Sibilla: a incrível capacidade de amar

A mulher nunca teve uma verdadeira e real individualidade: ou se adapta ao prazer do homem, sem escutar os comandos do seu organismo ou da sua psique, ou se rebela, copiando-o, distanciando mais ainda da conquista do seu “eu”

Mariana Almeida
Passaparola
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13 min readOct 16, 2019

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Donata Francescato

Dezembro de 1978

“Feltrinelli cumpriu sua palavra: me telefonou avisando gentilmente que chegaria atrasado, chegou logo depois da ligação e ficou até as duas, achou o sótão “simpático”, depois mostrei as coletâneas do diário de ’45 até hoje, disse que tinha pensado na minha oferta de cedê-las, diante de uma oferta de dinheiro que seria estabelecida, com o pacto de que seriam publicadas após minha morte, junto ao texto integral das coletânea de 1940 a 1944 publicadas parcialmente por Tumminelli. Não sei o que decidirá, mas algo vai me propor, antes ou durante minha ida a Milão na segunda metade de outubro. Antes de fechar a mala em que estavam postas as coletâneas inéditas, cedi à tentação pouco higiênica de reler o fascículo dos dados biográficos (precedidos por uma nota dos executores testamentários, que diz que esses dados não devem ser publicados, mas tidos como “testemunhos da verdade”, para serem eventualmente consultados por qualquer biógrafo). Falei de “tentação pouco higiênica” porque na verdade a releitura me esgotou, além de ter me perturbado indescritivelmente. A primeira metade do manuscrito, isto é, a história do nascimento até 1915 aproximadamente, é muito importante (também por conta do estilo) e ilumina o conteúdo de Uma mulher, e todos os outros três que sucedem minha partida da casa conjugal, sob o aspecto de profunda e humana pureza que caracteriza minha vida desde a primeira guerra mundial. Depois, de 1915 para frente, por trinta anos, isto é, até 1945 e 1946, ocorre uma reviravolta trágica, uma confusão, que tem algo de espantoso, de tentativas amorosos, que acabam todas em falência, com brevíssimas ilhas de alegria e longos períodos de dor que não sei como pude suportar pouco a pouco ou superá-las. Penso que nessa perpétua superação esteja minha absolvição frente à minha atual consciência. Talvez, estivesse no meu inconsciente o pressentimento que, no fim dessa terrível história (ou seja, perto de 1946, depois da separação de Franco, meu último amor), encontraria minha alma juvenil, aquela que hoje me sustenta e me dá essa incrível força de ação e de fé, hoje, não nenhum homem vivo em particular, por nenhum homem em particular, mas por toda a humanidade no seu presente e no seu devir. É uma alma, intacta, hoje, a minha, e que me absolve de vagar sem rumo, declaro com humildade, mas firmemente. Sim, talvez tudo tenha sido necessário para que eu chegasse ao outono da minha vida tão límpida e livre. Mas a ninguém, ninguém, nem homem nem mulher, ouso colocar-me como exemplo, porque na verdade não saberia pagar o preço… Ou talvez, talvez sei que se pude pagar o preço é porque era meu destino que pagando-o me tornasse poeta: destino ainda raro na terra, mas alguém tenha dito que um dia, talvez, todos serão assim, desde crianças…

