltar às origens em um trabalho engajado, cujas experiências e descobertas irá compartilhar com o público.

Conversas com o Curador

De quinta a domingo sempre às 15:30hrs o público terá a oportunidade de assistir palestras com os curadores convidados, em um espaço dedicado a reflexão teórica sobre as questões do festival.

Agnaldo Farias no 10º Paraty em Foco. Foto: Sara de Santis

Na primeira tarde Agnaldo Farias, apresenta "O fotógrafo, o ladrão, sua mulher e o amante dela: trama de paixão e crime no Facebook". Uma reflexão sobre qual o alcance de uma fotografia na vida privada, através de caminhos tão próximos de um romance policial quanto de uma análise contemporânea dos sentidos da fotografia.

Na segunda palestra, Da parede às páginas e das páginas à parede: o curador nos tempos do fotolivro, o espanhol Horacio Fernández, traz ao palco o universo dos fotolivros e introduz novos critérios à reflexão sobre fotografia, enfatizando o papel central que a edição e a composição tomam na construção de discursos.

Na tarde de sábado o argentino Rodrigo Alonso, apresenta a palestra O corpo como statement, em sua busca por entender como as questões identitárias são redesenhadas e retrabalhadas em uma perspectiva permeada por incertezas e enorme volatilidade em um mundo globalizado.

Claudio Feijó

E para fechar a programação do Festival na tarde de domingo, Claudio Feijó refletirá sobre a fotografia e sua trajetória como educador, a frente da Imagem-ação, uma das escolas de fotografia mais conhecidas de São Paulo, em uma espécie de auto-entrevista intitulada Toda impostura será castigada.

Projetos em debate

Neste ano as manhãs do festival reúnem representantes do fazer e pensar fotográfico para discutir com o público importantes temas da área.

Para iniciar a programação a mesa Conspirações à luz do dia traz convidados que estão a frente de importantes instituições da região, para discutir com o público as ideias em torno a preparação do IV Fórum Latino Americano de Fotografia de São Paulo, a ser realizado em 2016. Estarão presentes: Daniel Sosa (Uruguai), Eduardo Saron (Brasil), Fredi Casco (Paraguai), Ítala Schmelz (México), Marcelo Brodsky (Argentina) e representantes da Rede de Produtores Culturais da Fotografia no Brasil, mediados por Iatã Cannabrava.

Mesa do III Fórum Latino Americano de Fotografia de São Paulo. Foto: Walter Costa

Na sequência Fariba Farshad apresenta o Photo London que colocou Londres em destaque no circuito internacional de feiras de fotografia.

No segundo dia a mesa Caminhos, políticas e definições para uma fotografia em processo de expansão de ideias e de reflexões propõe um debate sobre políticas públicas e privadas para a fotografia no Brasil com Eduardo Saron, Lisette Lagnado, Alfredo Manevy e Cristina Maseda mediados por Iatã Cannabrava.

Na sequência Micha Bruinvels, diretor do World Press Photo, discute a história da premiação, os desafios do presente e as perspectivas para o futuro no fotojornalismo.

João Roberto Ripper

E no último dia André François, Marcelo Brodsky e João Roberto Ripper mediados por Paula Sacchetta compõe a mesa Fotografia e direitos humanos, mostrando através de suas carreiras ativistas como a fotografia pode exercer um papel extremamente importante na defesa dos direitos humanos e nas denúncias às suas violações.

Noites de Projeção

Para terminar bem os dias de evento a fotografia estática é colocada em xeque nas atrações noturnas da Tenda Multimídia.

De quinta a sábado sempre às 21hrs alguns dos melhores trabalhos recebidos pela Convocatória em Foco serão apresentados no telão.

Foto: Sara de Santis

Às 22hrs seguimos com a apresentação de projetos e projeções comentadas por seus realizadores. Na quinta feira Cadu Lemos e Ricardo Roja apresentam Mobgrafia — a linguagem da nova geração. Em formato de TED eles vão falar sobre o projeto que surge com a intenção de desenvolver um olhar artístico sobre imagens produzidas e trabalhadas em dispositivos móveis, investigando conteúdos com ilimitadas possibilidades de compartilhamento e de difusão.

Na sexta, o fotógrafo de Kosovo Jetmir Idrizi, apresenta Quebrando fronteiras, tema do festival Dokuphoto, que reuniu onze fotógrafos vindos de diversas partes dos Balcãs para uma documentação que desenvolvesse um melhor entendimento entre as diferenças étnicas e culturais existentes na região e a criação de uma nova representação fotográfica de Kosovo.

Na última noite do festival, João Wainer e Katia Lund apresentam Boa esperança, videoclipe do rapper Emicida que trata da violência e intolerância ligadas a questões raciais do país com representações polêmicas de negros e brancos.

E a partir das 22:30 será exibida a Mostra Fotofilmes Brasileiros, em 3 programas, com curadoria de Érico Elias e Fernando de Tacca.

Abeladormecida: entrada numa só-sombra (Marcello Tassara, 1978) Juvenília (Paulo Sacramento, 1994) // Gaivotas (Cristian Borges, 1997) // Nada levarei quando morrer (Miguel Rio Branco, 1981) // Ressureição (Arthur Omar, 1989)

Vinil verde (Kléber Mendonça Filho, 2004) // Enquanto chove (Alberto Bitar e Paulo Almeida, 2003) // Marginália (João Wainer, 2005) // Sonoro diamante negro (Suely Nascimento, 2004) // …feito poeira ao vento… (Dirceu Maués, 2006) // Arpoador (Fernanda Ramos, 2005)

The city of samba (Jarbas Agnelli e Keith Loutit, 2012) // Hotel Savoy (Bella Tozini, 2014) // Trilogia inconsciente (Carlos Dadoorian, 2007–2008) // Caixa de sapato (Cia de Foto, 2008) // Coda (Marcos Camargo, 2008) // # (André Farkas e Arthur Gutilla, 2010) // Quincas (Tatiana Altberg e Grupo Mão na Lata, 2007)

Noite de Projeção no 9º Paraty em Foco. Foto: Fabio Messias

Confira o quadro completo da programação,
exposições, workshops e lançamentos de livros, clicando aqui.

Nos vemos em Paraty!

A edição do blog do 11º Paraty em Foco
é de Érico Elias e do
Oitenta Mundos

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