Cuba: 20 dias de viagem pela "chave" do Caribe

Juliano Guillen Pupo
Revista Passaporte
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13 min readMar 29, 2018
Vista de La Habana a partir de Castillo de San Carlos de La Cabaña. Foto: Juliano Pupo

Colocar em palavras a realização de uma viagem com a qual sempre se sonhou é um desafio e tanto. Quando o destino dessa viagem é uma ilha de 12 milhões de habitantes flutuando no mar do Caribe, com uma história tão rica que parece não caber em seu pequeno território, o desafio se torna impossível. Em todo caso, arriscarei compartilhar um pouco dos vinte dias em que minha parceira e eu passamos em Cuba.

A viagem até a ilha acompanhou aquele nervosismo típico de quem viaja para algum lugar pelo qual nutre altas expectativas. Felizmente para mim, Cuba superou cada uma delas.

Nós começamos nossa jornada pela cidade berço dos dois principais marcos da história cubana: as guerras pela independência quando Cuba ainda era uma colônia espanhola, e a revolução nacionalista de Fidel de 1959.

Senhor Ramón e seu companheiro automotivo — um casamento de 35 anos. Ao fundo, monumento em homenagem a Antonio Maceo. Santiago de Cuba. Foto: Juliano Pupo

Santiago carrega consigo uma grande parte da história da ilha, mas não em edificações pujantes de uma época de ouro da colonização, como se vê em Havana, mas algo mais modesto, uma Cuba mais compreensível.

Não faltam, porém, edifícios marcados pela História. Como o Quartel Moncada, por exemplo, local de nascimento do famoso movimento 26 de Julho, data flamejante até hoje nas bandeiras rubro-negras que balançam por sacadas por todo o país. Foi nesse dia, no ano de 1953, que um ainda jovem Fidel Castro, acompanhado de outros jovens guerrilheiros (como seu irmão Raúl), tentaram tomar o Quartel Moncada durante as celebrações de uma data similar ao carnaval canarinho. O assalto, no entanto, fracassou, levando muitos deles à prisão e, posteriormente, à tortura, à morte, ou ao exílio, como foi o caso de Fidel e Raúl.

Santiago já nos apresentou algumas das contradições da Ilha. Muitas delas frutos da inevitável abertura a relações comerciais e turísticas com países capitalistas — movimento de sobrevivência para uma nação de 12 milhões de pessoas que se viu isolada do resto do mundo com o fim do bloco socialista — ; outras, talvez, frutos de políticas econômicas questionáveis do PCC, o Partido Comunista Cubano. Em todo caso, elas existem, e são encontradas a cada esquina, assim como também o são a partir de qualquer análise minimamente sincera dirigida a qualquer economia capitalista do planeta.

Hoje, a impressão que fica é que um dos problemas mais latentes a ser enfrentado pelo governo cubano — e que se mostra ainda mais forte no lado oriental de Cuba, onde está Santiago — é a prostituição. A abertura do turismo trouxe consigo muitas das mazelas das sociedades capitalistas, e a prostituição é uma das que se sobressai. Basta caminhar pelas ruas para identificar turistas velhos e brancos de conversas de canto com meninas frequentemente menores de idade — em Havana o problema me pareceu menos latente, porém também é comum a presença das chamadas "jineteras", mulheres que abordam turistas nas ruas convidando para "hacer un flán", algo que, no fim, me parece apenas uma forma velada de prostituição.

Se o clima quente e úmido estimula a imaginação de velhos pedófilos europeus, também estimula a criatividade dos nativos do oriente cubano, que transformam a cidade num concerto a céu aberto, transpirando música e dança a cada esquina, transbordando os ouvidos e a alma com o ritmo de Compay Segundo, Omara Portuondo e tantos outros. É em Santiago que se começa a compreender que disciplina revolucionária nada tem a ver com austeridade: no Caribe, revolução e música compartilham o mesmo berço.

