COMUNICAÇÃO

Feedbacks e diálogos colaborativos

Entenda mais sobre a importância dos feedbacks e como torná-los mais construtivos

Erica Isomura
Pence.ai
Published in
4 min readApr 2, 2022

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Foto por Priscilla Du Preez via Unsplash

Sobre o feedback

Vamos começar com uma pergunta simples:

Qual a primeira coisa que você sente quando uma pessoa te diz:

“Posso te dar um feedback?”

Dependendo da sua experiência, você poderá sentir frio na barriga, vontade de fugir ou encarará como uma conversa natural, necessária para o seu desenvolvimento.

Claro que a nossa expectativa é que um feedback seja uma conversa para o desenvolvimento mútuo. Nós acreditamos no poder do diálogo que acontece quando as pessoas saem diferentes de como elas entraram, com a capacidade de olhar para novas perspectivas, refletir e mudar o curso da história.

Imagem de duas rochas com formato de pessoas viradas uma para a outra com um texto central escrito: "O diálogo só acontece quando os envolvidos saem diferentes, com novas perspectivas. Se nada mudou, pode ter havido qualquer coisa, menos diálogo."
fonte: @corallconsultoria

Mas por que nem sempre isso acontece?

Feedbacks enviesados

Bem, sabemos que em algumas organizações o processo de dar e receber feedbacks está conectado à Avaliação de Desempenho, que por sua vez, está atrelada a um sistema de recompensas que podem gerar resultados enviesados.

Vamos para um exemplo fictício:

João sabe que a promoção da Ana, que acabou de ter um filho, depende de seu feedback formal, João tem uma série de fatos e dados que potencialmente ajudariam Ana, mas ele não falará ou escreverá porque isso pode ser interpretado como erros que poderão prejudicar Ana. João decidiu ser o mais polido possível e ocultou o que, lá no fundo do seu coração, deveria ser dito. Resultado: Ana ficou sem a informação que poderia melhorar seu desenvolvimento, João guardou para si o conteúdo observado durante o ciclo com a Ana e a organização como consequência conservou uma dinâmica artificial.

Neste exemplo temos pelo menos dois grandes desafios:

  1. A artificialidade do feedback formal, como uma ferramenta que não gera resultados que evoluem a organização e desenvolve as pessoas para mais colaboração.
  2. A Ana e o João não possuem um espaço para que as conversas que realmente importam aconteçam e ambos cresçam a partir de um diálogo poderoso, que sustenta os desafios de um trabalho em time.

Acredito que você, lendo esse caso, se recorde de inúmeros exemplos da desfuncionalidade dos modelos de Feedback e Avaliações na sua Jornada como Colaborador(a).

E claro, que outros fatores poderão entrar neste jogo inconsciente, tais como:

  • Falta de confiança na relação entre as pessoas do time.
  • Falta de segurança psicológica para abordar temas que levarão à conversas difíceis.
  • Falta de Cultura de Conversas Colaborativas que levarão para o desenvolvimento mútuo.

Reduzir o viés e iniciar Conversas Colaborativas

Acreditamos que a natureza humana é colaborativa e ativar essa rede de maneira orgânica traria um grande benefício para a Evolução das Organizações.

Vamos seguir no nosso exemplo fictício:

Ana concluiu um projeto que demorou 3 meses para ser implementado e no final dele, ela gostaria de saber se “mandou bem”, o que poderia ter sido diferente e melhor e que dicas as pessoas poderiam dar para ela se preparar para o próximo projeto.

O que a Ana poderia fazer?

  1. Lamentar, porque ela gostaria disso, mas precisará aguardar o próximo ciclo formal de feedback e avaliação.
  2. Agir, sugerir e implementar um ritual de retrospectiva com o time.
  3. Agir, abrir um mapeamento com perguntas simples para todas as pessoas que atuaram com a Ana no projeto.
  4. Agir, convidar as pessoas que participaram do projeto com ela para conversas do tipo 1:1.

Os itens 2, 3 e 4 tem o potencial de empoderar a Ana para ser protagonista do seu próprio desenvolvimento, tornando-a corresponsável pela realidade que ela está criando na organização. Com esse empoderamento e autonomia, Ana consegue ativar a rede de conversas colaborativas que constituem uma organização. Esse é um passo super importante para a descentralização do desenvolvimento humano que atualmente fica centralizado nas figuras de gestão e recursos humanos.

Quer saber mais sobre como ativar a Rede de Conversas Colaborativas?

Podemos marcar um cafezin virtual e contar como podemos liberar mais do potencial das pessoas e times através das nossas soluções.

Ah! E conta aqui nos comentários que exemplos de feedback ou de conversas colaborativas você já teve ;-)

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