O privado/a política, o social

Assim nas páginas do seu diário, escritas numa tarde de setembro de 1953, Sibilla Aleramo julga sua vida. O diário se trata de escritos de 1945, quando Sibilla tinha 69 anos, em 1960, ano de sua morte. É um diário de uma mulher velha incrivelmente jovem, que anota os fatos da sua existência fragmentados em lembranças, em cartas de amor de 30 anos antes. É como se Sibilla escrevesse com um olho da atualidade privada, política e social e um olho no passado continuamente reinterpretado pelo presente, e com o coração voltado para o futuro, a quem vai ler o diário e os pacotes de cartas que enchem baús… “Folheio outros pacotes de cartas de outros amigos, e de conhecidos e de desconhecidos, de várias épocas. Autógrafos preciosos de alguns, outros menos. Mas quanto peso nas costas e na alma. Há muito tempo queria fazer este trabalho; mas adiava, para não ficar derruba como me sinto agora. Paro. Mas quem terá forças para folhear essa massa espantosa de papel? Eu não soube me aproximar, nestes últimos anos de vida, de um Eckermann, como fez Goethe. Quem preparasse devotamente minha biografia, por meio de tantos documentos, para depois… Depois, ninguém, ninguém terá a capacidade e a vontade de explorar e muitas vezes interpretar tantos documentos. Talvez, de resto, ninguém, nem com as melhores intenções, com a maior devoção, seria capaz. E no entanto, os documentos envelhecem cada dia mais, eu mesma fico face a eles como se estivesse diante de adivinhações insolúveis… Tristeza profunda, mesmo que mesclada, quando em quando, com orgulho silencioso e vão. Va lá, agora vamos a uma reunião de jovens comunistas, essa é minha verdade agora.”

Essa mania biográfica, sua obsessiva tendência descritiva que encontraria mais adiante, quem escreveria para ele, lhe mandava flores, fazia críticas positivas ou negativas, constituem a parte mais datada do diário. Sibilla frequentava várias pessoas notáveis do mundo da política, da arte (Togliatti, Concetto Marchesi, Sforza, Secchia, Terracini, Nilde Jotti, Bassani, Calvino, Pavese, Guttuso, Ungaretti, Vittorini, Croce, D’Annunzio…). No diário, porém, os retratos vivos são poucos, os julgamentos são muitos, parecem depender quase exclusivamente de como Sibilla se sentia, mais ou menos bem-tratada (páginas e páginas que anotam o número de convites, telegramas, cartas recebidas em cada aniversário, Natal e Ano Novo). Me entediei lendo essas partes do diário também porque aparece e reaparece muitas vezes uma reverência aos detentores do poder e da glória, que contradizem até sua declarada militância comunista e sua consciência de mulher rebelde às convenções.

Por sorte, misturadas àss páginas cheias de comiseração sobre a falta de indicações e prêmio literários, estão as reflexões interessantes sobre a condição da mulher, sobre o significado da sua adesão ao partido comunista, sobre o significado que o amor teve em sua vida.

“Você que deveriam ser “o chefe das mulheres”, francamente!”

Lendo essas suas incrivelmente longas, apaixonadas e lamentosas cartas de amor, escritas por cerca de meio século a duas dúzias de homens diversos — e sempre com igual ardor e desespero — me senti inicialmente desencorajada. Mas como a autora de Uma mulher, aquela que teve coragem de deixar marido e filho para ir à Roma trabalhar como jornalista e escritora, lutar pela emancipação feminina, criar escolas no campo romano, era capaz de morrer lentamente depois de ter tido um amor? Que eu não tenha sido a única a ter essa sensação emerge de seu próprio diário: de fato, Sibilla cita uma carta de uma amiga que escrevia a ela em 1913 de Paris: “Você vem para almoçar um dia desses? Como passa o tempo? Trabalha? Sofre um pouco menos? Como gostaria que viesse, minha cara, minha querida amiga! Parece impossível que com sua inteligência, tão avançada, tão clara, tão lúcida, você sofra por causa, justo você, por causa de “um homem”! Eu acho natural sofrer, ainda acho, porque nunca acreditei que fosse “inteligente”, eu que não sou outra coisa que instintiva, nada mais! Mas você! Você é tão au dessus da maioria dos homens. Talvez esses devessem ser para você só um “meio”? Você crê que eu não te entenda. E muitas vezes teme (eu sinto) que eu pense que só os sentidos te guiam. Lamentavelmente, desgraçadamente não! Não se trata disso. Seria muito fácil. É um “sonho” que você persegue! Um sonho irrealizável, minha cara Sibilla! Um sonho que você gostaria de transformar em realidade; já perdi as contas, e que se evaporou como uma bola de sabão. (…) O tempo da paixão não dura. Não poderia durar. É um estado de febre, unicamente para que o “filho” venha. Depois, que ele venha ou não, é o período do ninho, da construção do ninho. E depois chega “o hábito”… e o afeto profundo, e a ternura devota, que substituem a paixão. Em toda a Natureza é assim! Por isso, os sacrifícios da paixão são, mais que inúteis, nocivos!

