Dias de sol em Montevidéu
O inverno no Uruguai é eterno.
Eu sempre digo que aqui temos três meses maravilhosos de verão e nove nefastos de inverno. Faz muito frio e eu não gosto de frio. Então quando chega final de outubro e uma primavera sem-vergonha decide dar as caras, sinto pura gratidão pelo calorzinho amigo que vai surgindo. Tudo que eu mais quero é sentir calor depois de tantos meses repletos de camadas de roupa, aquecedores, bolsas de água quente e outras ferramentas “invernísticas”. Quero suar. Sair de casa, sentir o sol brilhante, ver como todos os pedacinhos do meu corpo se aquecem e ficam mornos. Como as gotinhas de suor escorrem devagarinho pelas costas, debaixo dos seios, até no bigode. É gostosa essa sensação, parece que meu corpo está produzindo tanto calor, mas tanto calor, que é preciso expulsá-lo em forma líquida.
Boa sensação de abraço. É a anti-dor. O frio é dor, o calor jamais. De vez em quando uma brisinha bem suave vem lá do mar/rio que banha Montevidéu e traz com ela um pequeno alívio. Não é um vento que te gela e nem manda o calor embora, não é ar ferrenho de inverno. É uma brisa com promessa de verão. Brisa-carícia pra gente se lembrar que mesmo depois dos invernos mais infinitos sempre virão dias de sol.
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