Não são necessários muitos dias para o viajante se deparar com toda a sorte de opiniões a respeito da política cubana, e os cubanos se mostram sempre dispostos a discutir demoradamente com cada um dos incontáveis turistas que procuram Cuba curiosos para ver com os próprios olhos o modus operandi de um país socialista.

Com o passar do tempo pude colher mais opiniões, e, em uma sociedade plural e muito bem instruída como a de Cuba, não foi surpresa ter encontrado de tudo: velhos revolucionários defensores ferrenhos da revolução; pessoas que mesclam frustrações pessoais com os problemas (e vale destacar: problemas reais) econômicos que Cuba enfrenta; jovens castristas tão apaixonados quanto os mais velhos, mas que também admitem a necessidade de mudanças econômicas — ainda que garantindo que Cuba jamais será capitalista -; e homens e mulheres quarentões que, ainda que não carreguem o mesmo fervor revolucionário dos seus pais, se lembram com saudosismo dos tempos do bloco socialista, quando, segundo muitos deles, Cuba vivia numa redoma de respeito e solidariedade, e as ideias revolucionárias lhes pareciam inquebrantáveis.

De todo modo, em Santiago a percepção sobre tudo aquilo que vivenciávamos ainda era muito incipiente, e a mim ainda parecia que havia viajado no tempo e espaço, a um lugar que carregava consigo uma história tamanha que não seria possível colocá-la dentro de um território tão pequeno cercado de água, com líderes e lutas que seguem despertando a imaginação, o amor ou o ódio de tanta gente ao redor do mundo. Havia tanto a compreender — e ainda o há — , como, por exemplo, como um médico se sujeitava a sair para pescar nas horas vagas, após seu curto expediente, para complementar a renda da família; ou como era possível que em casas tão simples vivessem pessoas com diplomas universitários e experiências diplomáticas em outros países.

Cuba adentro

Em nossa jornada da segunda maior cidade cubana (Santiago) até a primeira (Havana), passamos por mais três municípios: Trinidad, Santa Clara e Varadero.

Trinidad, Cuba. Foto: Juliano Pupo

Trinidad é dona de um charme que encanta turistas, e recorda brasileiros de uma das nossas mais hermosas cidades: Paraty. A maior parte das suas ruas é feita de pedras lisas e escorregadias, utilizadas séculos atrás como peso para os navios que chegavam no litoral sul da ilha — por alguma necessidade da engenharia que eu desconheço — e que ficavam largadas na costa depois da partida, sendo então utilizadas para assentar as ruas da cidade.

Ela ainda conserva um ar colonial, de fato muito similar a Paraty, e, diferente de Santiago, onde os turistas são poucos e disputados vorazmente pelos cubanos em busca de um troco extra, em Trinidad se vê quase a mesma quantidade de turistas e locais, o que torna o clima mais agradável aos visitantes, que podem escolher restaurantes ou táxis sem que sejam empurrados para dentro de um enquanto ainda negociam o preço. Foi em Trinidad também que tivemos o primeiro contato com o mar caribenho, após um trecho curto feito de bicicleta até Playa Ancón.

Dos três dias de praia e bebedeira em Trinidad, talvez só valha a pena destacar a programação da TV da casa onde estávamos hospedados, transmitida por um modem “Tipo Net”, com uma variedade de canais de fazer inveja em qualquer estudante de administração brasileiro que sonha em assistir seu Barça e sua NFL em casa pela ESPN, bem diferente da ideia que se vende por aqui, de uma população alienada do resto mundo por uma programação rigidamente controlada pelo governo. Negativamente, me chamou a atenção a conversa que tive com um taxista e ex-policial, o Polícia.

