#comerrezaramar
ou ode-não-ode às abóboras
Viajar é maravilhoso. E melhor do que viajar para um lugar incrível é comer algo incrível nesse lugar, seja típico dali ou não: o importante é ser com amor, desde o ato da feitura ao deguste.
Ah, existe um lugar muito mágico no Goiás com cachoeiras, trilhas, animais lindos, plantas poderosas, comunidades alternativas, luzes estranhas no céu, fins de mundo, vez ou outra — quando tem, é sempre um grande evento — , e soja triste, que mata a cada dia mais esse lugar.
Apesar das sojas, sempre que vou para lá é um carinho no core: é casa aquelas trilhas abertas que te queimam, e céu intenso.
Quantos amigos-amores, momentos, descobertas; quantas pessoas encontrei ali e nunca mais vi, ou conheci lá e reencontrei em um outro lugar.
Dessa vez, fiz coisas nunca feitas antes; andei por onde nunca pensei andar, revisitei lugares e, por essas e outras, tive surpresas maravilhosas.
Meu paladar que o diga.
Uma delas foi, ao voltar da cachoeira, ganhar comida de um senhor, dono de um restaurante e camping. Foi muito especial receber tão saborosa comida; a abóbora estava incrível, e fez perceber como a abóbora é sempre destaque na comida, e em viagens. Quantas vezes ouvi ou falei “uau, essa abóbora..!”
Outra coisa que experimentei, e ainda me deixa sem palavras, foi uma tapioca vegana.. a melhor tapioca que comi na vida; nela vinha purezinho de abóbora, coco, azeite e ervas. Sério! Fora os achados, naqueles lugares que você não dá muita moral.. coxinha de legumes, bolo de banana, queijo quente num pão de abóbora.
Comer.. comi e bem! Aliás, me descontrolei uma noite e vivi a gula (perdão).
Rezar eu não rezei, mas o fizeram por mim. Descalça, ouvi e recebi uma linda bendição, e me senti(a) muito grata por estar ali.
Para fechar, quando estava indo embora comprei um doce de gergelim e, olha, ganhei um de abóbora, que estava divino!
Ai ai, abóboras.. um amor!