Sete dicas para quem vai pra Serra do Cipó

Sarah Torres
Revista Passaporte
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5 min readFeb 16, 2018
Cachoeira da Caverna

Sou Mineira nascida em Belo Horizonte e amo meu estado. Minas Gerais é uma terra fantástica: os lugares, a comida e as pessoas que você encontra aqui, são únicas. Não é por ser mineira não… Mas Minas tem um trem, que só quem vive e conhece sabe.

Bem pertinho de BH, no município de Santana do Riacho, tem um lugar chamado Serra do Cipó, quem curte cachoeiras e trilhas é um lugar (dentre tantos dentro de Minas) muito bacana! Você que nunca foi à Serra ou você que já foi há muito tempo e não lembra mais como é, recomendo sete coisas básicas para se fazer.

1ª) Visitar a estátua do Juquinha. Figura folclórica da Serra que você pode saber mais sobre ele aqui. Para chegar até lá, depois do Clube da ACM (Véu de Noiva) siga sempre em frente, vai passar pelo mirante e depois pelo entroncamento que leva à Serra Morena. Não pare lá não. Siga em frente! Logo vai avistar uma construção grande que parece uma casa. No km 117 você pode parar. A estátua do Juquinha está lá sentadinha te esperando. A vista de lá é fantástica! Um mar de montanhas.

2ª) Conhecer o Parque Nacional da Serra do Cipó. Você pode fazer trilhas a pé, a cavalo ou de bike (o parque tem bicicletas que podem ser alugadas). Indico a trilha até a Cachoeira da Farofa (16 km ida e volta) ou Cânion das Bandeirinhas (24 km ida e volta). Para quem está acostumado a trilhar o trajeto é leve com descidas, subidas e travessia de pequenos riachos e rios. Fique de olho se for em período de chuva porque os rios podem encher e impedir a passagem. Na entrada do parque um funcionário passa algumas orientações. O lugar é lindo, as paisagens são sensacionais. Dependendo da época do ano é possível ver cachoeiras no meio das montanhas ao longo da trilha. Imperdível. Na portaria do Parque você tem todas as informações sobre o aluguel de bikes e cavalos para as trilhas.

3ª) Vontade de comer uma comida caseira? Vá ao Restaurante do César. Sentido cachoeira Véu de Noiva, antes da ponte, do lado direito tem uma entrada meio escondida. Entrando por ela, parece que vai sair em lugar nenhum. Vai na fé! Lá te aguarda uma refeição caseira honesta, farta, bem-feita e deliciosa! São oferecidos opções de bife de boi, porco ou frango frito. Não deixe de pedir a saladinha de cebola. Uma iguaria que até quem não gosta, passa a gostar! Ela não arde. Juro, é sério. Pode confiar. Se tiver fila, espere. Vale a pena. Funciona sábado e domingo.

4ª) Conhecer a vida noturna da Serra. Cipó não é só mato e cachoeira não! A noite no centrinho da cidade é bem movimentada e concorrida. Lojinhas, bares e restaurantes com boa música ao vivo ficam lotados de gente de toda idade. Para um jantar gostoso recomendo o restaurante Chaparral´s. Comida bem-feita e muito saborosa. O peixe assado com purê de batas e molho de camarão é sensacional. Vá sem pressa, os pratos demoram um pouquinho. Vale a espera.

5ª) Mergulho na Cachoeira da Caverna. Lembra do entroncamento que leva à Serra Morena? Indo pra estátua do Juquinha? Então, agora você vai entrar por esse caminho. Vai andar por uma estrada de terra, seguindo sempre em frente. Toda vida, como se diz aqui em Minas. Cerca de 7 km você chegará a Cachoeira da Caverna. A entrada é cobrada e o valor depende muito da época e do número de pessoas. Sempre dá pra negociar. Da última vez que fui pagamos R$25,00 por pessoa. Porém,

Trilha curta e tranquila, porém o acesso à cachoeira requer atenção. Bem íngreme e sem apoio, com cuidado dá pra chegar com tranquilidade. O lugar é lindo. A água que é mineral (!!) é clara de cor verde-esmeralda, que com a luz do final da tarde a deixa mágica! Lá também você pode conhecer o Rio Paraúna. A paisagem é sensacional também. Só não esqueça de levar um repelente, os mosquitinhos incomodam um pouco por lá.

6ª) Fazer o caminho dos escravos. Logo após a ACM (Cachoeira Véu de Noiva) siga em frente, você verá um vendedor de água de coco e sucos na entrada, se ele não estiver lá, você verá a entrada que leva à trilha. É lá que fica a Trilha dos Escravos! Da MG-10 até o topo da trilha são 600 metros de pedras e areia. Mas vale a pena demais! Como tudo na Serra do Cipó, né? A paisagem, você já sabe, SEN.SA.CIO.NAL. A trilha leva para a nascente da Cachoeira Véu de Noiva, coisa linda de ver! São três poços de água límpida e cristalina, sendo o segundo maior e mais profundo que permite saltos e mergulhos.

Um olho no peixe o outro no gato

7º) Tomar uma na Venda do Zeca. Sabe aquelas vendas de cidade do interior que tem tudo? A Venda do Zeca é assim! De cerveja e tira-gostos até rapé, fumo de rolo, cela para cavalo, legumes, mantimentos, doces e mais um tanto de coisa! Ah! Já ia esquecendo. Com direito a “gato de armazém”. Quem conhece a expressão sabe do que estou dizendo. O gato é muito manso, folgado fica deitado em cima do balcão ou na maior naturalidade em cima da sua mesa. Lá você pode tomar uma cerveja gelada e comer um tira-gosto típico de boteco. O bolinho de feijão e o torresmo de barriga com uma cerveja Original gelada, são perfeitos! Fecha qualquer fim-de-tarde com chave de ouro. A entrada para a Venda é em frente a Pousada Canto Verde, antes da entrada para o Parque Nacional da Serra do Cipó. Não tem erro.

Sei que a Serra não é só isso. Ideias para um próximo post não faltam. Isso fica para um futuro próximo. Mas e aí, o que achou? Gostou das dicas? Comenta aí em baixo o que achou!

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Sarah Torres
Revista Passaporte

jornalista, técnica em design gráfico, fotógrafa, ciclista. em busca da expansão da consciência. BH/MG