O Polícia contou que, para rodar com o táxi, é necessário pagar uma taxa de 40 CUC mensais ao governo, valor que eles fazem em três dias como taxista em Trinidad. (O salário mínimo da ilha é de 15 CUC, e o de um médico é de 60.) A alta lucratividade do turismo — se comparado a outras áreas da indústria nacional — é um dos principais problemas dentre os muitos a serem solucionados pelo governo, já que hoje há uma debandada de profissionais de suas áreas de formação, deixando para trás um vácuo imenso em setores fundamentais ao desenvolvimento de qualquer estado-nação.

Clareou!

Santa Clara não seria destino obrigatório não fosse o importante papel que cumpriu nos “finalmentes” da Revolução. A última cidade a ser liberada da ditadura de Batista pelo Movimento 26–7 antes da sua entrada em Havana, Santa Clara foi conquistada pela coluna de Che, que descarrilou um trem com uma preciosa carga militar, impedindo a chegada de reforços às forças da tirania, e dando um golpe final no regime.

Fachada de barbearia. Santa Clara, Cuba. Foto: Juliano Pupo

Não à toa, a imagem do Hermano mais famoso da história está por todos os cantos da cidade, e, além do trem descarrilado, ela também reserva um dos pontos altos da viagem a Cuba — pelo menos para quem vai pela história mais do que pelas praias: o mausoléu de Che.

A visita ao mausoléu foi, depois da tumba de Fidel, o único momento em que tive de colocar os óculos de sol para esconder uma ou outra gota de suor que escorria dos meus olhos. Mas, embora ficar frente à frente com o túmulo de um dos maiores ídolos pessoais seja uma experiência inesquecível, prefiro aproveitar o espaço para destacar conversas que tive com dois cubanos nas 24 horas que fiquei por ali: Santiago e senhor Memo.

Mausoléu de Che Guevara. Santa Clara, Cuba. Foto: Juliano Pupo

Elas se deram em momentos diferentes. E, a bem da verdade, foi melhor assim, ou, de duas, uma: Santiago acabaria preso, ou senhor Memo levaria uma bela surra. Santiago era jovem e negro, com dois diplomas, fluente em três idiomas e garçom em um restaurante estatal onde almoçamos. Senhor Memo já estava na casa dos 70, branco, formado na União Soviética (onde havia deixado um filho) e dirigente aposentado do Partido. Santiago era opositor ferrenho do regime e de todos os nomes que estampam a história recente de Cuba, a ponto de desgostar até da cidade homônima dele, da qual havíamos vindo há poucos dias, por se tratar do berço da revolução. Senhor Memo era um revolucionário convicto, apaixonado, que viveu a revolução desde seu primeiro dia. A dicotomia dos discursos era avassaladora. Senhor Memo sentia que cada tijolo erguido pós-revolução era também uma conquista sua, que havia a marca da sua mão em cada palmo de terra cubana; Santiago se sentia tão estrangeiro quanto eu, mas, enquanto eu adoraria passar mais alguns meses por lá, ele não via a hora de partir. Enquanto senhor Memo discorria sobre as vantagens da universalidade do ensino (do básico ao superior), Santiago demonstrava sua frustração frente a um regime que não reconhecia seus talentos, de maneira que nem seus diplomas, nem sua proficiência em línguas, nem mesmo os prêmios concedidos àquele que já foi o melhor aluno do distrito foram suficientes para levá-lo a um intercâmbio ou a um cargo de destaque, sobrando-lhe a função de garçom.

Por mais legítima que fosse a frustração de Santiago, era inegável que seu discurso mesclava um rancor pessoal com descontentamentos políticos. Os ataques às figuras de Che e Fidel (a quem, porém, ele não chegou a direcionar um palavrão sequer, tratando-o a todo o tempo por “O Falecido”, ou “Aquele Lá”) acabavam numa mágoa profunda por estar ali num restaurante em Santa Clara, enquanto jovens como nós, ainda mais novos que ele, tinham a chance de viajar o mundo, consumir bens e experiências. Não adiantava muito argumentar sobre a desigualdade de países de economia capitalista, sobre pertencermos a uma elite minúscula de brasileiros, e por aí afora. A mente de Santiago já estava feita.

