Deslumbramento Digital
A Ilusão Coletiva da Felicidade Instantânea e o Esquecimento dos Desafios Reais
Um desabafo sobre o advento da era digital, juntamente com a ascensão dos movimentos de autoajuda online, que estão moldando uma cultura de aversão a desafios e busca por gratificação instantânea e hiperprodutivismo, criando uma narrativa distorcida sobre sucesso e felicidade.
A impressão que tenho é de que esses vários “movimentos digitais” de motivação, empreendedorismo — surgidos com o advento da auto ajuda — tem, cada vez mais, o formato de grande “shows da fé” onde o maior propósito é esquecer que há problemas e degraus à serem enfrentados e trilhados e que, em uma era pós digital, o que nos resta é a busca de uma vida cômoda e com menos risco possível, onde o não posso estar triste, não posso ser pessimista, não posso reclamar e fundamental, onde tenho orgulho dos atalhos e grandes saltos! Isso, em muitos momentos, aqui no linkedin.
Ao mesmo tempo, uma glorificação do hiperprodutivismo. Um necessidade de ser produtivo e até mesmo o descanso tem o objetivo de manter o produtivismo. Parece uma relação fabril. Onde somos feitos para produzir repetidamente, sempre.
A recompensa? Pergunte aos perfis, aos discursos, aos treinamentos que imitam os 300 de Esparta, o filme. Porque, nunca estudaram história. Se o fizessem, teriam vergonha da analogia.
Ainda posso adicionar outros movimentos, mas queria trazer diferentes perspectivas podem ser adotadas para analisar esse fenômeno. Algumas delas incluem:
A era digital trouxe consigo uma promessa de facilidade e conforto, mas ao custo de nos desviar dos caminhos muitas vezes árduos, mas recompensadores, que levam ao crescimento pessoal e profissional autênticos. A glorificação de uma trajetória sem obstáculos para o sucesso não apenas estabelece expectativas irrealistas, mas também pode nos privar da resiliência e conhecimento que vem ao enfrentar e superar desafios.
Do mesmo modo, entender que o respeito ao corpo e a saúde mental são fundamentais para viver melho r. Não, produzir mais.
Queria que você refletisse: Como a busca por conforto e a aversão ao risco têm moldado suas decisões e perspectivas? Será que não estamos, do mesmo modo, nos “matando de trabalhar”para termos reconhecimento e a “a vida prometida” esquecendo que antes, podemos sacrificar aquilo que realmente é importante?
Enfim, muito provavelmente eu não tenho o “mindset da riqueza” ou “mindset milionário” não enxergando a “profundidade” e o poder — do lucro sobre as pessoas — de uma vida Highstakes regada a café com manteiga gui e muita prentenção sobre si mesmo. No final, sempre alguém vai ganhar. Quem será?