Uma atitude diária para melhorar a sua vida!

Por múltiplas razões, nós crescemos exercitando a prática de julgar o olhar do outro sobre nós para definir quem nós somos.

Mariana Wechsler
parentalidade
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4 min readMar 23, 2022

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Por múltiplas razões, nós crescemos exercitando a prática de julgar o olhar do outro sobre nós para definir quem nós somos. Criamos expectativas e anseios sobre o que o outro pensa ou espera sobre nós, e nossas atitudes acabam sendo inteiramente baseadas nessas expectativas.

Com isso, a cada dia diminuímos nosso verdadeiro EU, escondemos nossa verdadeira identidade. E a fonte de muitos sofrimentos encontra-se nesse isolamento de um SER, que nós nem conhecemos tanto.

Imagine aquele barulho que mais te incomoda, que mais te irrita sendo tocado sem parar. No início, você manifesta incômodo, você tenta desligar, reclama. Mas após tocado por muito tempo, sendo você incapaz de desligar, você se acostuma.

Ao se acostumar, você seria inclusive capaz de querer ouvir o barulho novamente, porque de alguma forma aquela situação lhe traz agora normalidade. Você está “treinada” a lidar com aquilo.

Esse barulho que incomoda pode ser comparado às situações que nos agridem. Aquelas atitudes que incomodavam no início, mas com o tempo acabamos aprendendo a conviver, e pior, aprendemos a silenciar nosso verdadeiro sentimento e identidade.

Ao longo da vida, vamos ouvindo vozes em nossas mentes que nos limitam, que nos criticam, que nos trazem o medo, preocupações e expectativas. Elas nada mais são do que ecos internos daquilo que ouvimos dos nossos pais, de professores, de amigos e de todas as relações ao nosso redor. Todas essas pressões e julgamentos que você de alguma forma aceitou (não resistiu) e se silenciou externamente, mas audificou internamente.

Veja que nesse caminho da vida, nós naturalmente modelamos a nossa mente a sobreviver, modelamos a nossa mente a aplicar métodos de sobrevivência. Isso não necessariamente é bom, porque seguindo esse caminho, a nossa tendência é buscar estar sempre nos ambientes que nos parecem familiar e que nós de alguma forma sabemos nos “defender” para sobreviver.

O que estou comentando é uma tendência de comportamento que ocorre naturalmente. E o mais importante a saber é que somos todos capazes de interromper esse ciclo. Somos todos capazes de silenciar os ecos que nos limitam, e temos as condições necessárias a ouvir as vozes que nos levantam.

Nossa intenção no momento que ajudamos de alguma forma uma criança faz muita diferença. Quanto mais agitados e apressados estivermos, mais atrapalhamos o processo deles. Quanto mais presente estiver o seu passado, quanto maior for a mala que você carrega, menos capaz de se conectar com a criança você será.

O exercício da parentalidade não se sustenta sem a disponibilidade emocional, sem a conexão.

Os filhos não contabilizam o tempo de convívio com a gente, mas o tempo que se sentiram vistos, importantes, amados.

E quanto menos tempo de qualidade durante o dia, de olho no olho, sem compartilharmos a atenção deles com o celular, sem conversas paralelas, de atividades onde estamos realmente envolvidos e presentes, menos se entregarão a nós.

Uma criança que não consegue expressar seus sentimentos, no início grita, esperneia, chora, faz a tal manha.

E se você não estiver atenta a sua humanidade: diante disso, você sente seu corpo esquentar, seu coração começa a bater num ritmo diferente, assim como sua respiração. Pode ser que passe um filme na sua cabeça, rapidamente você tenta buscar informações que te ajude a encontrar um argumento correto. Você começa a ficar impaciente pois o choro, a lamentação, a crise não terminam e você tem outras coisas para fazer e resolver.

Você consegue se identificar com essa situação? E você realmente acha que uma fórmula de como lidar com a birra, por exemplo, vai te ajudar no longo prazo?

Eu poderia ficar aqui descrevendo inúmeros exemplos do comportamento da criança e como que isso aciona diversos reações em nosso corpo e mente.

Mas o que eu quero te ajudar a entender, é que todo comportamento desafiador da criança tem a função de comunicar algo, e nós cuidadores, a nossa primeira atitude é reagir a esses comportamentos de acordo com nossos julgamentos, expectativas e emoções.

Para que a gente consiga oferecer o nosso melhor para as nossas crianças nós precisamos passar por uma ruptura mental, e romper com a visão de mundo que já conhecemos, precisamos sair da nossa zona de conforto em que nossas ações são praticadas somente no automático.

Você não se questiona, você não pausa, você somente responde conforme sua intuição e de acordo com os caminhos que você ja conhece.

Mas eu te garanto que você consegue mudar, com uma única atitude diária que levo na minha vida há muitos anos:

Coloque em prática na sua vida uma compreensão sobre os fatos desgarrada de pré-conceitos que você será capaz de silenciar os ecos do seu passado, mudar imediatamente o conflito que acontece no presente, e começará a semear um futuro em que seus filhos desenvolverão uma inteligência emocional apurada.

Vamos juntas mudar a nossa e a sua história. Seja sempre sua melhor amiga, seja fantástica!

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Mariana Wechsler
parentalidade

Escrevo sobre Parentalidade e sobre a vida, com pitadas de ensinamentos budistas e minhas experiências. https://correnteza.substack.com/subscribe