Viajar é se fazer vulnerável. Por muitas vezes, não entender se quer o que é dito. Em contrapartida, se sentir feliz quando tão somente se consegue entender.
Viajar é dançar a dança do universo. Seguir o fluxo, bailar no ritmo, namorar qualquer remota possibilidade de fuga do roteiro.
Se permitir viver na total imprevisibilidade. Quanto mais imprevisível, quanto mais perdido se estiver pela rua, melhor a chance de valer a pena. Mais alta a chance de se encontrar.
Viajar não é descobrir diferenças. Viajar é perceber que o mundo é mais conectado do que parece. Descobrir na língua e na comida muitas explicações políticas e religiosas. Descobrir na política e na religião muitas explicações tendenciosas.
Viajar é viver uma vida que não a sua. É emprestar os gostos e os olhos dos outros. E, quanto mais banal for o roteiro, mais realizado será o sentimento de pertencer. Ir na academia, tomar um café, assistir ao jogo de tabuleiro do bairro. Viajar é fazer o que qualquer um faria e se sentir feliz por isso.
Viajar é isso, o resto é fazer turismo.
O turista não gosta de se sentir vulnerável. O turista não gosta de fugir do roteiro. O turista não gosta de ser surpreendido. O turista não quer enxergar as semelhanças. O turista não vê graça em apenas estar ali e tão somente fazer parte.
Seja viajante, não turista.
Vagabonding is an attitude — a friendly interest in people, places, and things that makes a person an explorer in the truest, most vivid sense of the word. Vagabonding is not a lifestyle, nor is it a trend. It’s just an uncommon way of looking at life — a value adjustment from which action naturally follows. And, as much as anything, vagabonding is about time — our only real commodity — and how we choose to use it. ⸻ Rolf Potts. Vagabonding: An Uncommon Guide to the Art of Long-Term World Travel.
De Istambul, Turquia para a mágica Sarajevo, Bósnia-Herzegovina.