Pela noite, enquanto tomava uma cerveja com senhor Memo e lhe contava um pouco sobre a situação do Brasil — sobre a qual ele demonstrava um enorme interesse e preocupação — , pude aprender melhor sobre o sistema eleitoral de Cuba, sobre trechos do código civil e penal, e sobre os famosos CDR, Comitês de Defesa da Revolução. Os CDRs foram por décadas a rede de apoio do governo, que permitiu a sobrevivência do regime e a contenção de atentados e investidas inimigas. Basicamente, são comitês de bairro onde a comunidade se encontra para tratar toda a sorte de problemas: de jovens flagrados com drogas à presença de possíveis agentes antirrevolucionários. Mas eu ainda iria aprender mais sobre eles. Aliás, sobre toda Cuba e sua gente. La Habana nos esperava.

La Habana

Se tem algo que me atrai em São Paulo, é a sua capacidade de sintetizar o Brasil. Num raio de poucos quilômetros você encontra do prédio mais luxuoso ao barraco mais miserável, do egoísmo burro que trava o país à solidariedade de um povo que se ajuda na dificuldade. Em Havana, senti o mesmo: todas as incontáveis contradições de Cuba à flor da pele, ali, escancaradas, goste você ou não.

Vista de Centro-Habana a partir da Plaza Vieja. Havana, Cuba. Foto: Juliano Pupo

Foi uma decisão acertada deixar a Capital para o fim: ela é o clímax da viagem. Também foi acertada a decisão de separarmos 9 dias exclusivos para ela: você precisa de pelo menos três para começar a entender um pouco o lugar.

Esse encantamento todo com a cidade não se deve apenas à arquitetura, à vida noturna ou às atrações turísticas, mas principalmente a sua população. E, entre ela, estava o casal que nos recebeu em sua casa: Isabel Suarez e Luís Caballero, em seus 60 e tantos anos, revolucionários apaixonados e anfitriões inesquecíveis. O que aprendemos com eles nesses dias não se pode colocar num papel, e, tanto eu, quanto minha parceira, nos lembraremos pra sempre das longas conversas regadas a rum e contempladas por Fidel, mirando a todos implacavelmente do retrato na parede. Mas nós já voltamos a Isabel e Luís. Por ora, sigamos com Havana.

Dentre as inúmeras atrações turísticas da cidade, caminhar pelas ruas de Habana Vieja é, sem dúvida, uma das principais. Entre artistas de rua, incontáveis bares e restaurantes, e dezenas de galerias de arte, você encontra todo tipo de gente, cubanos e estrangeiros, em busca de todo tipo de atividade. É um bairro vivo em meio a um glamour decadente de séculos passados. Toda essa arquitetura clássica, que nos remete ao passado pujante da coroa espanhola ou da máfia americana, vai desabando lentamente, ao modo cubano. O Estado propositalmente não presta manutenção, e, à medida que a situação se agrava, as pessoas são realocadas para bairros mais distantes do centro, enquanto os prédios antigos dão lugar a parques e a novos hotéis.

Com as pessoas, a vida do bairro também é transferida para outras regiões, e La Habana ferve em todas as suas zonas, num fluxo musical que não caberia em uma memória arquitetônica imutável de um tempo em que Cuba era de todos, menos dos cubanos.

Banca de tiro-ao-alvo de militar aposentado. Banquinhas desse tipo são encontradas por toda a cidade, e seus administradores, normalmente ex-militares, guardam boas histórias de missões internacionais dos tempos da ativa. Havana, Cuba. Foto: Juliano Pupo

Por toda Havana se espalham atrações turísticas e artísticas. Museus lotam Centro-Habana e Habana Vieja; cinemas e teatros se espalham pelos bairros mais afastados que vão beirando o malecón; por menos de 1 CUC você pega uma condução até a famosa Fábrica de Arte Cubano, um prédio com ambientes que não se contam numa mão nos quais diferentes intervenções artísticas acontecem. Tomando mais alguns ônibus (tudo por centavos), alcança-se toda a cidade, e toda ela vai ter algo para ver, ou, o que é melhor, alguém disposto a conversar.

