Como lidar com birras? Como evitar briga entre irmãos?… Como ser um melhor adulto para com as crianças

Mudar um hábito nocivo é mais difícil do que doar para uma instituição de caridade. É aí que nos tornamos agentes de transformação, nessas pequenas revoluções.

Mariana Wechsler
parentalidade
Published in
3 min readMay 11, 2022

--

storyblock SBI-317301546

A gente naturalizou que o adulto é maior do que a criança.

“Para de ser infantil”

“Como você é criança”

“Para de brinca e vai trabalhar”

Precisamos mudar essa lógica de que o que é da criança é algo ruim. Como se o brincar não fosse algo estrutural para a criança e para todos os seres humanos.

Você sabe quando deve encorajar a criança a encarar seus medos e quando simplesmente deve acolhê-los?

Essa é uma linha muito tênue. A resposta é que a gente precisa perceber, perceber é estar atenta.

Tem coisas que a gente quer que nossos filhos façam não por eles, mas por nós. Porque aquilo de alguma forma diz sobre a gente. Diz sobre uma dor, diz sobre um gatilho, diz sobre uma expectativa.

Muitas vezes a gente quer que a criança faça, a gente quer que ela supere, que ela consiga e isso é colocado dentro de um contexto social, onde por exemplo, se ela entrar na natação e encarar o medo da água, se ela participar da apresentação na escola de forma alegre e sorridente, se ela experimentar todos os alimentos, se ela não for tímida, corajosa, destemida, comunicativa, desprendida, ela será reconhecida.

O que é que está por trás das nossas decisões?

O que está sustentando as nossas decisões?

Perceber é sair do piloto automático.

Por mais que a gente procure, nós não teremos uma resposta:

“Olha quando acontecer isso, você encoraja”, “quando for aquilo você acolhe”.

Não vai existir essa resposta. Não saberemos as respostas para as angústias que os nossos filhos nos trazem.

Precisamos nos colocar ao lado deles e se disponibilizar para perceber o que o momento está pedindo.

Não tem certo ou errado.

Você passou por alguma situação desse tipo?

Recentemente, publiquei um artigo no UOL Papo de Mãe que em um dos trechos tem muita relação com o que estou trazendo hoje.

Eu acredito profundamente em micro revoluções. Dessas que Eu acredito profundamente em micro revoluções. Dessas que a gente faz porque quer e com o que tem, todo dia um pouquinho. Dessas que pedem mais coragem do que você imagina.

Eu acredito em mudanças simples de linguagem, mudanças de comportamento que acolhem o outro. Acredito na micropolítica, naquilo que a gente faz todo dia, no corpo a corpo, na força da tentativa, muito no processo de mapear uma ferida, e agir, de novo e de novo.

Mudar um hábito nocivo, é mais difícil, do que doar para uma instituição de caridade. É aí que nos tornamos agentes de transformação, nessas pequenas revoluções.

Dessas que pedem mais coragem do que você imagina. Eu acredito em mudanças simples de linguagem, mudanças de comportamento que acolhem o outro.

Acredito na micropolítica, naquilo que a gente faz todo dia, no corpo a corpo, na força da tentativa, muito no processo de mapear uma ferida, e agir, de novo e de novo.

Mudar um hábito nocivo é mais difícil do que doar para uma instituição de caridade. É aí que nos tornamos agentes de transformação, nessas pequenas revoluções.

Se você acompanha e gosta do meu conteúdo, você pode me apoiar comprando um café OU pode inscrever-se no Medium com meu link. A mensalidade do Medium irá apoiar todos os escritores que você gosta e acompanha, e quando você passar a publicar, também poderá fazer uma renda extra. Basta assinar clicando aqui.

--

--

Mariana Wechsler
parentalidade

Escrevo sobre Parentalidade e sobre a vida, com pitadas de ensinamentos budistas e minhas experiências. https://correnteza.substack.com/subscribe