Uma viagem de barco pela Grande Barreira de Corais — Parte 1

Ariela Maier M. Novaes
Revista Passaporte
Published in
3 min readAug 19, 2020
Sim, esse é o barquinho que eu estou falando (lá atrás, e não esse bote)

Se você conseguisse ver a foto que eu queria colocar, me veria com um sorriso pleno no rosto, daqueles que não daria pra imaginar o choque que foi o começo dessa viagem.

Com data de validade para meu intercâmbio terminar, queria sair correndo visitando tudo que eu pudesse e um dos meus planos era conhecer Whitsundays, um conjunto de ilhas no nordeste da Austrália onde é possível ver a Grande Barreira de Corais. As praias são de areias brancas e a água tem aquele azul cristalino, cenário digno do filme Lagoa Azul. (quem nunca assistiu na sessão da tarde, não é da mesma época que eu — dá um Google)

A Maria, uma amiga brasileira que conheci por lá, topou ir comigo. E assim, fechamos um pacote por uma agência de turismo (o que quase nunca faço, mas como eu estava sem tempo me pareceu a melhor solução). Seria uma viagem de barco, de sexta até domingo por algumas das ilhas, parando para fazer Snorkeling e visitando uma das praias mais famosas.

Ah sim, importante falar que a indicação dessa viagem foi daquela mesma menina que me falou pra subir o Tongariro na Nova Zelândia, que era de boas (pra quem não sabe da história, pode ler ela aqui).

E lá fomos nós, armadas de uma pequena mala, onde boa parte dela era composta de secador de cabelos, chapinha e maquiagem, afinal viajaríamos em um barco, e barco para mim é sinônimo de glamour.

Assim que chegamos ao ponto de encontro, vi o tamanho do barco, e digamos que fiquei um pouco decepcionada. Era muito menor do que eu esperava. E ali nada havia de glamour. Pra falar a verdade, era um barco bem pequeno, e foi difícil imaginar que ali embaixo existia toda uma estrutura.

Avisaram para levar remédio para enjoo. Bom, eu levei o que tinha…acho que quatro comprimidos, pra mim e pra Maria.

Uma pequena memória: antes dessa viagem, minha experiência com viagens em barco se resumia a cruzeiros gigantescos, onde é quase impossível sentir o balanço do mar. Inocentemente, achei que teria a mesma experiência naquele barquinho.

Conhecemos a tripulação (duas meninas e o “comandante”), e o resto dos passageiros -pouco mais de 20 no total. Antes de embarcar, o aviso: “tomem remédio para enjoo”.

Já dentro do barco, e instalados nas nossas cabines comunitárias, providos de minúsculas bicamas, recebemos os avisos mais importantes: Coisas básicas do tipo quantas vezes pararíamos para fazer snorkeling, quando chegaríamos à praia principal, horários das refeições, que não teríamos internet e sobre o banho.

“- Banhos de um minuto, uma vez por dia. Nem mais, nem menos. Água fria. E é um minuto mesmo, se não cortamos a água.”

Quando ela disse isso, eu e minha amiga, as únicas brasileiras do barco, digamos que mais experientes (velhas mesmo) e frescas que o resto dos mochileiros, nos entreolhamos com aquele olhar de horror.

Me fala, pra quê levamos secador de cabelo, chapinha e maquiagem? Hahahahahahahhaa! Eles vieram só passear com a gente.

Passado o primeiro susto, e depois de algum tempo de navegação, paramos em nosso primeiro Spot para mergulho. O remedinho de enjoo fez efeito, e eu estava me sentindo muito bem.

continua.

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