Dialogar ou Castigar?
Escolher frustrar a criança não irá ensiná-la sobre a frustração.
Deixa-la sozinha pensando, também não fará com que ela reveja seu comportamento.
Negar o “chororô” e lamentações não fará da criança mais forte.
O sermão jamais levará ao aprendizado concreto.
Quanto mais eu frustro a criança, mais desconcertada ela fica da sua própria sensibilidade, da sua existência e do seu próprio sentir, que é uma parte importantíssima dela.
É possível que essa criança se torne um adulto que irá se submeter a toda a toda violência do mundo, que irá se sentir abalada com as circunstâncias da vida, que poderá somatizar e descontar toda a frustração em comida, em bebidas, em compras, em sexo, em drogas, antidepressivo e tudo que a gente normaliza na sociedade.
O choro, as frustrações, as crises de raiva, tudo isso são saudáveis e são necessárias. E a gente precisa sim ser atravessados por elas.
Nossas emoções existem para nos colocar em movimento.
Quanto mais eu engulo, mais eu silencio as emoções, mais eu adoeço.
Não é sobre uma maternidade certa ou errada, não é sobre uma educação com o objetivo de criar um adulto perfeito e sem sofrimento.