Sempre há do que se arrepender. (E ainda, se se sacrificasse só a si mesmo! Mas é mal, é cruel sacrificar outros.) E tenha em mente que você cria tudo, na febre. Você adorna um homem, para justificar seu estado febril, de qualidades exaltantes. Em oito dos dez casos ele não possui nenhuma delas. Ele é como “os outros” ainda! Fundamentalmente egoísta, mesmo que às vezes esqueça de ser. Brutal (no fundo), de instintos baixos, quatro das cinco vezes. E não vale as lágrimas que vertemos na juventude. Nem as que vêm depois, do coração! Mas, tudo isso é compreensível quando acontece com mulheres “comuns”. Mas você! Você, cuja fisionomia revela em primeiro plano a energia, a vontade, a força. Você que deveria ser “o chefe das mulheres”, francamente! Com suas ideias largas, claras, fortes, que deveria preparar a estrada para elas, que vêm depois, para que passem sem perturbação pela espinha do “sentimentalismo”.

O que é amar para as mulheres

Depois, porém, relendo com atenção essas cartas, me perguntei se não era o testemunho ardente da nossa incrível capacidade de amar e da reiterada propensão masculina à fuga do amor. O medo que os amantes de Sibilla têm de se apaixonar por ela, a tendência a abandoná-la depois de um período mais ou menos longo de paixão, reaparece constantemente em sua vida. Como se nenhum homem, por mais inteligente, potente ou famoso pudesse lidar com a necessidade de intensidade, à vontade de sublime de Sibilla que, depois de cada amor tenazmente vivido de sua parte, renasce plena de energia, de vontade de trabalhar e criar. Em Sibilla a criatividade, o trabalho, a política e o amor se integram em uma harmoniosa unidade. Unidade que Sibilla atinge raramente porém, porque os amores são quase todos infelizes: e então para ela se abrem antigas feridas (a dor pela mãe internada em um manicômio, pela violência intempestiva do marido) e se torna incapaz de trabalhar, de participar da vida política e social: “Hoje de manhã enquanto Negarville elencava as etapas milagrosas do percurso dos soviéticos nestes 30 anos, voltava a triste acontecimento, na minha cabeça, do que era minha vida naquele tempo… O que fazia no outono de 1971? Teve a derrota de Caporetto, na Itália. Eu morava, naqueles dias, sozinha, em uma pequena pousada no Lago di Como, em Urio. Chegou até lá a notícia da morte de Cena. Dois meses antes tinha visto pela última vez Campana, entre as barras de sua cela, em Novara… Depois, perto do Natal, passei alguns dias na Riviera, com os Gonzalez, depois fui a Capri sozinha, fiquei algumas semanas, e finalmente em Roma no dia 21 de março encontrei Giovanni M., que amei por quase dois anos, tempestuosamente. O que sabia do que acontecia no mundo? Não lembro de nada, e é terrível… O que pensava do que estava acontecendo na Rússia? Me parece, sim, que quando aquela revolução foi anunciada confusamente lá em cima, naquele país que admirava por seus grandes escritores, me parece que senti, em uma espécie de iluminação fulminante, que uma época nova da humanidade se abria, e que nela estava o devir e a verdade. Sim, isso senti, no segredo profundo do espírito. Mas por que não falei com ninguém, por que não escrevi nenhuma palavra? Tinha a alma ainda tomada pela trágica experiência com Campana, que aconteceu no período da guerra, depois de acontecimentos torturantes de quase uma década, o destaque de Cena, as paixões absurdas e todos os fracassos por Papini por Gerace por Boccioni por Boine…

