Freda Paranhos
Revista Passaporte
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1 min readFeb 5, 2018

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Rio 2 Rome

Uma gaivota e seu grunhido do alto de um prédio. Ela não deveria estar na praia? A loja de souvenires ainda não fechou e já são onze horas. Estar em Roma é ser pequeno. Pequenos perto de Deus e as suas representações. Mármore gelado. Marble.

Os italianos são realmente muito simpáticos. Brasileiros naturalizados são ainda mais. A garçonete do restaurante logo notou que nossa pronúncia de Funghi era bem tropical.

Mandei um :

-Buonaesera.

- Sou do Mato Grosso seus bobos.

  • Queijo, pão, trigo. Um cappucino italiano não tem nada de frescura. Bebida nacional e ponto final. Dá para se empolgar no dialeto e quando você vê o seu bom dia tem melodia.
  • Risotto, pasta, pizza e eu rolando empapuçado em arte sacra. O papa é pop. Na loja de souvenires que parece ser vinte e quatro horas, virou bonequinho de colecionador, camiseta, abridor de garrafas e calendário. Romeiras fervorosas. As senhoras no avião estavam ansiosas perto do banheiro, de pé para fazer o sangue circular e não morrer de trombose. As aeromoças, senhoras elegantes e desprendidas, as enxotavam de volta a seus lugares como se espantassem pombos.

A verdade é que os italianos estão mais do que acostumados com o fanatismo.

  • Dia 01 – Roma- Itália

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