A liberdade é um caminho sem volta.
No início, se descobre o pôr-do-sol do fim de tarde. Leve, forte e livre. Como o homem deveria ser. Então, com os dias, o pôr-do-sol se torna o convite para a pausa. Cinco minutos para fumar o cigarro na varanda. Cinco minutos para encontrar motivo e ir lá fora. Assim se vão os dias pela porta.
Com o tempo, se torna difícil terminar o dia sem ir ver a janela…
Começasse a pensar mais no agora, em estar livre para o pôr-do-sol. O pôr-do-sol se torna o motivo. Motivo para parar, motivo para esticar as pernas. Assim, começam os planos para a fuga.
Quando se percebe, não é mais possível ficar aprisionado enquanto o sol se põe. Se torna inconcebível. Se torna chato estar do lado de dentro.
A liberdade é um caminho sem volta.
Neste ponto da vida, muitas pessoas decidem passar o resto dos dias sem ver o pôr-do-sol, planejando o futuro que o verão finalmente.
Neste ponto da vida, algumas poucas pessoas decidem ser livres & livres agora. É louco, arriscado e feliz. Este é o ponto em que os corajosos decidem tomar o controle de suas vidas.
Eu sei. Eu era a louca que babava na janela. A louca que fazia cinco minutos na hora mágica do dia, no pôr-do-sol. No início, aliviava a dor. Mas depois, você começa a se perguntar o que está fazendo lá dentro e porque tem que voltar enquanto o sol se põe. Enquanto o dia se despede e vai embora.
Incentivo hoje a fuga. O famigerado fugere urbem. É só com a fuga que o homem será livre para ver o pôr-do-sol e não perder o final do dia na mesa do escritório.
Não aceite acompanhar o show só pela janela.
Fugere. Fuja enquanto é dia.
A liberdade é um caminho sem volta.
“Não há nada que ocupe menos o homem ocupado do que viver. Não há nada mais difícil de aprender.” SÊNECA.
