de barco #12

Café das sete
Revista Passaporte
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5 min readJan 2, 2021

Oi! Esse é um diário de viagem! O último dia de uma viagem que fiz em Janeiro de 2019 pelos estados do Amazonas e do Pará. Se quiser encarar os textões e a leitura dessa aventura temos parte 1, 2, 3 ,4, 5 , 6, 7 , 8, 9, 10 e 11.

16/01/2019
Tapajós para sempre tuas águas correm em mim

Último dia de viagem e em Alter e primeiro dia que atrasei. Esqueci o despertador e acordei correndo. Já eram 8h05min e o moço ia me buscar 8h20min, pelo menos já tinha me adianto com o transporte, menos mal. Não pude comer uma tapioca do Luiz, pois quando fiquei pronta Douglas (esse moço deitado na rede da foto abaixo) já estacionava sua moto no hostel. Ele era minha carona e também o guia do dia. Nesse passeio conheci Elaine, que acabava de chegar em Alter e também viajava sozinha, conversei um pouco com a ressabiada mineira e dei algumas dicas dos passeios e sobre o local; também se juntou a nós duas o casal do dia anterior. O rio, devido a chuva, estava bem agitado e fomos pulando bastante, além de ficarmos completamente molhados.

A primeira parada do dia era na trilha da preguiça. Eu não queria muito fazer, pois no dia anterior, Helena e Luísa tinham me alertado que esse passeio não era tão legal pois era baseado na observação de alguns animais que não foram possíveis de serem visualizados no dia que elas visitaram. E cada uma dessas paradas pagamos de 10 a 30 reais para participar das atividades. Acabou que eu não consegui muito fugir e no fim até que foi legal, incrivelmente vimos quatro preguiças, alguns pássaros e os macacos que eu já tinha visto no meu hostel. O próximo local era o Canal do Jari, onde pude ver novamente as águas barrentas do Rio Amazonas e visitamos também a casa de uma família que tem no quintal várias Vitórias Régias, a visitação também custa 20 reais e podemos comer a planta, tanto em natura, como empanada de forma salgada e um empanada com açúcar. Gostei muito!

A próxima parada é o Lago Negro e no caminho pode-se ter a sorte de ver jacarés, vimos quatro, um do nosso lado, bem perto e um atacando um pássaro, são jacarés pequenos, mas mesmo assim dá um medinho. Quando chegamos no lago Douglas contou a quantidade de jacarés que vimos para outro guia que ficou surpreso. Ficamos alguns minutos no lago nadando e depois partimos para o restaurante Casa do Saulo, que fica no meio da floresta e tem um deque no alto com uma vista linda. Pedi um peixe junto com o casal e caipirinha de cupuaçu. Depois de um tempinho do almoço visitamos rapidamente a praia Ponta da Pedra, e voltamos sem ver o pôr do sol, achei bom porque queria terminar de arrumar minhas coisas.

Passei no Mingote, o mercado, e comprei três garrafas de cachaça de jambu no crédito e uma sacola para colocar as tralhas que não cabiam na minha mochila. Voltei de moto táxi para o hostel, que estava sem água desde cedo e sem internet. Terminei de arrumar minhas coisas e sem banho pedi a Angie, dona do hostel, para pedir um táxi, minha última viagem com Ney. Fui pro centro. Comi vatapá da dona Glória, que fez a gentileza de guardar minha mala enquanto eu ia ao centro me despedir do lugar. Comi sorvete de tapioca de novo. Comprei docinhos de cupuaçu para levar e voltei para o bar de Dona Glória, ia me despedir de Marley. Ela estava lá do lado, me sentei com ela e seu amigo Gael. Logo depois chegou o Palestina, mais um mineiro, de BH, que tinha construído uma casa e agora morava em Alter.

Marley escorpião, misteriosa, forte e imponente.
Gael gêmeos, comunicativo, divertido e extrovertido.
Palestina virgem, criterioso, conversador e visionário.

Eu canceriana, já com saudades de casa e ao mesmo tempo de tudo que vivi.

Ficamos lá conversando e ouvindo samba. Combine com o táxi que ia me levar no aeroporto para me pegar lá. Tinha conseguido dividir com Túlio, Luciana que viajam com o filho bebe e também iam para aeroporto no mesmo horário que eu. Passou uns minutos e chegaram mais duas mineiras, que coincidentemente conheciam minha irmã e logo depois o grupo das quatro mineiras: Paula, Sônia, Iara e Lili, foi bom que pude me despedir delas. Às 00h30min dei uma abraço forte em Marley e me despedi do restante da galera. Peguei o táxi. Não teve como fugir. Tive que pagar a mala extra dessa vez, 120, no crédito porque já não tinha mais um centavo.

Eu estava morrendo de sono e o voo era às 2:30 dormi ele todo até Brasília, troquei de aeronave e dormi de novo até BH. Peguei um ônibus e um Uber em frente ao hospital. Cheguei em casa e fui dormir.

Acordei e refiz a mala de sp. Agora uma mala muito mais e parecida com Kiet.

de barco

ou fora dele esse com certeza foi um encontro com as águas e no fundo, um encontro comigo mesma!

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Café das sete
Revista Passaporte

Por Helena Merlo. MUITOS erros de digitação pq eu escrevo na fritação do sentimento! CATARSE. "A arte é uma confissão de que a vida não basta" F.Pessoa