Entre Signos e Maçãs

Patrick
Patricorniano
Published in
2 min readDec 1, 2022
Foto por Sincerely Media no Unsplash

Na dicotomia do universo, a maçã é o elo do todo, ainda que sem tal reconhecimento. É a linha tênue entre o bem e o mal. Onde o sagrado e o profano se encontram em uma colisão de sabores e significados. Seu sabor, que dança livremente do doce ao levemente azedo, nos leva consigo numa valsa pela história da humanidade, permitindo a compreensão da forma que o ser humano vê e percebe o mundo ao seu redor.

Se para os germânicos a maçã é o símbolo da imortalidade, ligado a Idun, a Deusa Eterna da Juventude, para os cristãos ela é o fruto proibido da árvore do conhecimento, o mesmo que fez Adão e Eva serem expulsos do paraíso. A maçã pode, figurativamente, nos levar da vida até a morte, ainda que uma morte em vida, como no caso de Branca de Neve com a maçã envenenada, a colocando em um sono profundo.

Mais do que apenas cálcio, ferro, açúcares e vitaminas, a maçã é feita de histórias e significados que foram transmitidos ao longo dos anos por um povo, assim como os seus métodos de cultivo.

Manter viva a história, hábitos e crenças de um povo é bem mais complicado que manter uma macieira.

Ei, espero que você tenha gostado do texto. Ele foi produzido durante a minha pós-graduação em Escrita Criativa, Roteiro e Multiplataformas, na matéria de Teoria da Narrativa 🥰

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