De volta!
Eu adoro salvar o mundo. Não existe nada melhor do que levantar a mão, pedir mais uma e ser servido de um litrão em um copo americano enquanto resolvo todos os problemas da humanidade. Felizmente, sempre tive parceiros e parceiras nessas empreitadas, e já perdi a conta de quantas ideias geniais foram perdidas em bares.
Nos últimos anos, não vinha tendo do que reclamar. As confusões do mundo real já estavam crescendo exponencialmente, aumentando a quantidade de questões para discutir e permitindo a todos os amantes de botecos criar soluções perfeitas para todos os problemas existentes. Mas, logo agora, com um vírus invadindo o planeta, não podemos mais sentar em uma mesa de bar e resolver os problemas da vida, do universo e tudo mais.
Tudo bem, vou falar a verdade: eu e meus amigues nunca conseguimos salvar esse mundo. Mas, na minha cabeça, já salvei vários. Me divirto encontrando soluções mágicas que funcionam em um universo com os limites da minha mente. A questão é que a realidade tem tantas mentes e tantos detalhes que sempre é possível dizer que qualquer ideia é ruim porque não contempla determinado aspecto. E sempre tem um babaca pra me lembrar disso.
Para perder a inocência das respostas simples que só resolvem um problema, descobrimos em livros soluções complexas. Enquanto livros técnicos oferecem soluções para um grupo de problemas, romances ajudam a pensar o todo, com soluções holísticas que funcionam no mundo em que estão inseridos. Assim, minha imaginação consegue criar mais mundos para eu me divertir salvando. Quem sabe isso não ajuda em alguns palpites para a realidade?
Entre copos e letras, um dia tive a ideia de escrever sobre as discussões perdidas em bares. Não sei como ninguém teve essa ideia antes, mas, se não teve, é porque não vale um milhão de dólares. De qualquer forma, me divirto. O legal de escrever é que ninguém interrompe seus planos para dizer como tudo vai dar errado. Quando você consegue botar palavras pomposas no meio do argumento, todo mundo acha bacana, simplesmente por recompensar o esforço. O problema é que, pelo menos comigo, isso só acontece quando não sei mais o que escrever, por isso tento ser o mais simples possível.
Para propor soluções de bar para as questões desse mundo, pretendo voltar a publicar textos semanalmente com tópicos considerados relevantes. Como não tenho criatividade nem conhecimento para responder tudo, muito do que argumento vem de diversos livros, só tenho preguiça de catar a bibliografia. Entre o que tenho lido, uma questão muito importante é fazer as pessoas focarem no que realmente importa. Ao invés de discutir questões de difícil análise como corrupção, devemos priorizar o que vemos diretamente em nossas vidas. Assim, precisamos saber e discutir sobre temas como saúde, educação e quando o Fred vai voltar para o Fluminense.
Para quem resolver escutar o que tenho a dizer, é importante saber que vou repetir diversas vezes que o cérebro humano tem vícios, que o universo é composto de incontáveis variáveis das quais conhecemos muito pouco e que para conhecermos mais sobre ele é necessário realizar testes controlados (científicos). No outro lado (aonde queremos chegar), precisamos de um mundo mais sustentável em relação ao meio ambiente e capaz de lidar com a miséria e as injustiças sociais existentes. Os textos vão tentar justificar esse pensamento e tratar do meio do caminho.
O parágrafo anterior pode ter te poupado de perder alguns minutos por semana. No entanto, se continuar interessado em ler umas piadinhas imbecis e diagnósticos curtos com propostas simples para o futuro da humanidade, sugiro continuar me acompanhando. Com temas pré-definidos, a coisa fica um pouco mais séria, mas de vez em quando eu lembro que humor é importante. Quem ler os textos até o fim e quiser discutir e me ensinar sobre qualquer tema, ficarei muito feliz. Quem sabe não conseguimos emplacar boas ideias?