Deu, mundo, pode acabar
Quando os meios de comunicação começarem a divulgar o que as autoridades já não podem mais esconder, que um meteoro vai se chocar com a Terra, e que será o fim da aventura humana na Terra (Minha pequena Eva!), será muito fácil me encontrar.
Vou ser o pontinho preto (literalmente preto) sem capacete sobre uma moto roubada descrevendo uma linha quase perfeitamente reta do Rio Grande do Sul até o Chile, cruzando a Argentina, para chegar até o Pacífico.
Pretendo incentivar fortemente todo mundo que amo a fazer o mesmo. Uma longa caravana de motos (eu não sei ao certo o coletivo de motos, tá?) atravessando a Argentina no meio da noite para chegar a Valparaíso junto com o (último!) nascer do sol.
Quando a onda de destruição provocada pelo impacto do meteoro me atingir eu vou estar sobre a moto a 200Km/h rasgando alguma estrada entre Valparaíso e Puerto Flamenco, contemplando a grande onda formada no Pacífico.
Um paredão azul escuro de 200 metros de altura projetando sua sombra imponente sobre nós antes de nos pulverizar com suas toneladas de oceano derramadas sobre nossos últimos sorrisos e/ou lágrimas.
Estará chuviscando, fazendo um friozinho, e nos fones de ouvido estará tocando Scar Tissue do Red Hot Chili Peppers, especificamente a parte do riff de guitarra, manja? Ou Sister do City and Colour.
É assim que se morre.
…
Você sabe qual o coletivo de motos? Também vai estar junto na “caravana”? Não pretende morrer sem antes conhecer o Pacífico também? Então, clique no ícone das palminhas. E a gente se vê em Valparaíso no último dia da Terra.