Pessoal e político! “A aderência das mulheres à vida”

Agora M., com seu jovem corpo de atleta, com sua alegria louca, tão diferente daquela de Campana, com seu amor elementar, me deixava em um vórtice de vita para mim novíssimo, dentro do qual me debatia entre complacente e envergonhada. Vagamente envergonhada. E escrevi no outono de 1918 os últimos capítulos de Passagem, que saiu na primavera de 1919, e tive a maior desilusão de toda a minha vida de poeta, com seu completo insucesso… Não pensava na Rússia, não, não pensava, talvez não tivesse ouvido falar, ao meu redor. Depois, em janeiro de 1920, o amor por Endimione me prendeu; mesmo esse diferente de qualquer outro, talvez mais forte que outro, e por dois anos fui toda somente um pedaço de adoração e de sofrimento, até que ele morreu. Em Napoli, dele e de outros, devia ter notado o aceno, em algum momento, ao fascismo que estava surgindo, mas não recordo quais fossem as minhas reações, não me lembro. Um ano depois da morte de Endimione, fui à Paris. Estava lá durante a marcha de Roma. Voltei na primavera, comecei a me interessar pelo que estava acontecendo, mas sem consciência profunda. Assinei o Manifesto de Croce. Fui uma noite à prisão, depois do atentado de Zanibbni. Mas não lembro de ter ouvido falar da morte de Lênin, não lembro, não lembro… Hoje esse vazio da memória e, mais, esse sentimento de ter estado tanto tempo estranha, ausente, fechada nas minhas coisas pessoais, me agonia, me dá quase repulsa… Como foi possível? E devo então ser mais indulgente com aqueles que hoje são insensíveis e não compartilham da minha certeza e da minha ação indomável? Para com minha sobrinha Elena, por exemplo, que me escreveu dizendo que não se sentia comunista? Elena deveria chegar a Roma amanhã… Poderei fazer um pouco de bem a ela, dar ao seu ânimo um pouco de luz, e assim me sentir menos culpada sobre meu passado?”

Quando escreve essas linhas, Sibilla é já uma senhora idosa, que não tem mais histórias de amor nas quais se fechar, e por isso talvez olha com excessiva severidade para seu passado. Tempo passado no qual. além de amar, escreveu dez livros, lutou sempre para obter o pouco dinheiro que a permitiu de viver em miséria, mas independente. Todavia é também verdade que Sibilla doou (desperdiçou) uma quantidade incrível de tempo, de suas energias físicas mentais na tentativa de fazer-se amar, nos esforços desesperados de segurar a seu lado seus amados, em evitar o abandono, vivido todas as vezes, com desesperada frescura como o primeiro e o mais irrevogável amor. E por estes homens foi amante, amiga, professora, mantenedora. Deu, deu e deu. Para receber muitas vezes migalhas de tempo e de atenção de seus homens.

Nas histórias de amor de Sibilla me parece que se vislumbra um problema grave que recai sobre todas nós. Por um conjunto de fatores biosocais e de condicionamentos culturais, nós mulheres somos mais interessadas a amar e provavelmente mais capazes de amar que os homens. Mas essa nossa capacidade positiva se transforma muito em um instrumento da nossa opressão. Contestamos o mito da mãe que deve se sacrificar pelo amor do filho, mas quantas de nós ainda desperdiçam horas, dias, talvez anos do tempo-espaço de nossas vidas, para estar por trás e junto com um homem, para socorrê-lo, sustentá-lo, compreendê-lo? Quantas de nós, como Sibilla, depois de nossas histórias de amor, se encontram fazendo um balanço negativo da troca que aconteceu?