Durante os dias em Havana, não bastava toda uma cidade para absorver, que me fazia voltar para casa já maravilhado, nós ainda tínhamos o privilégio de chegar e jantar com duas pessoas que viveram a História cubana, que a construíram com suas mãos. Luís, ex-militar, chegou a fazer a guarda de Fidel, e serviu na Angola por mais de 2 anos. Isabel, já depois de aposentada foi tomar conta de banheiros, como uma espécie de “maitre de toualet”, num plano de contenção no qual aposentados atuavam em hotéis para tentar identificar possíveis terroristas financiados por forças nortenhas que, a fim de atravancar o turismo, plantavam bombas em banheiros e metralhavam prédios icônicos. Em uma conversa com Isabel e Luís, por muito pouco não contive o choro — hoje me arrependo de ter o contido -, quando Isabel me contava, com os olhos cheios d’água, o orgulho que lhes enchia o peito ao pensarem o quanto sacrificaram a si mesmos em nome da Revolução. Do quanto abriram mão para contribuir com a construção de um país que se negou a ser um quintal ianque, e que hoje é referência mundial em saúde e educação. Que, a despeito de todos os problemas, enfrenta há mais de cinco décadas forças infinitamente maiores que si, e faz isso com uma dignidade que inflama os ânimos de qualquer um.

As conversas com Isabel e Luís se intercalavam com papos com cubanos mais jovens em bares e galerias de arte. Com o ambiente, também mudavam as pautas e o fervor com que a revolução era mencionada. Ao substituir gerações e nos forçar a mudanças, o tempo também mingua as paixões daqueles que já foram protagonistas de uma época passada. É natural. Assim como é natural que os mais jovens queiram seguir adiante.

Nesse contexto, não há como não ficar curioso quanto ao destino de Cuba. A mudança já corre. Lentamente, ao estilo cubano, mas ocorre. Me lembro de uma noite em que, assistindo TV com Luís e Isabel, paramos em um programa de entrevista onde um professor da Universidade de Havana comentava sobre o futuro da ilha com a entrada da internet — que, gradualmente, deixa de ser disponibilizada apenas em praças públicas e começa a ser acessada de residências particulares. Enquanto pessoas eram questionadas nas ruas sobre o que fariam caso tivessem internet a todo momento, em casa ou nos celulares, eles já discutiam o risco da "uberização" da sociedade, e como isso afeta os direitos da classe trabalhadora.

Ao avançar lentamente, tomando seu tempo, resistindo à liquidez social e tecnológica que o capitalismo selvagem nos impõe, Cuba consegue, ainda que atrasada em tantos aspectos, se antecipar a problemas futuros, protagonizando debates que nós já deveríamos estar fazendo há muito tempo.

Talvez a Cuba do futuro corresponda aos anseios de mudança do garçom Santiago. Talvez alcance um meio termo, mais alinhado à postura dos jovens castristas que querem mudanças, mas sem abrir mão das conquistas socialistas. Talvez Cuba ainda peleje por décadas contra o bloqueio criminoso americano, resistindo heroicamente numa verdadeira batalha entre Davi e Golias. Mas o que quer que aconteça a Cuba, ilha de música, de sangue e de sonhos, sua história jamais deixará de ser um norte ao longe que guia aqueles que anseiam por um mundo mais justo e solidário. Que Cuba seja sempre referência aos povos de toda a América, e que a história de mulheres e homens como Isabel, Luís, seu Memo e Santiago nos oriente rumo a caminhos mais prósperos, aprendendo com os erros e acertos dos nossos irmãos que ousaram fazer.

Crianças brincam nas docas de La Habana. Havana, Cuba. Foto: Juliano Pupo

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