Epílogo
aqui jaz o velho fim e nasce um novo ínicio
Por um momento, permita-me sair do meu eu lírico, para escrever um pouco em prosa.
Quando comecei a publicação dos pensamentos poéticos, foi em 2016. Naquela época eu tinha 23 anos, o medium ainda era novidade em terras brasilis e eu tinha um desejo, escrever poesia para me libertar, ou melhor, me encontrar.
Época difícil, decisões difíceis, a poesia era a única arma que foi me entregue na adolescência que eu podia manejar contra a vida.
Na época, conversando com um amigo de infância, o L. Nicolai, que ainda continua sendo meu amigo ainda bem rs, falei para ele do Medium, que eu havia criado uma publicação, para gente publicar nossos poemas e vendi inúmeros sonhos para ele, que eu também acreditava.
No começo, ele correu atrás, falou com uma galera, trouxe algumas pessoas para publicar junto com a gente, peço perdão por não lembrar do nomes de todos, faz muito tempo, enfim, começamos nosso trabalho, digo nosso hobby com afinco.
Eu sempre tive a ideia pensamentospoéticos, como um espaço livre, similar a uma praça pública, aonde qualquer um poderia declarar sua poesia e esvaneicer, assim como um sonho que te trás a verdade e desaparece ao despertar.
Quando o medium começou com o posts pagos, a decisão era simples, deixe o autor decidir, eu pessoalmente nunca criei essa publicação com o ituito de viver dela, como já disse, era um espaço para me libertar, também não vejo nada de errado com aqueles que fazem poesia tão boas que criam uma legião de fãs.
Nunca foi especialista em poesia, nem formado em Letras, por isso sempre me pareceu injusto a ideia de julgar a poesia alheia, em todos esses anos, uma ou outro rascunho foram proibidos de ser publicados, todos eles por serem prosas ou político, o que é legítimo mas fugia do propósito desta publicação.
Eu, eu, eu… um dia desses qualquer, li vários poemas na publicação, imaginando que todos foram escritos para mim, como poesia é algo tão íntimo, tão pessoal, parecia que eu compartilhava os sentimentos de todos escritores e escritoras. Foi um momento sublime, digno de lágrimas.
Decidi terminar a publicação há alguns meses, deixei amadurecer a um pouco a ideia e cito aqui alguns fatores:
- Hoje ainda há publicações de poesias no medium e outras plataformas que dão espaços a novos autores e autoras.
- Queria dar mais uma sobrevida ao poema do Fabiano Costa e finalmente fechar a gaveta dos poemas esquecidos. Com isso eternizar (ou enquanto o medium existir) os autores e autoras e seus poemas.
- Trabalho de entrar diariamente no medium para acompanhar os rascunhos e não deixar ou autores e autoras na mão, esperando a publicação do seus poemas.
- Fim de um ciclo pessoal, agora já estou com 30 anos e por mais que eu ainda goste de poesias e sei que ainda vou escrever alguns poemas pelo tempo que me resta na Terra, não vejo mais essa necessidade publicar isso necessáriamente na pensamentos poéticos. Posso publicar no meu perfil pessoal e tudo bem, é só para tirar algo do peito e da cabeça.
Foram 7 anos, entrando no medium, acompanhando os rascunhos e gerindo essa publicação. Espero ter ajudado leitores e escritores de todos os gêneros, a enfrentarem seus medos, entenderem seus desejos e mergulhares nessa amálgama de sentimentos que existe dentro desse corpo humano que possuímos.
Sei que ainda virá de tempos em tempos essa vontade de escrever poesia e continuei publicando no meu perfil pessoal, mas a pensamentospoeticos termina aqui. Com sentimento mútuo de conquista e saudade. Meu muito obrigado a todas as pessoas que participaram dessa publicação, e como diria esse meu amigo de infância:
Evoé.
