Votar, gritar e viajar — dia 2

Café das sete
Revista Passaporte
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4 min readNov 17, 2022

Bora que o tempo não para e chegada em SP, rachando os bicos, troca de quarto que não funcionava as tomandas, compra de alimentos ultraprocessados pra comer no festival, gritterr na cara and desembarca no anhembi pra andar sem fim e curtir uns sons muito maneiros, segue o baile, nada de chuva, só glória, dia 2.

Caião meu parça de viagem e de amor por arctic macacos

O que me faz gostar de shows é aquela sensação de um só que a gente vive em meio a multidões. Um só som entoado por várias vozes, suor, aperto e pulo, todo mundo olhando pro palco ou pro telão, gritando/cantando cheios de energia. Uma vibração única e acalorada de gente que tem ao menos um objetivo em comum: ouvir música boa e bem alta. Som ao vivo é trem de louco, ele entra no cérebro de forma diferente, dá um barato e te enche de cansaço e vida ao mesmo tempo. Há drogas que potencializam, ou não, sua experiência, mas sóbriozinho você fica muito bem, porque a maior substância que vai alterar as funções do seu organismo ali é exatamente a música.

Eu me lembro a primeira vez que eu escutei Arctic Monkeys. Uma amiga muito querida (alô Paloma) gravou uns Cd’s — é xóvens, existe vida além do streaming, um mundão cabuloso, analógico e digital, coisa de gente doida mesmo, vocês não fazem ideia — e na minha lembrança a primeira música que escutei foi “Dancing shoes” sem saber inglês e entender nada da letra a minha vontade instantanea foi sair correndo e dançando “Get on your dancing shoes”. Eu amei imediatamente, a amiga tinha colocado outras faixas da banda também, era uma coletânea que ela gentilmente escolheu cada música, entre outros artistas, eu ouvia e ficava torcendo pra chegar logo nas faixas que tinham aquela voz. Nem sabia quem cantava, só amava.

Também me lembro quando a banda veio para um show no Brasil em 2014 e na época eu achei o ingresso muito caro, ainda teria que viajar pra outro estado, coloquei na cabeça que era impossível. No dia do show eu vi uns vídeos e chorei de emoção, naquele momento eu soube: na próxima vez não terá hesitação que me faça perder esse show! E assim, chegamos ao meu segundo dia de viagem; viagem e férias que foram orquestradas a partir de um único acontecimento: show do Arctic Monkeys!

E sim, foi DOCARALHO, mas tenho lá minhas considerações. Alex está no meu coração e nos meus sonhos de canceriana, queria casar e formar família. Fato. Incontestávelmente ele tava lá no palco sexy e com aquela voz, aquela que eu amava sem saber de quem era. Tava sim. Eu gostei muito do show, mas de certa forma ele não me trouxe a vontade de sair correndo e dançando, no fim, minha mente é muito criativa, por isso vós escrevo aqui. E fiquei curiosa pra curtir um show deles fora de festival, mas foi massa.

Estevão sujeito elegante

AGORA, um brinde especial ao Festival Primavera Sound. OWW, muito bom! Um tanto de som bom demais e que eu, por exemplo, acho que nunca teria chance de ver e ouvir se não fosse pelo festival, música boa, organização, graminha pra viajar na maionese; foi bem bom viu. Só fui no festvial no sábado então dia 3 vem aí e mudamos cénario.

Menção honrosa: escutem HELADO NEGRO

Simpátiquinho

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Café das sete
Revista Passaporte

Por Helena Merlo. MUITOS erros de digitação pq eu escrevo na fritação do sentimento! CATARSE. "A arte é uma confissão de que a vida não basta" F.Pessoa