Super Festival

Resumo do último dia do 11º Paraty em Foco

Estúdio Madalena
Blog do 11º Paraty em Foco

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Por Julio Boaventura Jr e Manuela Rodrigues

Para encerrar a programação da Tenda Multimídia, Claudio Feijó sobe ao palco para um um bate papo com Iatã Cannabrava.

Sobre o tema da palestra “Toda impostura será castigada”, Iatã conta que a ideia surgiu da surpresa de ambos ao verificar que o antônimo de nudez no dicionário não era vestimenta, ou algo relacionado, mas sim impostura. E Feijó após contar algumas histórias ilustrativas de alunos que passaram por sua escola Imagem Ação, conclui que a “impostura, por fim, deverá ser premiada.”

Fotos de Talita Virginia e Bea Rodrigues

Ao longo da conversa o professor e psicólogo também falou sobre questões do processo de aprendizado e da importância de se trabalhar o autoconhecimento ao longo da trajetória profissional. Ao falar das várias fases do trabalho do fotógrafo, destaca aquela que julga ser a mais importante e ainda pouco praticada, a da generosidade.

Foto de Sara de Santis

“O último passo do ser fotógrafo é ser generoso. O ser criativo que você é, só existe porque o cenário que está por trás de tudo isso proporcionou a você. A criatividade não é individual, é coletiva.” Claudio Feijó

No fim da tarde de domingo, a Estação de Trabalho foi aberta ao público para mostrar os resultados das oficinas que aconteceram durante o evento.

Fotos de Talita Virginia e Sara de Santis

Mais do que produzir livros, vídeos e exposições, as oficinas figuraram como um grande ponto de interação com a população local. Que nesta edição muito mais do que espectadora se tornou sujeito e objeto das produções da Estação de Trabalho.

O chão da cidade se transformou em um grande sítio arqueológico, entregando peças valiosas para o guia de coleta à luz do sol elaborado pelo grupo de trabalho do Coletivo SC02.

Foto de Talita Virginia e Bea Rodrigues

Nos fotolivros produzidos sob a orientação de Max e Jack Pam casarões do centro histórico foram cenário de observação dos movimentos sutis dos corpos de modelos.

Fotos de Talita Virginia

Embalado pelo romantismo das canções de Roberto Carlos, o grupo de trabalho orientado pela dupla da Editora Vibrant produziu um fotolivro que transborda sentimentos através de fotos, símbolos e cores.

Foto de Talita Virginia e Bea Rodrigues

Ao revelar a história da foto que poderia ter sido a última de um morador da cidade, o grupo da Nitro nos emociona ao mesmo tempo em que explicita o poder das imagens de detonar narrativas muito além das palavras.

Foto de Bea Rodrigues

Com olhos e ouvidos atentos, os participantes da oficina fruto da parceria do festival com o Museu do Território de Paraty, receberam álbuns e arquivos familiares para recriar a história da cidade através da edição de um fotolivro que embora leve e pequeno carrega quilos de memória.

Esse processo ainda foi acompanhado de perto pelo grupo de Repórteres Mirins, que fez uma reportagem em vídeo com depoimento dos participantes da oficina.

E em uma noite tão especial de superlua e eclipse total, o 11º Paraty em Foco chega ao fim e inaugura uma nova década que promete continuar levando a discussão da fotografia muito além do selfie. Sem dúvida, um super festival.

Foto: AP Photo/Damian Dovarganes

Nos vemos em 2016!

A cobertura do 11º Paraty em Foco
é do
Oitenta Mundos

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