Sibilla, por anos, caiu na armadilha da esperança: depois de cada amor falido, se ilude de ter finalmente achado o homem certo. Inteligente, bela e famosa, tentou milhares de vezes, sem se dar conta que a necessidade de amor que tinha não poderia ser satisfeita por quase nenhum dos homens que conhecemos. De fato, eles e nós crescemos em uma sociedade na qual as mulheres e os homens atuam em papeis desde o berço, nos quais as relações de trabalho, de poder, são baseadas na desigualdade, na submissão do mais fraco, na alienação. Nesse contexto, o amor pode talvez nascer, mas o contexto social não pode tolerar sua carga subversiva e o destrói ou o muda, transformando-o em mercadoria.

18 anos depois, perdemos as ilusões

Para nós é claro que a sexualidade não é algo de simplesmente neutro, imutável e a-histórico, mas que as capacidades de amar como componente essencial da pessoa humana são profundamente influenciadas por relações econômicas, políticas e sociais existentes em uma determinada sociedade. Para poder chegar a gozar de uma sexualidade menos mutilada e frustrante; para poder chegar a viver aquelas experiências de amor e paixão que Sibilla perseguiu durante toda a vida deve-se, de fato, não só trocar de homem, esperando que o próximo, por qualquer milagre evolutivo seja um “homem diferente”, mas mudar radicalmente as estruturas sociopolíticas que incidem no privado, ao qual relegamos o amor. Por isso falar de adultério na primeira página, como fazem os jornais, não é falar da vida privada como política, mas promover a mistificação da massa, de importação americana, que só se troca — automóvel, pasta de dente, homens — e escolhe-se uma marca melhor — e alcança-se a felicidade. Na realidade há pouco para mudar, porque somos todos e todas condicionadas pelo mundo em que vivemos. Devemos continuar a lutar para evoluir por dentro e por fora. Não há muitas alternativas. Mesmo Sibilla, na velhice, escreve:

“Li, à tarde, não sei por qual impulso, todo o desenrolar dos meus dados biográficos (do nascimento até 1940, ou seja, do início deste diário). Foi uma leitura, mais do que tudo, deprimente, sobretudo na segunda parte são ao todo mais de 150 cartas no formato destas). Todos aqueles amores infeliz, de Campana adiante, e até a eterna batalha das dificuldades pecuniárias, e o fato de ter de recorrer todas aquelas vezes à ajuda dos amigos (por sorte sempre desinteressados, os amigos que não eram meus amantes) e infelizmente também a Mussolini e a rainha Elena (também a estes, mas sem nenhum ato meu de servilismo) me perturbaram profundamente, e me desanimaram. Mas comparando aqueles 20, 30, 40 anos a estes últimos dez, da guerra para cá, e sobretudo nos últimos sete anos, depois de minha adesão ao partido, experimento um certo orgulho: dessa minha velhice que se alimenta unicamente do amor pelas Ideias e que encontra dia e noite a coragem de prosseguir sentindo-se necessária, não obstante o cansaço, necessário na luta junto aos companheiros…”

Dezoito anos depois, perdemos as ilusões sobre o socialismo na União Soviética, e sabemos que dentro e fora dos partidos, é nossa responsabilidade continuar a lutar para mudar persistentemente essa sociedade, de modo que seja possível para muitas de nós, finalmente amar, sem que o amor assuma o significado de fuga, de reclusão privada, de desespero no cotidiano. Queremos nos ocupar de nossas necessidades pessoais e políticas, sem privilegiar neuroticamente uma ou outra, conservando sempre o que Sibilla chamava de “aderência das mulheres à vida”: “Sim, sou mulher, sou humana. Tudo aquilo que minha inteligência reconheceu desde que despertou, tudo aquilo que meu espírito dominou, não impede minhas fibras de manter-se maternas, não impede que eu tenha um sentido de calor e de respeito por tudo o que é VIDA, simples vida genuína”.

Traduzido do italiano: http://efferivistafemminista.it/2014/12/sibilla-lincredibile-capacita-di-amare/

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Mariana Almeida
Passaparola

Editora de textos, estudante de literatura & outras artes