AUTOCONHECIMENTO
Jung e o autoconhecimento através dos 16 arquétipos
Entender o seu arquétipo de personalidade, ajudará você e seu time a lidar melhor com os desafios deste mundo complexo.
Conhecer Carl Gustav Jung, pai da psicologia analítica é mergulhar em um mundo de possibilidades e descobertas do nosso mundo interior para a Jornada de Autoconhecimento. Jung influenciou inúmeros testes a partir de sua obra Tipos Psicológicos, o mais conhecido é o MBTI® (Myers-Briggs Type Indicator®) e que inspira os 16 arquétipos de personalidade, foco deste artigo.
Antes de mais nada, acredito que a Jornada de Autoconhecimento é um caminho não-linear, estabelecido individualmente e que você é o responsável =) Testes, insights, leituras, vídeos, experiências, práticas e conversas são meios para você desfrutar e descobrir mais sobre você mesmo e seu impacto no mundo. Portanto, nenhum teste de personalidade pode ser lido ou incorporado como uma “única verdade” ou uma categoria que separa e fragmenta suas potencialidades, a integralidade do seu ser e interser. Ele serve, pura e simplesmente para que estimule sua reflexão e traga à tona, conteúdos que estavam adormecidos.
Introvertido ou extrovertido?
Conhecer suas preferências comportamentais e o impacto que você gera no mundo é um passo significativo para o seu autoconhecimento. Exemplificarei com a Ana, personagem fictícia, esse impacto:
Ana durante muito tempo recebeu inúmeros feedbacks de que era tímida e precisava falar mais. Ana, realmente não conseguia expressar suas opiniões em reuniões de trabalho com o time e sofria. Internamente ela construía uma história bem completa, com dados, fluxos e porquês que emergiam em seu mundo interior. Dentro dela tudo parecia muito claro, mas colocar para fora era algo desafiador, principalmente porque as respostas lhe pareciam muito óbvias e ela não entendia o motivo de tantas falas e muitas vezes poucos diálogos….
Em sua Jornada de Autoconhecimento ela conheceu o conceito de introversão no TED O poder dos introvertidos, dando a Ana uma perspectiva totalmente nova sobre si mesma. Ana passou a entender que não era tímida e sim introvertida!
O introvertido direciona seus interesses para o mundo interno subjetivo, mergulhando profundamente nos seus próprios pensamentos, estabelecendo diálogos internos ricos em detalhes e com foco na reflexão, pensando muito antes de falar, enquanto o extrovertido direciona seus interesse para o mundo externo, elaborando sua fala enquanto fala, aparentando maior confiança em direção ao objetivo do debate.
Foi libertador para Ana entender que percebia e processava de forma diferente as informações do mundo, o que trouxe para Ana maior segurança e aprendizado. Atualmente a ferramenta que ela mais utiliza é o mapa mental, porque a ajuda a desenhar seus pensamentos, colocando-os para fora, para o mundo exterior.
Esse é um exemplo de inúmeros que eu tenho!
Agora, imagina se todo o seu time pudesse abrir um espaço na agenda para refletir sobre as preferências comportamentais contidas nos 16 arquétipos de personalidade, que liberação de potencial e qualidade de conversas vocês ganhariam!
Os 16 arquétipos de personalidade
Os arquétipos segundo Jung são conjuntos míticos de personagens universais que residem no inconsciente coletivo das pessoas. Cada um deles contém a combinação de 4 elementos:
Direcionamento dos interesses e da atenção: (I) Introversão e (E) Extroversão
Processamento e recebimento das informações: (S) Observação e (N) Intuição
Tomada de decisão: (T) Pensamento e (F) Sentimento
Aproximação das pessoas: (J) Julgamento e (P) Prospecção
Vou usar a Ana como exemplo, seu arquétipo é o de Mediador, Introvertido que direciona os interesses para o mundo subjetivo e atua a partir da (N) Intuição, (F) Sentimento e (P) Prospecção. Durante muito tempo teve dificuldades para lidar com o arquétipo Executivo que é Extrovertido, atua através da (S) Observação, (T) Pensamento e (J) Julgamento, porque é um perfil que percebe o mundo de um ângulo oposto ao meu. Entender como o outro percebe o mundo a ajudou a ser mais empática e a aprender a olhar os desafios e a abordagem para as soluções dos problemas de maneira diferente, ampliando possibilidades e soluções.
Criei para você um mapa com os 4 grupos dos 16 arquétipos de personalidade:
Se você ficou curioso para saber qual é o seu arquétipo, clique aqui.
A Pence e o autoconhecimento
Acredito que o autoconhecimento amplia a sua consciência para que você possa se relacionar melhor com você mesmo, com as pessoas ao seu redor e a desenvolver suas habilidades mais sutis, como por exemplo: sentir, perceber e responder coerentemente a partir de suas necessidades mais profundas e ser empático às necessidades e preferências do outro.
Na Pence, você encontrará o link para esse e outros testes de autoconhecimento, acompanhado de reflexões e convites para exercícios práticos. O meu o objetivo é ajudar você a ampliar seu autoconhecimento e o conhecimento sobre o seu time.
E já dou um spoiler…. A qualidade das relações muda em um time em que as pessoas estão atentas às preferências comportamentais presentes em seus arquétipos ;)
Concluo esse artigo com uma frase do Marshall B. Rosenberg, autor do livro Comunicação Não Violenta:
“Somos perigosos quando não estamos conscientes da nossa responsabilidade pelo modo como nos comportamos, pensamos e sentimos”.
Um abraço com carinho e até a próxima!
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